terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Natal


Jeito de terra batida. O cheiro não é agradável. A acomodação se encontra em um sub-nível da terceira classe, para que consigamos classifica-la. Uma desposada jovem, um tímido, e as bordas, carpinteiro.

Pouca luz. Milícia angelical celeste, porém nem tão notada assim. Uma noite como a de ontem, como a de hoje. Salvo três pastores que, maravilhados por uma estrela ímpar, cuidam de seus rebanhos, ninguém mais, naquela rústica cidade havia notado o maior acontecimento da história humana.

A semelhança daquele dia, os sinais celestes ocorrem todos os dias, de igual modo, como na pequena vila de Belém, as pessoas não notam. Nós muitas vezes não notamos, quando presos ao comodismo de nossas casas. Alguns ainda conseguem ver. A estes, que estão nos campos, perto da humilde escolha de Cristo, não caracterizada pela ausência das coisas, mas dada ao desapego do palpável, a estes, Deus revela Seus sinais. Estes são capazes de entenderem que Cristo nasceu.

O maior de todos os propósitos humanitários contidos em Jesus foi a salvação do homem. Deus, o Pai, encarnado em Jesus, é o único possuidor do dom chamado salvação. “Pela graça sois salvos, isto não vem de vós, é dos de Deus”. Os teus sentimentos? Não, eles não salvam você. O seu muito ter? Desista, eles não compram sua salvação. A sua dedicação ao exercício de seus ministérios? Ainda é pouco, insuficiente. Os sentimentos de Deus, Seu amor, estes sim salvam o homem. As obras de Deus, na sustentação diária e ininterrupta, resgatam o homem. Amamos a Deus, pecamos, nos afastamos, voltamos. Deus, o Salvador, Ele nunca deixou-nos.

Voltemos a Belém, já vejo outro cenário. A beleza do menino está em Ser e no que irá fazer. Já contemplastes beleza maior que esta? A pobre jovem, torna-se a maior mulher de sua era. Despreparada? Criou o Salvador e sabia que apenas de Deus Ele era filho. O carpinteiro ao lado? O que dizer dele? Apático? Pouco visto na história da maior expressão de amor do mundo? Ele foi o homem que sentiu-se filho ao cumprir o oficio de pai. Estrebaria, local da primeira classe.

Há uma estrela hoje indicando o caminho. Uma luz, simples de se ver, basta querer. A luz que chama o homem, é a que “amou o mundo de tal maneira [este é o amor ainda que exemplado, não existe parecido] que deu Seu Filho [o Salvador] para que todo aquele que Nele crê [acreditar, não apenas em Sua existência, mas no que fez e faz pelo mundo] não pereça [não deixe de existir], mas tenha a vida eterna”. João 3.16

Deus convida-nos ao Seu Reino, basta aceitarmos Seu Reinado. Chama-nos a humilde, mas rica, manjedoura. Convida-nos a aceitação de uma vida, cristã, que aos olhos não há beleza ou formosura que os agrade, mas conduz-nos ao maior de todos os acontecimentos de nossas histórias.

Vou ficar na estrebaria este ano. Acredito no nascimento de Deus, filho. Independente de data, Ele nasce em mim.

Bom Natal,
Matheus Gerhard A.

sábado, 21 de novembro de 2009

“Ah!...”Minhas perspectivas humanitárias.....



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Precisamos nos alertar, dia a dia, para não esquecermos quem Deus é e quem somos pra Ele.
As vezes nos esquecemos que Seus olhos estão, Continuamente, sobre nós e vivemos de forma leviana uma vida cristã.
Marcus escreveu um texto maravilhoso e gostaria de partilhar com vocês tais idéias.
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Quanta magnificência lingüística para uma mensagem simples, clara e objetiva?! Rs.
Esta semana ouvi uma mensagem do Pastor Celson de Paula Vargas (grande servo), que me deixou pensativo durante toda a semana. A cerca da visão do homem diante de Deus e reconheci meu estado.

A primeira coisa que o homem vê diante de Deus é sua Glória e seu resplendor, sua magnitude e grandeza, mas é impossível o homem, diante de Deus, não perceber sua graça, seu favor dispensado ao ser humano.

Não gosto de menosprezar a raça humana. Sim, somos miseráveis, mas, apesar do nosso estado, não fomos criados para tal situação. Esta é a perspectiva que comecei a criar e que Deus me levou a raciocinar a fim de não concordar mais com meu estado.
Por quantas vezes eu me escondi covardemente atrás da minha carne a fim de justificar meus atos, me esquecendo que Só Cristo, pelo Seu sangue, poderia me desculpar:

- “Ah, a carne é fraca!”
Lá vem à tentação chegando e o cristão caindo.
- “Ah, a carne é fraca não consigo segurar minha língua grande!”.
- “Ah, a carne é fraca, não consigo controlar meu olhar”.
- “Ah, a carne é fraca, nem percebi!”...

A carne é fraca nada... Ela é bem forte, sim senhor e com minha ajuda a deixo mais forte, pois abafo o Espírito Santo que há em mim a fim de desfrutar da minha concupiscência.
Esqueci-me de que seguir a Cristo é labutar é renegar a mim mesmo.
A escolha é nossa de alimentarmos mais o Espírito ou a carne, quando um é mais alimentado que o outro, este se torna mais forte.

Quando eu era bebê, sofri um pouco com falta de alimento. Sou gêmio e minha mãe vestia-nos com roupas iguais. Resultado, o Matheus (meu irmão) comia duas vezes e eu passava fome, ficava mais desnutrido.

A quem eu tenho nutrido mais? Quem é mais forte na minha vida? O Espírito ou a carne? A escolha é minha, isto se chama livre arbítrio.
Será que ainda tenho confessado Cristo diante dos homens? (Mt.10.32-33) Não falo de gritar pelas ruas e pelas calçadas que Cristo é o Senhor, tem faltado isto também, mas falo de atos, ação, obras que revelem a natureza de Cristo em mim? Ou o lugar de Cristo tem sido tomado pelos modismos da mídia, que temos aceitado com tanto desprendimento? “Ah! É tão normal!”.

Qual tem sido minha diferença no mundo, tenho sido luz? A luz é referência, todos querem seguir em direção a Luz? Sou bom referencial a ser seguido? Posso confiar tantas almas a meu caráter? Vou ser cobrado!
Têm sido agradáveis minhas palavras? E o meditar do meu coração, como anda?
Qual sabor tenho feito sentir o mundo? Será que é diferente? Vou ou não ser lançado fora? (Mt. 5.13-16)

Essas palavras parecem tão gastas, estes argumentos caíram em desuso, foram falados, falados e falados e não surtiram/surtem efeito algum. Como anda a terra do nosso coração? Ainda é terreno fértil a semente da palavra de Deus? (Mt. 13.3-8)

Se minha decisão foi é seguir a Cristo, tenho negado meus valores? Tenho negado minha vontade? Tenho negado meu ego? Tenho negado minhas paixões? Tenho negado meus desejos e vontades. Não posso me esquecer de que seguir a Cristo é deixar para trás tudo que é meu.

Se minha decisão foi e é seguir a Cristo, tenho tomado minha Cruz? A cruz é também sinal de dor, de vergonha, de MORTE. Tenho eu mortificado minha carne? Meus valores terreais? Meu costume naturalmente humano?

Seguir a Cristo não é tarefa impossível, mas é um pouco mais difícil e muito menos banal do que temos pensado! Seguir a Cristo não é padecer num paraíso, mas também não é medíocre como muitas vezes julgamos ser. Visão de homem que não conhece a Cristo, pois Cristo sabe o que é padecer. (Is.53) Cristo padeceu para que não precisássemos passar pelas mesmas situações, mas isto só é possível quando entendermos o que Ele passou e andarmos lado a lado com Ele. Se não for assim, passaremos pelo que Ele experimentou, pois só assim, fruto de sua misericórdia, seremos melhores e menos insignificantes. Isto também é dependente de nossa resposta a estas experiências. (Mc. 8. 34-38)

Que significado tem o homem longe de Deus? Pra onde caminha?
De outra forma não é possível seguir a Cristo. Salvar a vida é perdê-la. Que vale a nós ganharmos o mundo, e perdermos a alma?

Mas a mim, convém que Cristo cresça e eu diminua, convém que o nome dele, as atitudes dele, o amor por Ele tome tanto de mim que me falte espaço ao meu “eu”.
O que me resgatou não foi ouro, prata, ou uma vã maneira filosófica de viver. O preço foi muito mais alto, de modo que não foi com coisas corruptíveis.
Só por este preço fui novamente gerado, purificado, na obediência a verdade no amor ao próximo e na verdadeira paz e salvação selada no sangue. (1Pe. 1. 13-24)

Qual a minha resposta diante deste amor? Mesmo que fossem apenas fatos, contra eles não há argumentação? Eis que vive o filho de Deus! será que vive ou tem vivido em mim?

Deus nos abençoe a estas respostas.
Fraternalmente em Cristo
Marcus Gerhard.

domingo, 8 de novembro de 2009

O livro da alegria V - final -



Regozije e Alegre vós filhos de Sião

Nós vivemos um pouco afligidos, tenho que confessar. Concordo com a expressão que quão mais confrontante é a palavra, quão maior exortação nos trás, maior é sua aplicabilidade, porém hoje, nessa quinta, e ultima, parte de nosso estudo, quero nos trazer refrigério do Senhor, alegria, alacridade, exultação e jubilo.

O texto, do querido Paulo, em seu capítulo quatro, depois de um conselho ao ministro que cuidava da igreja de Filipos, quanto a duas queridas irmãs que estavam em confronto, ele diz: “Regozijai-vos sempre no Senhor, outra vez digo: Regozijai-vos” (4). Há tranqüilidade, calma. O apóstolo nos acalma no Senhor.

Somos tão exortados, necessariamente exortados, pois nossos pecados são diários, ou semanais, que sejam poucos, mas são existentes. Mas agora, sem nenhum peso, Paulo nos alivia e diz-nos para que nos alegremos em Deus. Regozije em Deus, com alegria, júbilo. Um sinônimo muito bonito para essa palavra: contente-se no Senhor. Esteja contente com Deus e para com Ele.

Um corpo unido, anda, vive, pensa e direciona-se de forma igual. Paulo fala para que a eqüidade, traduzida por igualdade, justiça, retidão fosse notória. O trato para com as pessoas de “dentro de casa” (refiro-me a igreja), o amor homogêneo, uniforme. Que estes atos fossem notórios pela comunidade em volta.

Hoje escândalos, absurdos, que acontecem nas surdinas de nossas igrejas são observados pelas pessoas em volta da igreja. Sabe por que são observados? Pois Deus é justo e perante a luz, nada é obscuro. O corpo esta manchado. Às vezes impérios são construídos e quando menos você espera são destruídos: POR DEUS.

Mas vamos nos voltar à alegria que Cristo proporciona? Não se preocupe, ore apenas por essas necessidades. Ore pelas pessoas que precisam de oração e esteja com o coração tranqüilo.

Planejamento estratégico

Não fique “inquieto” pelas necessidades. Coloque todas as coisas no Senhor. Eu me questiono muito sobre: Se Deus conhece todas as coisas, se Ele, melhor que todos nós, sabe, até dos resultados que obteremos, porquê temos que orar a Ele contando nossos desejos? Encontrei uma resposta ao ler os versos de Paulo. Cristo é quem nos concede calmaria ao coração. Ele tira o excesso de preocupação, aumenta a nossa fé nEle, por isso que as nossas petições, o que precisamos, o que queremos, deve ser dados ao conhecimento de Deus em nossas orações, com ação de graça. Ah, como isso é bom. Agradecer a Deus aquilo que ainda, pela Sua graça, beneplácito, aprovação, nós obteremos. Quer forma maior de aumentar a fé, do que crê no que todos ainda descrêem?

Algumas vezes nós queremos determinadas coisas, vemos pessoas ao redor alcançando aquilo que nem tão bem trariam a elas, seria melhor se fosse concedido a você e substanciamos e questionamos a Deus: “Poxa, o que tal pessoa fez para merecer? Eu sou dedicado ao Senhor, cumpro a Sua vontade e parece que nada acontece comigo!” Já disse sintoma de que doença é esse, você se lembra: “dodoismo”, falta de Fé. Acalme o coração, nossa proposta ainda permanece de pé: Hoje vamos nos alegrar no Senhor.

