domingo, 27 de setembro de 2009

Aposentando conceitos errados

mensagem pregada no culto aos idosos, na ibamm. Domingo, 27 de Setembro de 2009
Os idosos somam hoje cerca de 14,5 milhões de habitantes. Esse número corresponde a 8,6% da população. Um gráfico ascendente, ou seja, pra cima. Qual o produto disso? A população mundial está ficando mais velha. A organização mundial de saúde diz que por volta de 2025, haverá mais idosos que crianças no planeta. Qual a importância desses dados? Por que eu estou os repassando pra vocês? Pois hoje, com apenas 8,6% já temos grandes problemas para com os idosos, imagine em 2025?

Pra mim, não tem visita melhor pra fazer do que casa de avó. Uhmm.. tem cheiro de café. Há uma frase que diz: “ser mãe é padecer no paraíso” e na genealogia tem uma frase pra avó também que diz: “ser avó é ser mãe? (duas vez)”. Eu penso: Meu Pai! A avó nasceu pra padecer.

Brincadeiras a parte, eu quero tratar de um assunto muito importante, ou melhor, extremamente importante. Os problemas que alguns de nossos amáveis idosos têm que enfrentar quando chegam a “melhor” atente pra isso: Melhor idade.

Eu quero te convidar, jovem, adulto, os quase lá e os nossos amados idosos a aposentarmos algumas coisas. Alguns atos que ainda estão falhos em nós. Como diria um grande escritor chamado Max Lucado: “Aliviar algumas de nossas bagagens”. Porque o erro pesa e não precisamos carrega-lo

Devemos honrar os idosos

Vamos abrir nossas Bíblias em Levítico 19.32: “Diante das cãs te levantarás a face do velho, e terás temor do teu Deus, Eu sou o SENHOR”.

Cãs, irmãos, significa cabelos brancos. Diante deles, honra ao idoso. Na releitura, digamos assim, das diversas leis que é o capítulo 19 de Levítico, uma, tão boa e aplicável nos dias atuais, para benção é esta. Dê valor aos tão valiosos idosos. As mulheres e os homens idosos devem ser tratados com respeito.

A Bíblia diz mais. Vamos ao livro, escrito por Paulo, endereçado a Tito e a Timóteo concernentes aos cuidados pastorais da igreja. Livro de 1 Timóteo, capítulo 5, versos1, nos diz: “Não repreendas asperamente a um velho, mas admoesta-o como a um pai; aos moços, como a irmãos.”
Que tarefa difícil é admoestar a alguém mais velho que nós. Qual o jargão utilizado nos conselhos de nossos queridos pais e avós? Algo parecido como: “me ouve, eu já vivi isso”. Não que seus conselhos devem ser desprezados, muito pelo contrário, devem ser honrados, mas não é o fato de envelhecer que o isentam de erros. “Não há um justo. Nem um?...” sequer.

É necessário um cuidado maior, no tratar das palavras, na forma de colocá-las. Com diz Paulo, “Não repreendas... asperamente”. É uma tarefa um tanto quanto complicada. Eu já fui ameaçado de uma coça algumas vezes que tentei repreender, na forma de exortá-lo quanto ao erro, ao meu pai. Pasmem! Ele nunca deu o braço a torcer, nunca reconheceu e me disse: realmente, você está certo, mas sei, que minha insistência, o modificou em algumas atitudes e é nisso que vemos o fruto dessa colocação sendo produzido. Melhor que palavras, sãos os atos.
Eu congelei, confesso, quando me veio o convite de falar-vos nesta manhã. Pensei: “eu, alguém inexperiente de vida falar a históricos de vida, a bibliografias vivas”, mas a carta de Paulo me serviu muito bem em seu primeiro verso.

Vamos continuar? Verso 2 de Timóteo mesmo. 5.2: “às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza”. Convencer uma mãe já é mais fácil, não é irmãos? Más o amor deve ser da mesma forma. Não deve faltar compreensão, verdade, pureza, como nos diz o texto, nessa exortação. Falamos assim com nossas mães? Como então falemos aos idosos?

Há pessoas que não tem carinho, amor, nem paciência para tratar com um idoso.