O fator comum nas pessoas, comum mesmo, é o fator troca. Achamos que por estar com Deus, ser filhos de Deus, do Criador do Universo, então temos maiores direito. Deixa eu te lembrar uma coisa: Você é filho, não Senhor. Não estou falando só pra você, eu também tenho tais sentimentos, nossa natureza tem tais sentimentos. Sabe qual a maior e primeira vitória no alcançar das coisas? Acreditar que TUDO, exatamente TUDO, provém de Deus. À Sua hora, à Sua maneira, Ele nos concederá o melhor de Suas mãos. Ele é sim o dono de Tudo, mas ele quer ser e continuar sendo, antes de qualquer coisa, e exclusivamente o Senhor de nossas vidas.

Eu vejo essa espera, pelas bênçãos do Senhor, como o momento de preparação. Talvez se eu adquirisse o carro que eu tanto queria agora, o carro poderia ocupar o lugar de Deus, se eu alcançasse o namoro, que tanto desejo, talvez os encontros com a namorada pudessem ser maiores, mais duradouros que minha relação com Deus. Se eu alcançasse o cargo que tanto almejo hoje, talvez ele me custasse maior tempo do que o gasto, ou melhor, o enriquecido tempo que passo com Deus.

São situações que comecei enxergar em Deus, e Ele me mostrar a todo o momento, me fazendo crescer em Seu conhecimento, aos poucos, de glória em glória, que a Sua soberania deve permanecer em minha vida. Se Ele é meu Deus, se eu O tanto amo, nada ocupará Seu lugar. Eu devo sim pensar no fator crescimento pessoal, devo dedicar-me a esse fator, porém ele não deve ocupar o lugar de senhor em minha vida. Esse fator não deve ocupar o lugar de Deus, nem ter valor tamanho digno de ser comparável a Deus.

Acalmando o imo

Eqüidade. Embora tal palavra, descrita no verso 5 tem sentido de igualdade, ela me revela, no contexto da mensagem, segurança. A bíblia diz-nos que nossa equidade, que poderia ser traduzida por retidão, justiça, além de igualdade, deva ser percebida pelos homens. E o versículo, maravilhoso, conclui-se com a expressão: “Perto está o Senhor”. Embora um ponto separe as duas orações do versículo, esse pondo pode ser traduzido como ponte a nos dizer: pois “perto está o Senhor”.

Cristo está voltando, por mais que às vezes, levianamente, nos fazemos de não sábios, sua volta foi apregoada e tem se espalhado pelo mundo seu retorno, tão breve. Outra interpretação que podemos obter, sobre o Senhor estar perto, é porquê de nossa equidade ser notória. Se o Senhor nos acompanha, se ele estiver perto de nós, ou seja, vivenciado em nossas escolhas, em nossas atitudes Sua presença será perceptível em nossa companhia. Por isso, equidade traz sentido de calma ao coração.

Ao ler o verso 7 do capítulo 4, me deparei com um pensamento, já antes obtido no estudo de Efésios. O verso fala sobre paz, não uma paz comum, pois Cristo mesmo nos diz que não a nós a dá como o mundo concede, uma “paz que excede todo entendimento”. Uma frase que ficou muito marcada em mim no estudo de efésios e que explica a paz de Deus tem seu sentido em: Quando alcançamos a paz, ou recebemos por graça e provisão de Deus, não é necessário que o mundo tenha paz para que eu a tenha. A minha paz, dada por meu Senhor pode transformar meu mundo.

“esta paz que eu sinto em min’alma, não é porque tudo me vai bem.”

A melhor confirmação para tal entendimento extraído de tal versículo, é sua parte b. A paz que somente é concedida por Cristo, é capaz de guardar, ou seja, cuidar, de nossos corações e de todo, seja alegre, triste, incerto, ou indefinido, sentimento. “... e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl. 3.3)

Após ter a certeza do cuidado terno de Deus, depositemos nossa fé nEle. Não são os braços cruzados que alcançam as bênçãos, você precisa lutar pelas coisas, porém são os joelhos dobrados que não nos fazem esquecer que por Ele, dEle, para Ele, por intermédio dEle, nos sobrevém e são todas as coisas.

Quer uma receita prática e bem rápida, de muito boa funcionalidade para acalmar o coração: “tudo o que é verdadeiro e honesto – pois a mentira é leve e só na verdade se tem peso -, tudo o que é justo – como justo é Deus – tudo o que é puro – como atos de santidade, no esforço da aplicabilidade de uma vida aprovada por Deus -, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, SE HÁ ALGUMA VIRTUDE, nisto pensai” (8).

Um resumo dessa receita Paulo nos revela quando conclui o verso 9. Em outras palavras: andar com Deus, praticar o exercício da fé cristã, que não deve ser focalizado nas coisas, mas na fidelidade de Deus, dedicar sua vida a Deus, não esperando nada em troca, pois a graça de Deus pode-nos ser o bastante de mais. A vivência, o experimento da amizade de Deus, assim como vivia Paulo, nos leva a confiança e a calmaria, pois começamos a fechar mais os olhos e partilhamos com Deus nossas pendências e ele nos concede paz e visão como só Ele tem.

Uma frase que muito ouvi de pessoas que alcançaram bênçãos de Deus foi: “quando parei de reclamar e insistir, recebi favor de Deus”. Não, essas pessoas não esqueceram suas ânsias. Não, elas não deixaram de rogar a Deus. Vale mais uma insatisfação honesta do que um falso agrado, pois Deus não se alegra com falsidade. O fator primordial, comum, único e de alcanço de beneplácito em tais pessoas foi que simplesmente atingiram o foco de Suas vidas: encontraram e colocaram Deus, antes de suas necessidades.

O segredo da felicidade

Vivemos num mundo cobroso. Sim, cobram-nos de mais. Eu me cobro de mais. Há um lema na empresa onde trabalho que diz: “fazer o certo da primeira vez” quem dera conseguíssemos ser assim, se nem em nossa fábrica conseguimos, que dirá em nossas vidas. Embora tal empenho seja de mui valia, a cobrança é enorme. Cobramo-nos como pagaremos nossas contas, somos cobrados atitudes que deveríamos ter tomado, porém as pessoas esquecem que ninguém pensa igual. Somos cobrados relatórios, somos cobrados resultados e pasmem: cobramos-nos até o descaso que, por mais que por muitas vezes dure horas, saímos dele cobrando uma tranqüilidade não adquirida.

Quer sair desse caos? Aprenda como Paulo a “contentar-se com o que tens”. A realidade é: nunca estamos satisfeitos. Deus é o que primeiro nós temos. Você está contente com Deus? Você crê que tudo o que tem hoje é de acordo com a aprovação de Deus? Você já O agradeceu pelo muito que até hoje Ele nos tem concedido?

Essa semana eu estava muito cansado, fisicamente, de meu trabalho, e Deus em sua excelência de tratado, fez-me lembrar de minhas orações antes de voltar ao cargo ao qual ocupo hoje. Eu, muito preocupado com o amanhã e as cobranças de meu ambiente de trabalho, realmente cansado, tive um coração inquieto nas preocupações e fadigas e nos questionamentos com Deus, Ele me fez lembrar das orações que fiz a Ele antes de voltar ao local onde trabalho hoje, e ao me lembrar dessas orações, pude constatar nas lembranças dadas por Deus que tudo o que tenho, tudo o que alcancei, foi exatamente o que eu havia pedido a Deus. O local onde trabalho, o posto, a mão de obra. Deus é maravilhoso, a vontade dEle é voa, perfeita e agradável, nós que por diversas vezes somos mau-agradecidos.

O problema meu e da maioria das pessoas, é que não conseguimos estar satisfeitos e quem se sente feliz em sua insatisfação? Precisamos aprender a vivenciar tal expressão paulina: “aprendi a contentar-me com o que tenho”.

O segredado da felicidade, do sucesso, da alegria não temporal ou causal, mas firme é a confianças em Deus, que no tempo certo, a maneira e medida certa Ele nos concede.

O segredo pra ser feliz é ter Jesus e viver com Ele na bonança, também na aparente falta. Em toda a maneira e em todas as coisas ser instruído em ter muito, também em ter fome. Tanto em ter abundância e padecer necessidades. E o resultado, o respaldo, não só para a utopia de viver apenas momentos de felicidade, pois é na fraqueza que o poder de Deus se aperfeiçoa. Que não seja mas vívido para apenas tais momentos de felicidades, mas que a real felicidade concedida por Cristo, possa nos acompanhar os sorrisos da abonança e no contentamento de na fraqueza reconhecer, o texto que diz e vive: “posso todas as coisas naquele que me fortalece”.

“O meu Deus, segundo Suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. Ora, a nosso Deus Pai seja dada glória para todo sempre. Amém!” (Filipenses 4. 19 e 20)


Boa semana!

Deus nos abençoe!

Matheus Gerhard.


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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Arrumando-se pra um casamento. Arrumando-se para um céu.



Fizeram-me uma pergunta no sábado, dia 10/10 sobre um texto bíblico. A pergunta foi mais ou menos assim: “Matheus, você sabe onde fica aquele versículo bíblico que diz: “porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos””, na hora eu realmente não me lembrava e respondi: “desculpe, mas posso te trazer a resposta amanhã? Pesquisarei e sem falta o trarei a você”. A experiência mais maravilhosa com tal momento não foi à busca pelo texto, isso o google me ajudou, mas sim o que aquele texto me traria.

Em primeira instância, já tinha um conceito em minha mente formado, sobre tal texto, mas resolvi abranger meus conhecimentos: li o texto de Mateus 22. 01-14. Deus me lembrou, nesta madrugada que muitos são os convidados para a eternidade de Cristo, porém poucos são os escolhidos.

Eu sempre gostei de comparar o serviço, ou seja, meu trabalho, minha visão do que é, e como devo portar-me, o meu trabalho rotineiro com o casamento. Eu acredito que, assim como o casamento, deve ser nosso trabalho. Ainda que haja amor, se não há comprometimento, envolvimento, investimento para que ele cresça, aos poucos ele corre o risco de tornar-se desgostoso e até chagar ao fim, mesmo que o amor permaneça. Minha agradável surpresa foi poder encontrar na bíblia a comparação do casamento com o céu. Precisamos nos envolvermos, fortalecer-nos e preparar-nos para uma eternidade não tardia de vir.

Talvez você tenha achado, no mínimo, um pouco diferente o título que dei a esta postagem, mas é essa comparativa que quero firmar realmente em nossas mentes. Mas qual a semelhança dessa arrumação? O que o casamento tem a ver com o céu? Vamos adentrar ao terreno da parábola de Jesus denominada: “...das bodas” e descobrirmos, crescermos na graça e conhecimento, juntos?

Uma mensagem de forma simples

Vou confessar-lhes: para tornar meus textos mais ricos de nossa língua e até para não tornar algumas palavras repetitivas de mais, recorro-me ao auxílio dos sinônimos. Aprendo muito fazendo assim, porém a intenção de Cristo quando falava por parábolas, era uma só: tornar sua mensagem simples aos seus ouvintes. Seu objetivo era comunicar-se e ser entendido. Cristo na sua suma sabedoria, de ser o próprio Deus, caracteriza, familiariza suas histórias com os costumes do povo de Israel. Assim podemos compreender as analogias feitas por Jesus.

Cristo, sempre gostou de utilizar parábolas, ou seja, histórias, para fazer uma comparativa, até mesmo uma ilustração verbal, a fim de tornar a mensagem de seu Reino e Reinado mais fácil ao intelecto das pessoas de seu tempo. Embora a bíblia nos revele de maneira bem poética tais ensinamentos, tenho em minha mente, por certo que o objetivo de Cristo era a simplicidade. A busca pela forma mais clara, era para que seus ouvintes pudessem aprender, simplesmente, a Sua mensagem. A parábola que estamos estudando, é mais uma de suas várias que fez.

A preparação

“o Reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho”. A primeira analogia é nos dada no verso dois do texto estudado. O príncipe da ocasião é o próprio locutor da mensagem: Jesus. O rei, Deus, celebrando a boda de Seu filho, é o encontro do Noivo, que é o príncipe, com a noiva de Cristo, que somos nós, a Sua igreja, o grande dia final.

Nos últimos instantes da história do mundo, onde você gostaria de estar? Você já se fez essa pergunta? Eu já me fiz várias vezes. Se você ainda não a fez, pense um pouco, pare de ler, reflita e imagine, onde você gostaria de estar nos últimos instantes deste mundo? – vamos pare um pouco de ler e pense –

Retornando aos pensamentos, na “viajatória” que alguns filmes nos acometem, uns desejariam estar na praia, como numa celebração de ano novo. Outros, com placas em cima de prédios esperando os “extra terrestres” que consumirão a terra e em seus cartazes palavras como: welcome (bem-vindo). Uns optariam pela família, na falta de fé, esqueceram de salvá-la e acha que só ele irá pro céu e nunca mais verá sua família.

Não sei se você acertou o lugar certo para se estar quando Cristo voltar. Quer um bom lugar? Quer sabe onde eu pensei em estar? De frente ao espelho. Estranho, não? Vê-se pela ultima vez, ou ajeitar o cabelo? Não, não é nada disso. O espelho que quero estar chama-se: edificação. Num casamento, especialmente quando somos convidados de honra, gastamos horas nos aprontando pra ele. A boda de Cristo, o casamento, o encontro dele com sua noiva, com sua igreja, conosco, é muito mais importante. Vamos ao casamento, maltrapilhos? Não é do que você veste hoje enquanto lê esse blog, da roupa de seu corpo, que estou falando. Estamos maltrapilhos quando estamos com os adornos do pecado.

Antes de aprofundar-me na explicativa dos adornos, vamos nos desprender do materialismo e apegar-nos apenas no espiritual. O espírito nos instrui, quando damos lugar a Sua voz, ao o que é certo, mas em minhas comparações, quando refiro-me aos adornos, estou fazendo analogia a atitudes, mesmo que pequenas de pecados, que quando tomamos, estragamos nossas vestes.

Eu sempre rebati no ponto de nossa transformação, como diria um grande amigo, nossa metanóia, pois é ela a chave fundamental de nossa entrada no céu. A salvação não vem de nada que você possa fazer, mas vem do agrado, da graça, de Deus. Graça vai muito além de seu significado tanto dito, vai além do favor não merecido. Quando Deus acha graça em você, ele encontra clemência, absolvição, ele retira sua culpa, encontra remissão de pecados. Só é remido aquele que limpa-se em Deus de seus erros.

Os convites

A bíblia diz-nos que Deus envia seus convites. Envia “os servos a chamar”. O convite para “todo aquele que nele crê” (João 3.16). Nessa comparação não são todos os convidados que aceitam a este convite. Nos tempos de Jesus, a não aceitação dEle, de sua missão, de sua identidade já era existente, hoje ela é prolongada e muitos “ouvem e endurecem seus corações”.

Eu tenho uma interpretação peculiar desses versos (3-5). Há um convite, há uma insistência. Jesus convidou o mundo, porém o mundo não o recebeu. Então ele dá características que fazem atrair os convidados. Há um banquete celestial preparado para nós em nosso novo lar. Muitos têm dificuldades e até medo de aceitar este novo lar, receber este convite.

Mas mesmo na insistência de Deus, muitos insistem pela não aceitação do nobre convite. Damos nosso sim a este, quando o nosso coração diz sim as coisas de Deus. Diz sim a vida de seu Reino que se iniciou em Jesus, o Príncipe, Governador, da Paz e firma-se em Seu reino celeste.

Imagine que você recebe o convite para uma festa de um Reino. O maior Reino da história. No vislumbre da primeira instância, quem rejeitaria? Porém há uma interferência. Os convidados são cegos. Somos segados por belezas superficiais e caímos no engano de falsa busca de felicidade que é proporcionado pelo pecado. Na busca do diabo em equipara-se a Deus, ele enfeita seu banquete muito atraentemente, seus alimentos, proporcionados, são afáveis, agradavelmente atraentes aos olhos, porém é como se fizéssemos o mesmo bolo de formas diferenciadas, pois o produto de alimentar-se desses diferentes pratos é o mesmo: roubo de vida em plenitude de abundancia, morte da esperança de uma humanidade de glória e destruição.

Há uma palavra no verso 5 que chama-me muita a atenção: caso. O verso nos relata, na parábola de Cristo, a atitude que muitos dos convidados tomam quanto à convocação. Não se interessam e muito mais, não dão importância. Diz que um cuida do seu campo e outro para aos cuidados de seus negócios. É nas pequenas e, que muita das vezes rejeitadas, coisas que está o sumo da maravilha que é ter vida com Deus.

Existe uma interpretação que me foi dada por Deus e marcou-me muito, ficando gravada quando eu estudava o livro de Efésios que diz: “a minha luz é realmente notada quando os holofotes estão desligados”. Embora a aplicabilidade de tal expressão nos leve a diversos pontos, quero focar-nos ao melhor que experimentamos em nossa vida com Deus. A nossa luz, quando esta acesa, ela não precisa que os olhos das pessoas notem o que faço pra Deus, pois faço por amá-lo. Minha luz esta fortemente acesa, quando não preciso de “porquês” para orar a Deus, mas dou importância aos convites noturnos de levantar-me, perder uma noite de sono, pois é mais compensador passar tempo com Deus. “maior paz tem o que serve ao Senhor”.

O mesmo convite, a dois públicos alvos são feitos. O primeiro, aos que conheceram a Deus, tiveram a experiência de ver quem Ele é, mas seu amor, destes em primeira instância escolhidos, esfria-se. Deus convida-nos todos os dias a desfrutarmos do seu banquete de vivência com Ele. Os escolhidos por Deus, o motivo pelo qual ele preparou Seu banquete, foi os que um dia disseram sim a Ele. O convite de Deus é para uma eternidade e a semelhança do casamento, ainda que o endereço seja desconhecido, a data parecer um pouco longe, ele diz-nos para preparar-nos. E pra participar dessa data não podemos estar de qualquer forma, por isso o mundo desiste do convite que recebem e esfriam-se em suas expectativas.

Perdem o foco de Deus e arrumam diversas justificativas pela sua desistência. Perdem a fé, o amor por Deus e apegam-se ao seu materialismo enraizado nos relacionamentos, no monetarismo, no que possuem e julgam estas coisas mais importantes. As bodas estão preparadas, porém aos convidados estão indignos. Ele veio para salvar e escolheu salvar os que estavam perdidos, porém não deram credito as suas palavras.

Todos agora são convocados, ajuntados, como diz a bíblia, para esse momento. Bons e maus são recolhidos e postos ao privilégio de ver o Rei. Pois todo olho o verá. A festa nupcial, o dia tão glorioso, o ansiado dia por nossas almas, chegará, diante do trono de Deus todos nós. “... grandes e pequenos que estavam diante do trono...” (Ap. 20.12)

O grande dia

Embora as mulheres desejem com maior expectação tal momento, talvez por isso a igreja seja chamada de noiva (risos), todo bom homem que se preze, deseja um feliz casamento. Toda alma que deseja Cristo, tem expectação pelo dia da revelação de Sua glória. Ainda que planejemos coisas terrenas, o nosso foco deve estar em Deus.

Esperamos em Deus e quando esperamos nEle, o tempo passa e as esperanças são renovadas. Aprendi algo maravilhoso em uma música que dizia: “pois que em espera em Deus não se cansa, em Deus renova as esperanças.” As vezes esperamos em Deus coisas que nos satisfazem e não alcançamos, mas Deus renova nossa esperança de que as coisas vão melhorar, tão logo, e o melhoramento que esquecemos e o céu.

Quem espera em Deus nem sempre alcança. Não alcança aquilo que ambiciona, mas alquilo que Deus o faz almejar, isto sim, no tempo certo lhe é proporcionado em doce e agradável cheiro de graça. Quando Paulo, um grande servo de Deus pede que Deus o livre de algo que o incomodava, a resposta de Deus é simples, forte, e diz: “a minha graça te basta” e o perfeito, para entendimento de o que nos é concedido por Deus é a conclusão a explicação de Deus: “pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Somos mais sensíveis a Deus quando estamos contritos do que quando alegremente despercebidos.

O rei chega para ver seus convidados. Deus chega para o grade dia final. Seus olhos passam por sobre todos e ele sabe todas as coisas. Ele não se prende a fisionomia, ele não observa face, ele não se prende as intenções. Não há ouvidos para declarações, não mais. É encontro, início do perpétuo. O casamento pra Deus não foi deturpado como para o homem, o casamento, a união em Jesus é eterna. Só há uma diferença, a morte já não mais separará o que Deus unir.

Vestes celestiais

Na nossa linda parábola, Deus lembra-nos, que nós precisamos arrumar-nos envoltos de santidade. Por isso que disse, no inicio deste texto que precisamos nos avaliar, saber se estamos “bem vestidos” para Deus.

A bíblia diz que o Rei sai e encontra um homem que não estava trajado com veste nupcial. Lembra? Foram convocados bons e maus. Todos nós queremos o melhor. E somos capazes das mais bárbaras e levianas atitudes para obtermos o bem. Porém sob a óptica de Deus, nada se faz oculto. Ao observar que aquele homem não estava propício aquele momento, o Rei o retira dali.

O que difere os convidados, os aceitos dos não, são suas vestes. Adornos de santidade são opcionais, mas são eles que por Cristo Jesus concedem vida e vida em abundância. Só em Cristo há vida. As nossas vestes, o modo como nos arrumamos nos dias de hoje, na forma de carne, pode até tornar-nos mais atraentes às pessoas, mas a vida só atrai vida e Deus não sonda o exterior.

“porque muitos são chamados, porém poucos os escolhidos”. Não há número restrito de pessoas que participarão do banquete. Não existe lista visualmente disponível desta seleção. Os que tiverem seus nomes escritos no livro da vida, este sim são escolhidos.

Aqueles que têm sua visão em Deus, que o ama em seus atos, estes sim serão os escolhidos, pois O conheceram em seu amor. E cada um será julgado segundo suas atitudes. Com roupas de santidade, alvas, brancas, sem manchas de pecado, limpas no sangue do cordeiro, pois Ele veio nos purificar, encontraremos o noivo. O branco lembra a pureza, a vida alva, em Deus, lembra purificação.

Não esqueça: “talvez seja difícil manter a casa – no sentido nossas vidas – limpas pelo dia todo, porém eu posso propor-me a viver limpando-a”. Não saia de frente de seu espelho chamado reflexão interior, de atitudes, de modo, reflexão de se tenho agradado a Deus.

Gostaria de acabar escrevendo algo que embora tenha sido extraído de momentos descontraídos com amigos me faz lembrar por que vivemos. Na exalação pessoal, de si mesmo (risos), um amigo me disse:

- “Deus me disse: Desce e arrasa”.

Sem querer exortá-lo ou repreende-lo o respondi:

- Deus me disse: “Nasce e se prepara!”.


O que se assenta no maior de todos os tronos preocupa-se com o menor.
O menor de sua casa, Ele o exalta.
Os olhos do homem procuram bases para sua fé.
A fé está naquilo que não podemos ver.
A fraqueza nos mostra o agir de Deus.
Quando observamos os feitos de Deus em nós, não nos sentimos mais fracos.

***leia Apocalipse 20, para maior amplitude de analogia e contextualização de tudo escrito aqui. Vamos! Nos preparemo-nos, dia a dia, de glória em glória, arrumando-nos de melhores e lindas vestes, de santidade, para sermos reconhecidos por Deus com um convidado de Seu banquete imensuravelmente melhor que as delícias mortais deste mundo.


Com saudades enormes desses tão crescentes momentos, desejo a você uma excelente semana e com amor digo: é bom escrever para o blog.

Em Cristo, Ósculos.
Matheus Gerhard

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Há um país



Há um país nas terras de além rio
Cheio de flores, de prazer e luz.
É destinado as almas resgatadas.
Lá não terão nem lutas, nem mais cruz.

Pois é aonde a morte não mais entra,
nem o pecado lá existirá.
Jesus e Rei destas mansões tão lindas
os salvos todos com prazer abraçará, abraçará.