Ontem, quando partilhávamos uma pizza em casa, podemos conversar um pouco, eu e minha família. A minha irmã mais nova falava: de vez em quando, aparecem umas velhinhas lá na loja, ás vezes a fila está imensa e elas com toda calma contam, moedinha por moedinha. As pessoas da fila já resmungam? Mal do mundo globalizado. As pessoas andam muito atarefadas, seus dias são cheios e é necessário rapidez. Culpa de mundo globalizado nada irmãos, culpa de pessoas, que também incluem cristãos, sem paciência. Cadê os frutos do Espírito para tratarmos de nossos idosos?

E quando a pobre senhora chega ao final da conta e fala: esqueci o quanto eu contei.
Ah... apareceu uma boa alma para ajudá-la, ajuda-la nada irmãos, essa “boa” alma quer é que a fila ande logo. Cadê a honra nisto? Nossos idosos estão sendo honrados?

No ônibus, está lotado. Estamos cansados, trabalhamos o dia todo e quando conseguimos aquele solitário banco da frente nos acomodamos como num trono de rei. De repente, no próximo ponto sobe os da carteirinha, os do passe livre, sorridentes, foram ao mercado comprar peixe, não fizeram nada durante o dia, quando chegam dentro do ônibus, não precisam falar nada, eles apenas te olham e sorriem. Eles não têm força pra agüentar as arrancadas que às vezes os ônibus dão. O indivíduo, cansado, cheio de bolsa fecha a cara e se levanta. Há honra nisto?

Há sim a exclusão, desaprovação, birra nessa atitude que infelizmente, costumeiramente tomamos. Desde o atendimento ao cliente, os famosos SAC, na fila de idosos, no banco, que por terem direito às vezes são descriminados como os desocupados do dia que atrapalham você.
Devemos apreciar os idosos pela sua experiência. A Bíblia diz em Provérbios 20:29, vamos ler: “A glória dos jovens é a sua força; e a beleza dos velhos são as cãs.” Qual o fator comum que leva aos cabelos brancos? As cãs, como denomina a bíblia? O tempo, e o tempo de vida, boa vida, é um dos melhores companheiros na arrecadação de sabedoria. Vou repetir isso, atente pra isso: o tempo de vida, boa vida, é um dos melhores companheiros na arrecadação de sabedoria. Os jovens podem aprender lições valiosas na vida dos idosos. Eu aprendo.
E provérbios, livro escrito por Salomão, diz mais. Vamos um pouquinho mais a frente, no capítulo 23, versos 22 à 25: “Ouve a teu pai, que te gerou, e não despreze a tua mãe, quando vier a envelhecer. Compra a verdade e não a vendas; compra a sabedoria, a instrução e o entendimento. Grandemente se regozijará o pai do justo, e quem gerar um sábio, nele se alegrará. Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozija-se a que te deu a luz”. Quer um “fid back” como dizem agora, uma resposta, um norte, pra saber se andas corretamente jovem, vê, se sobre ti e teus atos têm se alegrado, os que a Cristo, te aconselharam.

A rejeição

Muitos idos sofrem Rejeição e abandono de suas famílias. Não podemos deixar que isso ocorra. Mas é o que mais acontece. Nos esquecemos deles.
Vamos voltar ao texto de timóteo 5, agora o verso 8: “ora, se alguém não tem cuidado dos seu e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior que o descrente."
Sem fé é impossível agradar?... a Deus, como nos diz Hebreu 11.5.
A salvação vem das obras? Não! Diz Paulo aos Efésios 2.9, para que ninguém se glorie, mas saiba que a nossa recompensa é segundo nossas obras. Vamos confirmar o que digo? Mateus 16.27: “Porque o filho do homem há de vir na glória de Seu Pai, com os Seus anjos, e, então retribuirá a cada um conforme suas obras.” Ele nos recompensará segundo as nossas obras.