Lindo país eu vejo a brisa mansa
acariciar Campinas e jardins
e embalar as palmas prateadas,
dos vales perfumados por jasmins

Enquanto o sol se põe no horizonte,
eu julgo vem em sonho este lar
Vejo os amigos já ressuscitados
e vejo todos juntos a Jesus louvar, Jesus louvar.

domingo, 27 de setembro de 2009

Aposentando conceitos errados

mensagem pregada no culto aos idosos, na ibamm. Domingo, 27 de Setembro de 2009
Os idosos somam hoje cerca de 14,5 milhões de habitantes. Esse número corresponde a 8,6% da população. Um gráfico ascendente, ou seja, pra cima. Qual o produto disso? A população mundial está ficando mais velha. A organização mundial de saúde diz que por volta de 2025, haverá mais idosos que crianças no planeta. Qual a importância desses dados? Por que eu estou os repassando pra vocês? Pois hoje, com apenas 8,6% já temos grandes problemas para com os idosos, imagine em 2025?

Pra mim, não tem visita melhor pra fazer do que casa de avó. Uhmm.. tem cheiro de café. Há uma frase que diz: “ser mãe é padecer no paraíso” e na genealogia tem uma frase pra avó também que diz: “ser avó é ser mãe? (duas vez)”. Eu penso: Meu Pai! A avó nasceu pra padecer.

Brincadeiras a parte, eu quero tratar de um assunto muito importante, ou melhor, extremamente importante. Os problemas que alguns de nossos amáveis idosos têm que enfrentar quando chegam a “melhor” atente pra isso: Melhor idade.

Eu quero te convidar, jovem, adulto, os quase lá e os nossos amados idosos a aposentarmos algumas coisas. Alguns atos que ainda estão falhos em nós. Como diria um grande escritor chamado Max Lucado: “Aliviar algumas de nossas bagagens”. Porque o erro pesa e não precisamos carrega-lo

Devemos honrar os idosos

Vamos abrir nossas Bíblias em Levítico 19.32: “Diante das cãs te levantarás a face do velho, e terás temor do teu Deus, Eu sou o SENHOR”.

Cãs, irmãos, significa cabelos brancos. Diante deles, honra ao idoso. Na releitura, digamos assim, das diversas leis que é o capítulo 19 de Levítico, uma, tão boa e aplicável nos dias atuais, para benção é esta. Dê valor aos tão valiosos idosos. As mulheres e os homens idosos devem ser tratados com respeito.

A Bíblia diz mais. Vamos ao livro, escrito por Paulo, endereçado a Tito e a Timóteo concernentes aos cuidados pastorais da igreja. Livro de 1 Timóteo, capítulo 5, versos1, nos diz: “Não repreendas asperamente a um velho, mas admoesta-o como a um pai; aos moços, como a irmãos.”
Que tarefa difícil é admoestar a alguém mais velho que nós. Qual o jargão utilizado nos conselhos de nossos queridos pais e avós? Algo parecido como: “me ouve, eu já vivi isso”. Não que seus conselhos devem ser desprezados, muito pelo contrário, devem ser honrados, mas não é o fato de envelhecer que o isentam de erros. “Não há um justo. Nem um?...” sequer.

É necessário um cuidado maior, no tratar das palavras, na forma de colocá-las. Com diz Paulo, “Não repreendas... asperamente”. É uma tarefa um tanto quanto complicada. Eu já fui ameaçado de uma coça algumas vezes que tentei repreender, na forma de exortá-lo quanto ao erro, ao meu pai. Pasmem! Ele nunca deu o braço a torcer, nunca reconheceu e me disse: realmente, você está certo, mas sei, que minha insistência, o modificou em algumas atitudes e é nisso que vemos o fruto dessa colocação sendo produzido. Melhor que palavras, sãos os atos.
Eu congelei, confesso, quando me veio o convite de falar-vos nesta manhã. Pensei: “eu, alguém inexperiente de vida falar a históricos de vida, a bibliografias vivas”, mas a carta de Paulo me serviu muito bem em seu primeiro verso.

Vamos continuar? Verso 2 de Timóteo mesmo. 5.2: “às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza”. Convencer uma mãe já é mais fácil, não é irmãos? Más o amor deve ser da mesma forma. Não deve faltar compreensão, verdade, pureza, como nos diz o texto, nessa exortação. Falamos assim com nossas mães? Como então falemos aos idosos?

Há pessoas que não tem carinho, amor, nem paciência para tratar com um idoso.

Ontem, quando partilhávamos uma pizza em casa, podemos conversar um pouco, eu e minha família. A minha irmã mais nova falava: de vez em quando, aparecem umas velhinhas lá na loja, ás vezes a fila está imensa e elas com toda calma contam, moedinha por moedinha. As pessoas da fila já resmungam? Mal do mundo globalizado. As pessoas andam muito atarefadas, seus dias são cheios e é necessário rapidez. Culpa de mundo globalizado nada irmãos, culpa de pessoas, que também incluem cristãos, sem paciência. Cadê os frutos do Espírito para tratarmos de nossos idosos?

E quando a pobre senhora chega ao final da conta e fala: esqueci o quanto eu contei.
Ah... apareceu uma boa alma para ajudá-la, ajuda-la nada irmãos, essa “boa” alma quer é que a fila ande logo. Cadê a honra nisto? Nossos idosos estão sendo honrados?

No ônibus, está lotado. Estamos cansados, trabalhamos o dia todo e quando conseguimos aquele solitário banco da frente nos acomodamos como num trono de rei. De repente, no próximo ponto sobe os da carteirinha, os do passe livre, sorridentes, foram ao mercado comprar peixe, não fizeram nada durante o dia, quando chegam dentro do ônibus, não precisam falar nada, eles apenas te olham e sorriem. Eles não têm força pra agüentar as arrancadas que às vezes os ônibus dão. O indivíduo, cansado, cheio de bolsa fecha a cara e se levanta. Há honra nisto?

Há sim a exclusão, desaprovação, birra nessa atitude que infelizmente, costumeiramente tomamos. Desde o atendimento ao cliente, os famosos SAC, na fila de idosos, no banco, que por terem direito às vezes são descriminados como os desocupados do dia que atrapalham você.
Devemos apreciar os idosos pela sua experiência. A Bíblia diz em Provérbios 20:29, vamos ler: “A glória dos jovens é a sua força; e a beleza dos velhos são as cãs.” Qual o fator comum que leva aos cabelos brancos? As cãs, como denomina a bíblia? O tempo, e o tempo de vida, boa vida, é um dos melhores companheiros na arrecadação de sabedoria. Vou repetir isso, atente pra isso: o tempo de vida, boa vida, é um dos melhores companheiros na arrecadação de sabedoria. Os jovens podem aprender lições valiosas na vida dos idosos. Eu aprendo.
E provérbios, livro escrito por Salomão, diz mais. Vamos um pouquinho mais a frente, no capítulo 23, versos 22 à 25: “Ouve a teu pai, que te gerou, e não despreze a tua mãe, quando vier a envelhecer. Compra a verdade e não a vendas; compra a sabedoria, a instrução e o entendimento. Grandemente se regozijará o pai do justo, e quem gerar um sábio, nele se alegrará. Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozija-se a que te deu a luz”. Quer um “fid back” como dizem agora, uma resposta, um norte, pra saber se andas corretamente jovem, vê, se sobre ti e teus atos têm se alegrado, os que a Cristo, te aconselharam.

A rejeição

Muitos idos sofrem Rejeição e abandono de suas famílias. Não podemos deixar que isso ocorra. Mas é o que mais acontece. Nos esquecemos deles.
Vamos voltar ao texto de timóteo 5, agora o verso 8: “ora, se alguém não tem cuidado dos seu e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior que o descrente."
Sem fé é impossível agradar?... a Deus, como nos diz Hebreu 11.5.
A salvação vem das obras? Não! Diz Paulo aos Efésios 2.9, para que ninguém se glorie, mas saiba que a nossa recompensa é segundo nossas obras. Vamos confirmar o que digo? Mateus 16.27: “Porque o filho do homem há de vir na glória de Seu Pai, com os Seus anjos, e, então retribuirá a cada um conforme suas obras.” Ele nos recompensará segundo as nossas obras.

Se você não ama é porque não conhece?... a Deus, porque Deus?... é o amor. Podemos achar confirmação nisto em 1 João 4. 7-8. Esta vendo, temos todas as respostas, porque não praticamos. Porque não praticamos o amor em sua essência. Quem ama não abandona. Então eu pergunto: Conhecemos realmente a Deus? Temos conhecido o amor? Temos reconhecido Deus?
Você já ouviu uma frase típica de mãe, mais ou menos assim: “eu te carreguei nove meses na minha barriga”, ou de um pai: “eu te sustentei até hoje pra você fazer isso comigo”. Na maioria dos casos, eles falam assim, pois estão se sentindo rejeitados, abandonados de suas vontades. A rejeição é algo ruim.

Você já passou por uma situação onde sentiu-se não aceito? Já foi “rejeitado”, ou podado de fazer alguma coisa que nem tanto bem traria a você? Você já se sentiu rejeitado por alguém? Uma pesquisa publicada na versão eletrônica da revista Science revela que a rejeição e exclusão social e as dores físicas ativam uma mesma área do cérebro? É o chamado córtex cingulado anterior. (Jornal Folha de São Paulo On-line). Você não precisa usar as suas mãos para bater, ferir, alguém.
Solidão. Não fomos feitos pra ela. Deus faz com que o solitário habite em família. Não há um texto em que diz sobre o abandono de algum membro dela, nem do espalhar da mesma.

Saiba, a ofensa que você atribui a alguém, causará, pesará muito mais a você do que aquém você feriu. Principalmente a nós cristãos.

Há um pensamento que aprendi ouvindo o pastor Massao, um japonês que vive no Brasil e ele diz: O seu inimigo, a pessoa com quem você tem alguma contenda, causou ou causa algum mal, é a ultima pessoa a abandonar você. Ela está em seus pensamentos. Ela é a primeira pessoa a quem sua mente reporta quando você acorda e a ultima pessoa que te deixa quando você vai dormir. O Espírito de Deus é quem nos orienta do nosso erro, por isso Ele nos cobra.
Conselho aos anciãos

A bíblia dá conselho aos idosos, vamos ver esse conselho. Na confiança e louvor, mais uma vez de Davi. Salmos 71.16-18. “Sinto-me na força do Senhor Deus; e rememoro-me na tua justiça, a tua somente. Tu me tens ensinado, ó Deus, desde a minha mocidade; e até agora tenho anunciado as Tuas maravilhas. Não me desampares, pois, ó Deus, até a minha velhice e as cãs; até que eu tenha declarado à presente geração a Tua força e as vindouras o Teu poder”.

A grandeza de Deus expressa por Davi é de conhecimento, generalizado até os dias de hoje. É de Deus que vem a força, a vida, o fôlego pra que você viva, querido idoso. E viver de maneira que fale, nas atitudes vividas por Deus e pra Deus e em todo seu testemunho.

Sabe como viver e cuidar de algumas áreas de nossas vidas, idosos. Vamos ler o conselho de Deus em Tito 2:2-5: “Exorta os velhos a que sejam temperantes, sérios, sóbrios, sãos na fé, no amor, e na constância (também em outras versões, paciência); as mulheres idosas, semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem, para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos, a serem moderadas, castas, operosas donas de casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja blasfemada.” Toda a forma errada que assumir você, homem ou mulher, forma essa que seja contra a palavra de Deus, é uma blasfêmia. Atos, maneira incorreta que ultrajam, afrontam, insultam, ofendem quem Deus é.
E florescerá

Assim floresce o justo, nos caminhos de Deus, como nos disse Davi, ao seu Salmo 92. “os justos florescerão” “plantados na casa de Deus”.

Às vezes nós somos tratados como arvores, ramos como disse Jesus, vamos expandir um pouquinho mais agora, somos jardins. Os sentimentos nas pessoas são como plantas, boas e ruins. Tudo o que se cultiva, cresce. Se plantarmos uma semente boa, se a tratarmos ela crescerá. As plantas “venosas”, porém, nascem de uma forma bem mais fácil. Plante-a e a guarde, ela crescerá e dará seu fruto sem muito custo e com pouco cuidado.

Conosco também é assim. O amor é uma planta até fácil de plantar, mas é uma das que mais se necessita de cultivo. Em contrapartida, o ódio é uma planta que com apenas uma pequena semente germinada, floresce, com raízes fortes e espaçosas, grosseiras. Tenho que convir, até se enobrece, porém machuca e traz a morte.

Os espinhos em nossos corações, causados pelo ódio, pelo rejeitar, por ser rejeitado e abandonado, pelas atitudes erradas que tomamos, ou que tomam contra nós, por vezes é esquecido, mas experimente respirar fundo, ateste seu coração, vamos, o encha. Logo, logo você irá se deparar com seu espinho. Experimente apenas viver e você sentirá a dor que ele causa.

Cuidar do jardim enquanto as plantas são semeadas é a melhor maneira de se ter um belo lugar. Eu não sou jardineiro e entendo pouco de plantas, mas no jardim da vida tudo pode acontecer se seu jardineiro se descuidar. O que você tem plantado?

Vamos aposentar a rejeição, idosos, e o rejeitar, mais novos. Essa é proposta, o convite pra hoje. Vamos viver como justos para frutos produzir. Dia após dia aposentando as práticas do pecado, do erro que insistem de forma bruta e habitar em nossas vidas.

Somos corpo de Cristo, Seus braços. Quando pedirmos a Deus que visite a um idoso abandonado me um lar qualquer, nos lembremos que se somos corpo de Cristo, os braços dEle a abraças o mundo somos nós. As pernas dEle que vão aonde Ele mandar, somos nós. As mãos somos nós a tocar, a modificar.

Talvez seja difícil manter a casa (casa no sentido nós, templos do Espírito) limpa por muito tempo, mas você pode propor-se a limpa-la pelo dia todo. Você pode propor-se a justificar-se e a pedir conta de seus pecados e pesos que ele traz, a todo o momento.

Não somos capazes de justificativas, quem justifica é Deus e assim, em Deus os justos florescerão.

Plantemos amor, bom convívio, com nossos amados e preciosos idosos. Vamos ler o salmo 92, versos 12-15? “O justo florescerá como a palmeira, crescerá como cedro no Líbano. Plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão cheios de seiva e der verdor, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nEle não há injustiça”.

Os justos, os que estão na casa do Senhor, estes florescerão. Os idosos, ainda dão frutos, podemos colhe-los. Podemos alimentar muitos outros.
Aos idosos, um feliz dia do idosos!
Aos jovens e aos quase lá, uma excelente semana!
Deus nos abençoe!
Matheus Gerhard

domingo, 20 de setembro de 2009

Cheiro de Casa

Quando viajamos, passamos por um tempo longe de casa, digamos que um mês, quando retornamos e sentimos o cheiro da nossa casa, é uma sensação tão agradável. Os lugares que nós visitamos, ainda que magníficos, nunca conseguirão ter o aconchego e bem-estar que só nossa casa pode proporcionar. É nela onde somos nós mesmos, onde partilhamos de nossas intimidades e coisas pessoais com nossos familiares e pessoas próximas a nós.

Não te convidei pra uma aula de psicologia do lar, ou seja, nossa vivência em nossas residências, mas poderíamos dizer que é uma sensação tão boa quanto, quando voltamos à casa de Deus.

Em nossas viagens aventurosas, denominadas pecado, nos encantamos com o mundo, que não é nosso, que está acessível, mas não nos deve pertencer, nem ser habitado. Nenhum pecado será indesejável. E quando retornamos pra nossa “casa”, na comunhão de nossos “familiares” é que podemos reconhecer quem somos e o que somos, pra que existimos, qual a razão.

Casa é onde sempre queremos ir quando nos machucamos ou ficamos doentes. É onde queremos retirar os sapatos e sem necessidade de arrumar-se, compor-se, deitar no sofá, se jogar em meio às almofadas e descansar. É onde nosso pai nos orienta, onde nos alimentamos.

Eu tenho retornado em integridade e inteiro pra minha casa. A algumas postagens atrás, compartilhei de meus dias da saudade que tinha de casa e hoje é com orgulho, por gloriar-me em Deus, que retorno pra dizer: pude voltar de minhas viagens e sentir o cheiro tão agradável que tem a casa de meu Senhor, o amor, como no dos primeiros dias retorna e firma-se em mente e em regozijar de coração o texto de Oséias: “Vinde, e voltemos para o Senhor, pois nos despedaçou e nos sarará, fez a ferida e a ligará. (..) e viveremos diante dele” (6: 1 e 2).

Esteja certo, não é o fato de você estar na igreja que o mundo te esqueceu. Desobedeça ao diabo e ele fugirá de vós. O fato de você freqüentar a um templo, cultuar a Deus, não te isenta do mundo. Só não pertence ao mundo aquele quem nele não está. Aquele que não vive com a triste dor, rotineira, da aceitação de uma atitude redundante de pecado.

As doces dores

Quando nos sobrevêm as adversidades, o primeiro passo, ou o primeiro pensamento que temos é: “o que fiz pra merecer”. Será porque que passamos por momentos tão angustiosos? Eu te dou um tempo pra você pensar. Relembre de alguns momentos do passado, onde você sofreu e morreu, pois não conseguiu suportar? Olhe, se você está lendo essas palavras agora, é sinal de que eles, esses momentos, não existiram. Não há provação que não sejam humanamente suportáveis. (I Coríntios 10: 13).

Nós, incluído eu, temos a tendência ao “dodoiísmo”, não conhece essa palavra? Não procure no Aurélio, não quiseram traduzir seu significado, porém ela sempre existiu e traduz-se em: Excesso do desejo de atenção. Carência. Queremos sempre ser notados, nem sempre, ou melhor, na maioria das vezes, ficamos satisfeitos com o segundo lugar. Quem nunca sonhou em ser uma estrela de Hollywood? Fãs arrastando-se e gritando seu nome. Sua foto na primeira capa do The new York Times. Que tal uma grife com o seu nome? Só com tais palavras já somos capazes de enobrecermos, pois a nossa natureza quer o errado. 99% da população já sonhou em ganhar na mega-sena, fique tranqüilo, é só esperar segunda feira que voltamos a nossas estatura real. Precisamos estudar, trabalhar, cozinhar, n tarefas. É por achar que somos tão inacreditáveis que não acreditamos em o que realmente nós somos. E nos momentos de aflição uma pergunta incisiva de nossas mentes sempre será: “por que comigo?”.

Quis dar esse título a essa nossa linha de pensamento, pois pode ter certeza que não há sofrimento sem motivo, como não há prova sem resultado. Embora este tema seja tão grandemente abrangente, quero fixar nossos pensamentos nas dores de nossas causas. Quando Tiago escreve em seu capítulo cinco que por conseqüência de nossas atitudes incorretas, o falhar de nossas palavras, sofremos julgo, ele exprime um dos grandes motivos de nossos sofrimentos: NÓS MESMOS. Fique tranqüilo, não há nada de errado com sua espiritualidade o fato de você sofrer, mas sim o erro existe nos nossos atos falhos, os nossos pecados.

No gráfico da vida, que possui elevadíssimos picos de alegria e profundos momentos de tristeza, podemos notar que quando esse gráfico demora retomar a subida é o processo da vida onde nós paramos, nos analisamos e temos pena de nós mesmos. Costumo dizer que quando estamos nos nossos momentos mais complicados, é quando cabisbaixos, esquecemos que o mundo continua lá fora e condoemo-nos na varredura interior, olhando apenas pra dentro de si e tentando achar algo que seja mais forte que a nossa certeza de que sempre estou correto. Olhamos, refolhamos e só conseguimos melhorar quando os nossos olhos começam a levantar rumo ao horizonte. Nesse instante enorme peso é largado, pois começamos a viver novamente. Não digo que o ato de olhar interiormente é um ato errado, pois é necessário avaliarmos e melhorarmos, mas que ao olharmos pra dentro – como diria Stella Junia (grande pianista), olharmos pra dentro, para as nossas catedrais interiores – não nos achemos perfeitos, mas curáveis.

Quero que compreendam, assim como pude entender, que devemos viver os atos que trazem justiça. Ainda que pareçam castigos. Eles, por muitas vezes não serão tão fáceis e tão aceitos, mas serão necessários. O mundo secularizado, que caminha em afastamento das coisas de Deus, não esquece algumas de Suas verdade. Deus é justo e a justiça dele é para os filhos e para a criação. Um pai corrige a quem ama. Deus corrige, por que ama ainda mais.

Se nós formos estudar os capítulos cinco e seis de Oséias em nossas bíblias, encontraremos a exortação aos príncipes e sacerdotes quanto ao arrependimento. Deus fala claramente da contaminação de seu povo e os esclarece que é necessário o desprender, o libertar-se dos “espíritos” (caracterizados como atitudes fixas) das coisas erradas. Deus dá o Seu recado a Israel e a Efraim e diz que volta ao Seu lugar pra aguardar que seu povo o busque.

Se pararmos um pouco e cuidadosamente analisarmos nossas vidas, os momentos angustiosos em que vivemos, por muitas vezes são avisos de Deus. A maior expressão que defende minha fé na bíblia e firma o porquê a sigo é: “Nenhum outro livro me dá a conclusão e as conseqüências futuras tão judicialmente quanto à bíblia me oferece.” Pergunte-se quando se deparar com situações turbulentas: “será que o que estou fazendo tem sido aprovado por Deus, ou vivo dias em prostituição (vender-se, perdendo valores cristãos, ao pecado – abafar a voz do Espírito -)”.

Quando a ficha cai

Embora tão usual em sermões, musicas e liturgias, a história do filho pródigo reinicia na vida de todas as pessoas. Quando penso neste ponto da história do filho pródigo, de quando ele reconhece a tolice que fez, me lembro que também já fui tolo assim.

Há um fato que ocorreu comigo, cerca de uns sete anos atrás, onde eu recusei o cuidado de Deus e pedi minha parte na herança para que pudesse ser “livre”. Eu vivia dias de intensa euforia cristã. Euforia Cristã é quando nos achamos super cristão, porém estamos mais propícios ao pecado que nunca. Iludimos-nos achando que estamos com Deus, simplesmente pelo fato de pô-lo em nossas vidas. Não colocamos Deus em nossas vidas, não somos capazes disso, colocamos as nossas vidas em Deus. Eu já estive assim. Nesse período de infantilidade espiritual, onde tudo era fascinante, porem superficial, eu pedi a Deus liberdade. Lembro-me como se fosse hoje. Todos os caminhos de pecado que eu queria tomar frustravam-se e toda a tentativa, por tentar pecar, alimentar a carne, se limitava em apenas desejo e não conclusão. Eu me lembro de ter orado a Deus: “Você não disse que eu poderia escolher? Porque fica impedido que eu faça aquilo que é do meu desejo? Não me impeça mais”. Essa foi a oração mais amarga que já realizei, mas foi sincera, ainda que pecaminosa. Só depois desta lamentável cena pequei.

Acredito que Deus deixou viva essa cena em mim pra que eu não a repita mais, pois o concilio com Deus foi custoso após meu erro. Também aprendi através dessa busca a importância que Ele tem pra mim. Deus não é um casaco pra eu vesti-lo apenas quando eu sentir frio. Deus também é o frio que eu preciso sentir pra por o casaco da sua palavra em ação. Com paciência, amor e zelo ele cuida de nós. Pense, somo feitura Sua, à Sua imagem. Se nos condoemos em ver alguém sofrer uma correção, quebrar-se por cair em si e vê o erro que cometeu, Deus se compadece de nós. E corrige, pois sabe que aprenderemos e a dor é o melhor remédio para não dar-se a repetição de um ato falho.

Escolhas certas nem sempre incluem minha vontade

Deus sabe o que precisamos enfrentar pra podermos viver perto dEle e mede, observa, o seu amor nessa insistência em querer romper seus limites e vontades, pois nosso desejo é agradá-Lo.

Quando amamos alguém, pensamos mais em quem é amado do que se estamos recebendo amor. Sentimos a necessidade de este amor ser recíproco, porém, amamos sem cobrar. Como amamos a Deus? O amamos? Aonde se encontra a essência deste amor? Só O cobramos? Na maioria de nossas DR´s (discutir a relação) queremos saber aonde Ele estava quando precisamos dEle? Com paciência, amor, o mais puro de todo o amor, Ele ensina-nos, zela e vive a ensinar-nos a amá-lo pelo que Ele é.