Se você não ama é porque não conhece?... a Deus, porque Deus?... é o amor. Podemos achar confirmação nisto em 1 João 4. 7-8. Esta vendo, temos todas as respostas, porque não praticamos. Porque não praticamos o amor em sua essência. Quem ama não abandona. Então eu pergunto: Conhecemos realmente a Deus? Temos conhecido o amor? Temos reconhecido Deus?
Você já ouviu uma frase típica de mãe, mais ou menos assim: “eu te carreguei nove meses na minha barriga”, ou de um pai: “eu te sustentei até hoje pra você fazer isso comigo”. Na maioria dos casos, eles falam assim, pois estão se sentindo rejeitados, abandonados de suas vontades. A rejeição é algo ruim.

Você já passou por uma situação onde sentiu-se não aceito? Já foi “rejeitado”, ou podado de fazer alguma coisa que nem tanto bem traria a você? Você já se sentiu rejeitado por alguém? Uma pesquisa publicada na versão eletrônica da revista Science revela que a rejeição e exclusão social e as dores físicas ativam uma mesma área do cérebro? É o chamado córtex cingulado anterior. (Jornal Folha de São Paulo On-line). Você não precisa usar as suas mãos para bater, ferir, alguém.
Solidão. Não fomos feitos pra ela. Deus faz com que o solitário habite em família. Não há um texto em que diz sobre o abandono de algum membro dela, nem do espalhar da mesma.

Saiba, a ofensa que você atribui a alguém, causará, pesará muito mais a você do que aquém você feriu. Principalmente a nós cristãos.

Há um pensamento que aprendi ouvindo o pastor Massao, um japonês que vive no Brasil e ele diz: O seu inimigo, a pessoa com quem você tem alguma contenda, causou ou causa algum mal, é a ultima pessoa a abandonar você. Ela está em seus pensamentos. Ela é a primeira pessoa a quem sua mente reporta quando você acorda e a ultima pessoa que te deixa quando você vai dormir. O Espírito de Deus é quem nos orienta do nosso erro, por isso Ele nos cobra.
Conselho aos anciãos

A bíblia dá conselho aos idosos, vamos ver esse conselho. Na confiança e louvor, mais uma vez de Davi. Salmos 71.16-18. “Sinto-me na força do Senhor Deus; e rememoro-me na tua justiça, a tua somente. Tu me tens ensinado, ó Deus, desde a minha mocidade; e até agora tenho anunciado as Tuas maravilhas. Não me desampares, pois, ó Deus, até a minha velhice e as cãs; até que eu tenha declarado à presente geração a Tua força e as vindouras o Teu poder”.

A grandeza de Deus expressa por Davi é de conhecimento, generalizado até os dias de hoje. É de Deus que vem a força, a vida, o fôlego pra que você viva, querido idoso. E viver de maneira que fale, nas atitudes vividas por Deus e pra Deus e em todo seu testemunho.

Sabe como viver e cuidar de algumas áreas de nossas vidas, idosos. Vamos ler o conselho de Deus em Tito 2:2-5: “Exorta os velhos a que sejam temperantes, sérios, sóbrios, sãos na fé, no amor, e na constância (também em outras versões, paciência); as mulheres idosas, semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem, para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos, a serem moderadas, castas, operosas donas de casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja blasfemada.” Toda a forma errada que assumir você, homem ou mulher, forma essa que seja contra a palavra de Deus, é uma blasfêmia. Atos, maneira incorreta que ultrajam, afrontam, insultam, ofendem quem Deus é.
E florescerá

Assim floresce o justo, nos caminhos de Deus, como nos disse Davi, ao seu Salmo 92. “os justos florescerão” “plantados na casa de Deus”.

Às vezes nós somos tratados como arvores, ramos como disse Jesus, vamos expandir um pouquinho mais agora, somos jardins. Os sentimentos nas pessoas são como plantas, boas e ruins. Tudo o que se cultiva, cresce. Se plantarmos uma semente boa, se a tratarmos ela crescerá. As plantas “venosas”, porém, nascem de uma forma bem mais fácil. Plante-a e a guarde, ela crescerá e dará seu fruto sem muito custo e com pouco cuidado.

Conosco também é assim. O amor é uma planta até fácil de plantar, mas é uma das que mais se necessita de cultivo. Em contrapartida, o ódio é uma planta que com apenas uma pequena semente germinada, floresce, com raízes fortes e espaçosas, grosseiras. Tenho que convir, até se enobrece, porém machuca e traz a morte.