Amar a Deus é desejar os desejos dele. O amor não se apresenta nos versos, ainda que tão belos, sua veracidade e firmeza, os nutrientes dele encontra-se no mover a seu favor.

Ele, Deus, em Cristo, sabia que era necessário o enfrentar de muitas coisas para que o amor, tão belo cantado fosse vívido nos nossos dias, e Ele mesmo nos disse, noutras palavras: meu amor, meu filho, a razão de minha morte. É necessário que você enfrente uma cruz diária, com vigor e fé, com amor por mim. É necessário que você sobreviva a essa cruz. Haverá momentos em que ela parecerá pesada demais, mas, sobreviva, pois ela é humanamente suportável. Com um bom ânimo, pois venci a maior de todas as cruzes, venci a causa necessária da morte, por amor. No fim de tudo o conduzirei a terra que emana leite e mel. Donde seus pensamentos hoje devem estar voltados, onde seremos sem cruz e sem morte.

Eu me propus hoje, e a cada dia mais, a viver a essência do que digo amar a Deus e o meu maior prazer é ama-lo com minha vida. Na recusa de muitas das minhas vontades, na baixa do meu ego, no reconhecimento de que perto da grandeza de Deus eu não sou nada, como nada possuo, porém ele em mim e minha vida nEle é o que preciso. Oferecei dia a pós dia, no tomar de minha cruz, meu corpo como sacrifício, uma tarefa custosa, mas fatível, o peso aliviado no amor, pois no sacrifício, santo e agradável encontro a Deus. Estou em casa.

Boa semana,
Deus vos abençoe!
Matheus Gerhard.

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Quem quiser: negue-se, tome sua cruz e siga-O



mensagem que preguei na Ibamm domingo dia 13/09/09


Você não é obrigado, obrigada, a ler o texto de filipenses 1:20, nem tão pouco vive-lo. Há uma escolha para que o mundo decida. Há uma opção, um livre arbítrio pra que você eu decidamos.

Vamos ver? Mateus 16.24-27

“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á.
Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
Porque o filho do homem há de vir na glória de Seu Pai, com os seus anjos, e, então retribuirá a cada um conforme suas obras”.

A bíblia nos diz: “quem quiser”, ela não te ordena, não te obriga, ela te oferece as palavras de Cristo dizendo: “quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. Se você aceitar, tome a tua cruz. Não a deixe pelo meio do caminho, desistindo, tão fácil das coisas que Deus lhe deu para que cuidasse, pra que carregasse.

O versículo nos diz algo diário. Se você lê-lo hoje, ele traz mensagem pra continuar, negue, tome e siga. Se lê-lo amanha, as palavras não mudarão. Você advoga: “mas eu já estou seguindo a Deus. Vou a igreja, tenho comunhão com irmão,” e Deus continua a me dizer: “negue-se, tome a cruz e siga-me”.

Você não é perfeito não se iluda. Nem será. Nos transformamos de glória em glória, dia após dia, por isso a todo o momento: “negue-se, tome a sua cruz e siga-me”. Será que realmente a nossa cruz tem sido carregada? Não há nada que tenho aliviado o peso da minha cruz, deixando de carregá-la? se há: “negue-se, tome sua cruz e o siga”.

Há uma frase esplendida que diz: “meu testemunho é minha vida, se necessário usarei palavras”. Algumas pessoas aceitam a Cristo, mas não decidem viver Cristo glorificado em suas vidas.

Sabe o que Paulo queria dizer quando escrevia a carta da alegria, assim denominado o livro aos cristãos na cidade de filipos? Ele dizia: em meu testemunho, em minhas atitudes, na maneira de viver e aceitar a vida, Cristo será engrandecido.

João nos diz em seu livro: “Convém que Ele cresça e eu diminua”. Isso é testemunho. Não devo esconder minha identidade, mas sim ser achado como um deles, um dos que O segue. Negamos nossa cruz e a Cristo, todas as vezes que negamos Sua palavra. Seja dela o menor verso.

Há um livro, do estudo gestual das pessoas que se chama: “o corpo fala” eu digo, o corpo do cristão deve falar coisas boas. Seu corpo tem falado o que no grupo de amigos fora da igreja? Ser cristão, aos domingos é tão fácil. A cruz da vida cristã existe mais intensa a partir da segunda feira, pelo menos, quando não intencionalmente despercebido, podemos nota-la mais nítida, pois é quando nós devemos portar como um dos que anda com Ele!

Eu adquiri um ato maravilho: “Sou uma pessoa que não gosta de chamar a atenção e por isso minhas orações antes das refeições na fábrica onde trabalho, era de olho aberto, um simples obrigado em nome de Jesus amém. Mas percebi, meu testemunho não pode faltar agora e mesmo que todo o refeitório me olhe, quero que me reconheçam como o louco, que me julguem e dêem cruz pra carregar, mas me achem como um, dos que andam com Ele.”.

Você já foi olhado com outros olhos por fazer algo incomum, saiba até “crentes” farão isso, mas agradeça a Deus, pois te reconheceram com um dos que andam com Ele.

Há algum tempo atrás, melhor dizendo, há uns bons anos atrás, quando eu estava me preparando para o vestibular, em um curso preparatório, na volta pra casa eu me deparei com um homem, que me interrompeu gritando: "irmão, irmão, eis que vi um anjo do Senhor por detrás de você. Cristo é contigo. Você é cristão, não é?" eu o respondi todo empolgado, pois afinal haviam me reconhecido pelo meu andar com Cristo e todo feliz a ele eu disse: "Sim!! Eu sou!!" e ele me perguntava de qual igreja era e me dizia que Deus tinha grandes sonhos pra mim e no final da conversa me surpreendeu dizendo: "o irmão tem algum dinheirinho pra me doar?" Puxa, meu coração até murchou naquele instante, pois em meu bolso só havia um passe escolar (passagem para utilização de ônibus) e com uma cara de piedade, pois o queria ajudar, eu respondi: "infelizmente, não tenho." Olha meu amado, aquele querido irmão só faltou me bater. Ele fechou tanto a cara que acho que o anjo do qual ele disse de forma tão bonita já não estava mais ali. Com muita raiva aquele homem foi embora e eu disse a Deus: "ainda bem que você havia me dito que há profetas e profetas". Eu ri com Deus naquele momento.

Somos cartas lidas pelo mundo. O mundo não tem reconhecido Cristo em nós, pois não há testemunho, não há mensagem escrita em nossos atos. Não estamos vivendo Cristo. Carregue sua cruz. Não espere que suas palavras traguem atitudes a você, mas carregue sua Cruz ao ponto das pessoas verem em sua vida as maiores e mais belas palavras, mostre ao mundo Cristo em você. A criação aguarda, ansiosamente, ou seja, ela tem pressa, pela manifestação dos filhos de Deus e a sociedade nos reconhece, quando estamos carregando a nossa cruz. Você está com sua cruz hoje?

Cruz não é algo fácil, “humanamente suportável”, mas não fácil, ela é pesada, te custa. Custa a recusa de muitas coisas. A cruz é individual. Seus problemas são diferentes dos meus, por isso o pronome possessivo incluso no texto de Mateus: “sua” cruz!

Eu no período em que me afastei da igreja, há cerca de um ano atrás, pensei em largar minha cruz. É tão mais fácil apegar-se a vergonha que se tem de encarar o mundo. É tão mais simples dizer: eu odeio tal pessoa e viver como se ela não existisse. É tão mais simples não cantar, falar, viver a vida que Deus destinou pra que eu vivesse cumprir minha carreira. A minha cruz havia pesado demais.

Mas nos versos de minha bíblia não havia nenhuma recomendação para aliviar meu peso. Aliás ela nem fala “se ela pesar demais”, ela me diz: Se eu quiser segui-lo eu devo achegar-me a Deus, tomar minha cruz. Minha bíblia dá sim uma recomendação, vamos reler o verso 24: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.”. “Negue-se a si mesmo”

Não importa seu estado de ânimo. Não importa!
“Ah, mas minha vida caminha pro buraco...” Não tente resgata-la, pois quem quiser salvar a sua vida, à perde.

Um dia nós dizemos sim a essa pergunta e quisemos, por conta própria, segui-lo. Você ainda tem levado a sua cruz? Um pedaço dessa madeira que figuramos aqui, a nossa cruz, e que muitas pessoas têm dificuldades em carregar é missões. “Ah, mas irmão, nossa igreja sempre alcançou os alvos, eu sempre entreguei o folhetim com os missionários na porta igreja.” Creiam muitos nem sabem que aqueles folhetos, não são apenas boletos bancários, há pedidos importantíssimos de orações ali.

“Ah, eu já li”, irmão você já orou pelos pedidos descritos ali?

Você sabe o valor que tem uma alma?

Uma alma custou muito caro, custou sangue de Cristo. É necessário sentirmos por ela o devido. Às vezes nos esquecemos, que as pessoas que estão iludidas em suas “felicidades” no mundo vão para o inferno. Sofrerão a segunda morte, como nos diz Apocalipse, a morte eterna. (vamos ler ? Ap. 20.11-15)

“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
Vi também os mortos, os grandes e pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram os livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Essa é a segunda morte, o lago de fogo.
E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”.


Algumas vezes até desejamos que algumas pessoas vão mesmo para o inferno. Triste não? Mas é o que tem acontecido. É urgente! É pra hoje! Você sabe quando Cristo vai vir? Fiquem como atalaias. Anunciem as boas novas! Grite, exclame, nas praças que os mendigos habitam pela noite, nos morros da violência desenfreada, nas esquinas imundas, grite em você. Por quem você daria a sua vida?

Não queira dar-se a si mesmo, pois quem tentar salvar a sua vida?... E quem perder sua vida, por amor de mim, a encontrará.

Negar a si mesmo, tomar a sua cruz, não é simplesmente amar os próximos a nós. É amar a quem nos quer mal, pois desejamos salvar o que se perde, pois a palavra de Deus não é para os sãos, mas sim para os doentes.

Que ressoem em nossos ouvidos, as vozes do mundo, como daquela mulher de mulher que clamava. Que essas vozes nos acompanhe a ressoar: “não desista de nós” Se você não pregar as pedras clamam por socorro!

Eu compus uma música a um bom tempo atrás que me ensinou muito e diz:

“Se as feridas me doem não recearei,
Se a cruz for pesada a carregarei,
Nunca o Teu serviço eu não cumprirei.
Eu quero ser igual a Jesus”

Cantar isso pra mim é maravilhoso, melhor ainda é poder reconhecer que tenho vivido tal mensagem.

Há uma frase de Drumonnd de Andrade, em um poema denominado “recomeçar”, que diz: você é aquilo que você ouve. E somos mesmo. Precisamos de conselhos na maioria de nossas decisões, se achamos algo afável aos olhos, queremos igual. Então ouça então e exemple-se nisto:

“Aguardo ansiosamente e espero que em nada, (atente pra isso) nada serei envergonhado. Ao contrário, com toda a determinação de sempre, também agora Cristo será engrandecido em meu corpo, quer pela vida, quer pela morte”. Filipenses 1.20

Seja pela vida de Cristo, vivendo os dias de Cristo hoje. Preá que ele viva e seja glorificado em nossos corpos. Seja pela morte de meu eu, do meu ego, do meu peito estufado, da minha vergonha, do meu pecado. Cristo será engrandecido, seja pela vida, seja pela morte.

Pense, reflita. Ás vezes, falamos a palavra da Deus “ao léu” ao vento, à toa e nem percebemos a tamanha responsabilidade das verdades que estamos a nos comprometer.

Boa semana,
Deus Te abençoe!

Matheus Gerhard.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O livro da alegria IV


estudo 4

Eu quero o que é certo?

Se, na íntegra, todos vivessem aquilo que julgamos correto, viveríamos de maneira que nós mesmos julgamos a correta. Ás vezes eu me pego em pontos falhos, pois ainda que me esforce pelo viver a Cristo 24hrs por dia, sou falho e alguns pontos, que até já sei como agir falho. Para essas horas me recolhe a graça salvadora que me dá por presente o perdão de Deus.

Sempre quando encerro o culto das crianças, aos domingos, no período da noite em minha igreja, eu me preocupo em orar a Deus para que todo o conhecimento ali adquirido possam ser verdades nos atos do cotidiano das crianças e no meu também. Toda palavra lançada ao vento, ainda que encontre um receptor, só fará efeito se este ouvir a mensagem, entender, e aplicá-la. A melhor forma de conhecimento é a prática. Pergunte uma cozinheira se seu conhecimento limita-se apenas nos livros? Aos mecânicos, diga a eles se sua teoria, por si só, realizam seus serviços? Em qualquer setor, as pessoas lhe dirão que, todo o conhecimento, é melhor assimilado quando praticado, sendo assim, porque com Deus é diferente? Porque cumprir suas palavra é algo tão difícil para alguns?

No verso 16 do capítulo 3 da carta que baseia nosso estudo, vamos encontrar um bom conselho de Paulo: “... naquilo que já chegamos, andemos segundo a mesma regra e sintamos o mesmo” Algumas pessoas têm problemas quanto a isso. Nas palavras de uma grande pessoa na minha vida, adjetivaria tal ato, o de não praticar o que se julga correto, de: “exquisito”. É esquisito e triste, pois se nós temos o conhecimento da vontade de Deus em nós, se julgamos O amar, porque O desobedecemos?

Não é tarefa fácil uma vida com Deus. A abdicação das vontades carnais, dos nossos desejos, das ambições, e da não prática das vontades de Deus é o amor expresso na forma de atos. Em romanos (12.1) vamos encontrar a compreensão de que essa tarefa é complicada, pois Paulo a denomina de sacrifício, porém como eu sempre disse, tais atos trazem glória a Deus, pois este é o nosso culto, nossa forma de adorá-lo com o que julgamos correto. Há uma ponte entre o verso 16 do capítulo 3 de filipenses, com esse texto, o de Romanos 12.1. O que você aprende, não jogue fora, nem venda tal conhecimento advindo de Deus, ou o troque, por postura mundana, que visa apenas o agrado e aceitação dos que te rodeiam. Ame a Deus.

Pra quem leu a parte deste estudo que é anterior a esta, entende que esta posição e postura firme, refletem a maturidade Cristã. Existem pessoas hoje, dentro da minha e da sua igreja que, quando são exortadas a estes pontos ainda se acham com falhas em demasia, pois não vive a integridade da nova vida proporcionada e vivifica por Deus. Muitos querem o avivamento de suas vidas espirituais e alguns, infelizmente saem frustrados de tal busca, pois, simplesmente não tiveram uma vida raizada em Deus e não esfriaram espiritualmente, apenas não cresceram no conhecimento e aplicação contínua das vontades, santas, perfeitas e agradáveis de nosso Deus Pai.

Eu tenho a mania de dizer que nós somos aquilo que ouvimos. Tornando mais abrangente e explicativa essa minha expressão, advogo que eu e você construímos nosso caráter, na linguagem dos mais poetas posso dizer, forjamos nossa estatura, ou seja, quem nós somos a partir de exemplos que julgamos bons. Em uma generalização de análise, perceba os músicos, eles preferem o não materialismo e o maior valor não se encontra no que vestem, embora queiram parecer formais. Os roqueiros preferem o luto, os que admiram o Funk cultuam claramente o corpo. Se você reparar, no que você anda ouvindo, lendo e vendo, poderá perceber, em seus atos, sinais dessa expressão. Nós cristão, andemos como cristãos. Você pode perceber sinas de Cristo em você?

Se você parar para ler Paulo, um grande homem de Deus verá um exemplo vivo de dedicação a TUDO aquilo que conhecia de Deus. Na história, tanto bíblica como fundamentológica, após a conversão de Paulo não há julgo sobre um ato que cometera e que fosse capaz de incriminá-lo. Paulo diz-nos para que seguíssemos o seu exemplo. Eu não vejo esse exemplar como algo de totalidade. O maior exemplo a ser seguido é Cristo e não tão abrangente é Pulo, pois é homem de Deus em busca de santidade e assim devemos viver. A postura de Paulo, seus ensinamentos, firmeza, caráter e veracidade nos dão sim, base para ser um exemplo para nós, mas assumir uma postura de crentes é assumir a vida de Cristo. Sedes santos, pois (Deus) é santo.

No estudo teológico dos versos 17 e 18, vamos encontrar qual era a preocupação tamanha de Paulo quando escreve tal expressão: “sede também meus imitadores”. Paulo tinha grandeza em si, em seus atos, pois possuía convicções firmes e seu coração ficava muito preocupado quando o evangelho era distorcido e por isso pessoas das quais ele ensinavam corriam o risco de perderem-se espiritualmente, abandonando sua fé. Paulo diz que “cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós”. Tudo o que já aprendiam e aprendemos até hoje, devemos cultivar, basear segundo a vista vital cristã.

Quando Israel se dispersa

A motivação terrena do homem nunca foi Deus. A motivação terrena de Deus sempre foi o homem. O plano de Deus para o homem é incabível nos pensamentos objetivados dos homens. Loucura para os intelectos e revelação para os que sabiamente caem na realidade de, depois de tudo o que já aprenderam se sentirem incapazes mediante a tamanha glória de Deus.

É claramente notória a observação do declínio, de como num ciclo vicioso, humano e explicito nos tempo da história. A novela se repete. Mudam-se os personagens, as situações até variam-se, porém a trama é a mesma.

Israel, em questões geográficas e históricas, foi um povo que Deus chama de seu. O velho testamento, o vejo em sua obra completa - inicio, meio e fim -, observo o tratado de Deus, sua insistência e paciência com aquele povo. Deus revela-se como ele o é. Em um belo livro de Philip Yancey, encontro um bom resumo da importância do antigo testamento: “é impossível entender (conhecer, saber que Ele é) Deus sem ler o antigo testamento”. Expressões usuais na atualidade são legados permutados, desse maravilhoso exemplo de amostra da pessoa de Deus: “Senhor dos exércitos”; “Deus de Guerra” ; “Deus altíssimo”. São diversas as exclamativas adjetivadas ao nome de Deus. Todo o contexto vivido naquele tempo explica tais expressões. Questões culturais de grandes conflitos físicos mesmos, aflições e medo. Originam-se assim grandes expressões no velho testamento.

Assim como termina o bloco histórico, denominado velho testamento, no livro de Malaquias, vejo também o “the end” de uma história de amor e ensino de Deus. É o fechamento da história. Como se sentisse Deus ao meu lado, mostrando sua visão, aquilo que naquele tempo os israelitas não enxergavam. O desfecho histórico permuta como obra de intelecto aplicável para ciência existencial. Mas este é o momento do Príncipe da Paz, da libertação. Se cativos no deserto, Deus encarnado nos vem com o pagar do alto custo da liberdade.

Há uma semelhança entre os dois testamentos que gostaria de desenvolver aqui: Quando o povo se dispersa. A realidade, como já introduzida neste tópico, é que o homem nunca se contentou com sua vida neocristã, ou seja, nova em cristo. O fato da inclusão de uma nova forma de vida, que por mais que aplicada e vivida em alguns aspectos, não o elimina de seu desejo pelo palpável, sinais de uma natureza voltada ao pecado. A vida com Deus não se torna suficiente apenas no fato de conhecer a Deus, acreditar nEle e viver da maneira que O agrada, a vida do homem precisa de alicerces que, por muita das vezes, não é o próprio Deus. Escora-se em dinheiro, sexo, desejos compulsivos e outras formas de satisfação.

Olhe dois pontos do homem ingrato do velho testamento e hoje. Recito-lhes um fato decorrido nos tempos de Moisés: é de conhecimento generalizado toda obra, e grandiosa obra, realizado por Deus em revelação de seu amor e preocupação com Seu povo. Fato único e ocorrido apenas no Egito e uma vez apenas na história de todo o universo: Deus abre caminho onde não há. Ele age assim também em dias atuais. Um fato tristemente relatado pela bíblia é uma triste atitude tomada pelo povo liberto do Egito após seu escape: Ajuntam o que tem, não para o culto a Deus, mas para fundição e construção de um bezerro de ouro que ocupa o lugar de Deus e menospreza todo amor, revelado em atos, de Deus. Cristo rasga o véu, há igrejas hoje que o costuram e publicam ideologias profanas de que há um lugar purificado e santo em templos atuais. Deus quer ser o governante de nossas vidas, pois nEle há a real vida e muitas vezes escolhemos o aprazer da carne ante a Cristo.

Desde a criação aos dias atuais há um enorme desejo movido de amor no coração de Deus: Ele almeja, e trabalha pra isso, que todo homem conheça a liberdade. Liberdade de si, de todo engano, de todo malfeito auto-ocasionado. Quem ama cuida, por maior que seja a ingratidão.

Israel, eu e vocês nos dispersamos, quando o que nos conduz não é verdade, mas o supremacia de um desejo meu cumprido. Dispersamos-nos e nos perdemos pelo deserto, por longo período, quando o alvo se torna palpável, quando o bezerro do dinheiro, sexo, prostituição e atos compulsivos são emergidos, adorados e ocupam lugar de primeira instância em nossas vidas.

Paulo diz que muitos usam de mentiras cristãs para iludirem os de Cristo e relata o fim dos que conduzem a outros, na ausência de conhecimento de Deus, ou na proposital postura do erro: “o fim deles é a perdição”.

Matheus Gerhard
Bom final de Semana

converse comigo em: blogdotheus@yahoo.com.br

domingo, 30 de agosto de 2009

Hoje em glória, amanhã, em glória...

texto escrito para pastoral de ordem litúrgica da IBAMM


“E todos nós, com o rosto desvendado, refletindo, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co 3.18)

Igreja, vós sois a carta lida pelos homens. Bem disse Paulo aos Coríntios e nós. A sua, e a minha, maneira de viver é observada, lida e interpretada pelo mundo. Cartas somos nós, escritas pelo Espírito, não em tábuas de pedra, mas em nosso coração, e o Espírito, que está, nos que com Cristo estão, nos instrui a transformação de nossas mentes e atitudes.

Se antes, no período da lei Mosaica, o véu era usual para que o povo não olhasse para o fim daquilo que era transitório, ou seja, passageiro, temporário, em Cristo isto cai. “Onde está o Espírito, ali há liberdade”. Conhecer as coisas, estar com o rosto desvendado, saber o mal que elas nos causarão, sem temor, mas com confiança em Deus, é o que o espírito nos proporciona. ”Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm” (1Co 6.12a) Todas as coisas, na graça de Cristo, são de nosso conhecimento, por isso estamos com o rosto descoberto, porém nem tudo é pra mim.

O espelho reflete exatamente aquilo que vê. O que temos refletido? Qual a nossa imagem? Refletir a glória do Senhor é experimentar a sua presença, seu amor, sua justiça, graça e perdão. Reconhecer, recepcionar e tornar público todo conhecimento de amor e salvação que Cristo nos faz descobrir e quer que tornemos manifesto. Pra que isso aconteça, é necessário que nos transformemos de glória em glória à sua semelhança, “na sua própria imagem”.

Em nosso tempo essa transformação é diária, é de maneira crescente, progressiva e parcial, aos poucos. Quando Cristo voltar, e só assim, conseguiremos alcançar a transformação completa de nossas vidas, seremos como Ele é. O Espírito nos direciona ao alinhamento de nossas vidas. Viver em santidade é um processo contínuo de santificação, de mudança, não temporal, mas cumulativa, de reestrutura a medida de Cristo, “de glória em glória”.

O processo de vida cristã inclui amadurecimento espiritual que só é alcançado à medida que conhecemos mais de Deus e nos empenhamos na prática deste conhecimento. Na modificação e aceitação da transformação que Cristo quer causar em nós. A teoria por si só até instrui, porém não causa efeito sem a prática.

Hoje você pode e deve transformar-se em glória, amanhã, em glória e de glória em gloria ao agrado do coração de Deus. Não precisamos esperar para que a transformação aconteça, podemos nos transformar hoje, pra que Cristo aconteça em nós.

Um bom dia de “em glória” pra você!

Matheus Gerhard

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Não tão bem como você



texto originalmente escrito em 20/07/2009

Na vida, nós passamos por momentos turbulentos, a adversidade é comparada ao processo de forjamento, onde, ainda que por marteladas, o que era apenas um pedaço de aço toma forma e torna-se muito útil. Eu cheguei a uma conclusão, aprendemos muito mais chorando do que quando estamos alegremente despercebidos. Como diria um grande amigo: “temos mais facilidade de externarmos quando nem tudo está bem.”.

No fim da semana passada, tive uma discussão com minha irmã mais velha e ela gritou muito comigo. Ela é muito nervosa. Sua face com ódio ficou marcada na minha mente e por diversas vezes revolvia a mim. Eu não a retruquei, apenas usei com a verdade, porém tenho que confessar: ainda que não gritando, não usei de palavras brandas no tratamento de nossa discussão. Outro ponto claro tornou-se a meu entendimento: a verdade quando mal colocada, ainda que não distorcida, tem peso de julgo e pode magoar a alguém. No fim é como a história do cravo e a rosa: “um sai ferido e a outra despedaçada”.

O fato mais curioso em tudo isso é que Deus usa de todas as situações para ensinar-nos. Eu saí muito triste, pois ainda que uma parcela de culpa pesasse sobre mim, pois não acredito que em um banzé (contenda) apenas um tem culpa, aquilo tudo era de longe o fruto que esperava colher daquela situação. Ao sair de casa, os olhos se encheram de lágrimas, porém me lembro de tê-las segurado, em nenhum momento eu chorei, apenas orei, orei, orei muito! E tão logo a resposta de Deus me veio branda, como o que as minhas palavras não foram, firmes e encorajadoras.

Eu peguei o ônibus para ir ao curso, em minha face, a perfeita pintura de quem quer derramar milhões de “buás!”, porém ao entrar no ônibus tudo mudou. Como de costume, cumprimentei o trocador: “Olá boa noite, tudo bem?”. - O ser humano tem a mania de fazer perguntas das quais ele gostaria de ser perguntado. Se na sua família algo não vai bem, você perguntará a seu amigo em uma conversa: “como vai sua família?” Se é em nosso emprego, o assunto que queremos por em pauta será as nossas qualificações, pois acreditamos que somos muito bons ao ponto de não merecer perde-lo. - Aquela pergunta era a que eu queria que fizessem pra mim, pois não estava nada bem, mas dessa vez Deus tratou diferente e a resposta tão alegremente do trocador foi: “não tão bem como você”. Literalmente não era o que esperava ouvir, mas era o que precisava ouvir.

A bíblia diz-me que em tudo eu devo agradecer. (I Ts 5.18) Ela não isola somente “na bonança dê graças.” Não denomina “nisto” ou “naquilo”, mas exorta: “em TUDO dê graças”. Senti-me a menor das pessoas naquele ônibus. Alguém por fora poderia dizer: “nossa, ele, o trocador, acabou terminando de te empurrar para o buraco”, porém o que Cristo me ensinara era maior. São diversas às vezes em que nos tornamos dodói de mais. Não que as marcas, os pontos abertos de uma discussão, nem ela por completo, devem ser ignoradas, porém não foi pra reclamar que Cristo nos chamou.

A preciosa eternidade

Vou lhes ser sinceros, pretendo um dia cursar psicologia, não pra exercer a profissão, mas já me cogitou várias vezes a mente tal vontade. Quem sabe depois de aposentado, pois eu queria entender o porquê de tanto porque do homem. Alguns fatores realmente me intrigam, um dele é a tendência à eternidade. Parece que falei como um seguidor de Freud que não acredita na eternidade. Preciso me esclarecer: Amo a eternidade de Cristo e acredito nela, falei desta maneira referindo-me ao pra sempre que gostamos tanto de falar.

Quando amamos alguém, como exemplo, o início de um namoro, os primeiros anos, nós fazemos juras de amor...? Isso mesmo, amor eterno. Parece que posso ouvir: “eu acho que não vou deixar de te amar nunca”, ou “eu não vivo mais sem você”. Pare um pouco. Estou falando de mais? Inventando? Não. Embora eu avalie tais palavras como a “melosidade” do amor, eu não vivo sem essas palavras também. Até pra Deus tecemos juras assim: “Vou te amar pra sempre e sempre”. “Você é minha vida”. Estou te mostrando algumas dessas atitudes, por que é exatamente o que dizemos quando o sentimento muda. Se terminarmos o namoro, ouvimos: “eu não quero te ver nunca mais!”, também ouvimos: “eu não suporto você perto de mim!” “a partir de hoje eu morri pra você!”. O valor mais caro do homem é o pra sempre. Nessa dança dos sentimentos, advogo que o ódio e o amor não moram perto, mas ocupam o mesmo lugar, apenas mudam de direção.

O pensamento que mais ocupa a mente da humanidade, desde que nasce é: até quando viverei? Sites promovem o cálculo de sua morte, pesquisas tentam reinventar a vida na tentativa de conseguirem construir o eterno, porém o futuro, o dia de amanhã a Deus pertence.

Eu reconheço em mim algo que é comum em tantos outros: Não sou tão firme em meus egos. Graças a Deus! E tenho convicção de que tenho essa facilidade para voltar atrás, pois quem me convence, quem nos convence é o espírito de Deus. A eternidade, para as pessoas comuns é um ponto de escape na jura de perda, ou de ganho, mas para o cristão deve apenas ser de vivencia ininterrupta com Deus.

Sem valor

Quando tribulações nos encontram, elas nos fazem cair, como se prostrados. À mente, permanece o foco em Deus, mas o coração nos julga sem valor. Quando fracassamos, muitos pensamentos voam em nossas mentes. Como se sentados à beira de uma estrada bem movimentada e, acelerados, sentimentos e pensamentos transitam a nossa frente. O coração parece ferido, como se algo realmente sobre o peito pesasse.

Conta-se a história de um rapaz que passou por um determinado momento de sua vida onde tudo o que ele queria era ser entendido. Em sua mente, repúdio e palavras suspensas no ar: “se você fizer mais uma vez, eu não vou tolerar”, “vou dar um jeito agora nessa situação”, “se ao menos você tivesse alguma coisa, lhe daria o direito de reclamar, mas quem é você?”, “você não é nada, você não tem nada”. A cada dia mais a tendência deste jovem era se afastar das pessoas, se embora tanto esforço, nada era bom, porque procurar pessoas que o tratam assim? Sempre que possível, prontamente ele, o jovem a qual lhe falei, estava de prontidão as necessidades daqueles que o julgara, mas seu coração condenava que o valor estava nas coisas que ele poderia proporcionar e não naquilo que era.

Aliviando os fardos

É generalizado a vontade que habita o coração do homem em querer ser ou se tornar maior entre os outro, e/ou em relação aos outros. Sim, este sentimento habita no coração arrogante do homem. Pergunte a uma banda se eles, os integrantes, não gostariam de estar entre os mais tocados na rádio? A um ator se ele só faz teatro para manter sua vida e se ele não gosta das pessoas gritando seu nome por onde ele passa? Pergunte-me se nunca meu ego se encheu após ter cantado uma música na igreja e pessoas virem até mim me dizendo que eu cantei muito bem. É claro que todos os fatores enaltecem a cada uma dessas pessoas. Na sinceridade de querem sem bom, no sentido amor, você também pode ser cobrado se falhar, pois seu intuito com aquela obra não era nem um muito obrigado, muito menos um Deus te pague.

Às vezes, até por querer ser bom, você é cobrado a ser completamente bom. Vivi uma experiência, há poucos dias, onde algo imprevisível e triste me ocorreu.

Há uma mulher, que possui um pequeno comércio perto de minha casa, gosto-lhe de ser sempre prestativo e todas as vezes que ela precisou de mim, busquei cumprir e eliminar sua necessidade. Cerca de quatro dias atrás, ela pediu-me que realizasse um serviço de digitação de alguns cânticos de sua igreja, prontamente aceitei o serviço, pois não me custaria à dedicação de alguns instantes para o cumprimento de seu pedido, porém algo imprevisto ocorreu: A tinta de meu computador havia se acabado e eu não havia notado, sendo assim, quando fui imprimir a tarefa ficou inacabada. Eu não tive como recarregar o cartucho e pedi a ela desculpas, mas não poderia realizar mais aquele trabalho. Suas palavras foram de perdão, uma mulher que sempre apresentou um vislumbre espiritual, portou-se naquele momento como eu esperava. Decorrido alguns dias surpreendi-me quando ao passar por de frente a sua banca e cumprimenta-la, ela olhou dentro de meus olhos, fechou seu semblante e não me cumprimentou. Aquilo cortou meu coração.

Quis contar isso a você, pois quero lhe informar que não devemos nos iludir na idéia de quão mais prestativos, menos problemas enfrentaremos. Uma hora cansa ser e portar-se a favor de todos. Não podemos perder o foco de que viver a serviço de seu próximo é viver o amando, mas viver a vida de seu próximo, ou assumir algo que não é sua tarefa e que limita você, nem sempre te conduzirão a benevolências fraternas.

A intenção existente em todas as pessoas que passam por um banzé é a de realmente ferirem o emocional de seu adversário. Já está implícito em nós que a pior área a qual podemos machucar é o coração, são os sentimentos. Tornar a alguém sem valor é dizer a ele que tudo o que tem e o que é não possuem importância e acredite, ainda que todo o fato natural prove o contrário a estas palavras, acreditamos muito mais nas palavras de repudio do que nas de aprovação.

Todo o ser humano é falho e propicio de erros. Suas atitudes denunciam seu caráter, porém seus atos nem sempre demonstram que você é. Só conhecemos as pessoas, ou um pouco delas, na convivência, no vivenciar de situações não costumeiras. Preocupar-se com alguém, não é realizar algo em favor de alguém, pois este te ajudou, é ser sincero em demonstrar que você é limitado e viver de maneira a querer o bem de quem está próximo.
Em algumas situações, ou no convívio mutuo, na maioria, de pouco tempo de dedicação, algumas pessoas maquiam e até mesmo constroem uma ideologia baseada no que pensam de você e que, muita das vezes, não é a realidade. Nem sempre isso é bom. Uma hora pode cair a mascara e o tombo ser feio. Foi exatamente o que vivenciei, ainda que algo bobo, aquilo mexeu com meu coração. Não gosto de, mesmo sem ter culpa diretamente, desagradar às pessoas. Talvez seja esse o grande problema: por tentar ser sempre prestativo e querem fazer o bem, alguns não entenderão quando ocorrer alguma falha em mim. Esclareça-se o mundo: todo ser humano, ainda que se esforce, nunca será bom o bastante pra ser perfeito.

Orai sem cessar

A alternativa dos enclausurados e dos simplesmente humanos é: Orai sem cessar. Há um pastor em minha igreja que diz que há duas vitaminas que o crente não deve passar um dia se quer sem ingeri-las: B e O, são elas: Bíblia e Oração. Ouvimos a Deus e Ele quer ouvir-nos. Seus ouvidos, diz a bíblia, estão atentos. Ele espera por nossa voz. Ele aguarda e nunca está ocupado para te ouvir. De vez em quando, achamos, em ausência de conhecimento e enfermidade de coração, que Ele não nos ouve, mas a bíblia não diz que seu ouvidos estavam atentos, nem que eles ficarão; “Seus ouvidos ESTÃO atentos”.

O escape de todo necessitado, o alimento de todo anêmico por Deus, a fé direcional em palavras soltas ao ar, momento do externar, alternativa mais usual dos inconsolados, a primeira expressão no momento do medo, a pergunta dos inseguros. Orar a Deus sempre foi, como sempre será, a melhor alternativa. A oração é o lugar onde todos buscam respostas, sejam elas para aflições, insegurança, consolação, medo e é também de onde todos saem respondidos com a fé de quem Deus SEMPRE nos ouve.

Na vida nem tudo estará bom, mas é preciso agradecer a Deus. Não como os fariseus, de forma falsa. Aceitar o que Deus nos oferece não é dizer a Ele que você simplesmente se agrada, mas confessá-lo sua não satisfação e firmar sua crença de que tudo o que vive vem e é a vontade de Deus. No tempo certo tudo chega ao seu lugar. Na hora exata a paz chega.

“Evitamos a dor e procuramos paz; Deus usa a dor para trazer paz.” (Max Lucado)

Matheus Gerhard