Os espinhos em nossos corações, causados pelo ódio, pelo rejeitar, por ser rejeitado e abandonado, pelas atitudes erradas que tomamos, ou que tomam contra nós, por vezes é esquecido, mas experimente respirar fundo, ateste seu coração, vamos, o encha. Logo, logo você irá se deparar com seu espinho. Experimente apenas viver e você sentirá a dor que ele causa.

Cuidar do jardim enquanto as plantas são semeadas é a melhor maneira de se ter um belo lugar. Eu não sou jardineiro e entendo pouco de plantas, mas no jardim da vida tudo pode acontecer se seu jardineiro se descuidar. O que você tem plantado?

Vamos aposentar a rejeição, idosos, e o rejeitar, mais novos. Essa é proposta, o convite pra hoje. Vamos viver como justos para frutos produzir. Dia após dia aposentando as práticas do pecado, do erro que insistem de forma bruta e habitar em nossas vidas.

Somos corpo de Cristo, Seus braços. Quando pedirmos a Deus que visite a um idoso abandonado me um lar qualquer, nos lembremos que se somos corpo de Cristo, os braços dEle a abraças o mundo somos nós. As pernas dEle que vão aonde Ele mandar, somos nós. As mãos somos nós a tocar, a modificar.

Talvez seja difícil manter a casa (casa no sentido nós, templos do Espírito) limpa por muito tempo, mas você pode propor-se a limpa-la pelo dia todo. Você pode propor-se a justificar-se e a pedir conta de seus pecados e pesos que ele traz, a todo o momento.

Não somos capazes de justificativas, quem justifica é Deus e assim, em Deus os justos florescerão.

Plantemos amor, bom convívio, com nossos amados e preciosos idosos. Vamos ler o salmo 92, versos 12-15? “O justo florescerá como a palmeira, crescerá como cedro no Líbano. Plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão cheios de seiva e der verdor, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nEle não há injustiça”.

Os justos, os que estão na casa do Senhor, estes florescerão. Os idosos, ainda dão frutos, podemos colhe-los. Podemos alimentar muitos outros.
Aos idosos, um feliz dia do idosos!
Aos jovens e aos quase lá, uma excelente semana!
Deus nos abençoe!
Matheus Gerhard

domingo, 20 de setembro de 2009

Cheiro de Casa

Quando viajamos, passamos por um tempo longe de casa, digamos que um mês, quando retornamos e sentimos o cheiro da nossa casa, é uma sensação tão agradável. Os lugares que nós visitamos, ainda que magníficos, nunca conseguirão ter o aconchego e bem-estar que só nossa casa pode proporcionar. É nela onde somos nós mesmos, onde partilhamos de nossas intimidades e coisas pessoais com nossos familiares e pessoas próximas a nós.

Não te convidei pra uma aula de psicologia do lar, ou seja, nossa vivência em nossas residências, mas poderíamos dizer que é uma sensação tão boa quanto, quando voltamos à casa de Deus.

Em nossas viagens aventurosas, denominadas pecado, nos encantamos com o mundo, que não é nosso, que está acessível, mas não nos deve pertencer, nem ser habitado. Nenhum pecado será indesejável. E quando retornamos pra nossa “casa”, na comunhão de nossos “familiares” é que podemos reconhecer quem somos e o que somos, pra que existimos, qual a razão.

Casa é onde sempre queremos ir quando nos machucamos ou ficamos doentes. É onde queremos retirar os sapatos e sem necessidade de arrumar-se, compor-se, deitar no sofá, se jogar em meio às almofadas e descansar. É onde nosso pai nos orienta, onde nos alimentamos.

Eu tenho retornado em integridade e inteiro pra minha casa. A algumas postagens atrás, compartilhei de meus dias da saudade que tinha de casa e hoje é com orgulho, por gloriar-me em Deus, que retorno pra dizer: pude voltar de minhas viagens e sentir o cheiro tão agradável que tem a casa de meu Senhor, o amor, como no dos primeiros dias retorna e firma-se em mente e em regozijar de coração o texto de Oséias: “Vinde, e voltemos para o Senhor, pois nos despedaçou e nos sarará, fez a ferida e a ligará. (..) e viveremos diante dele” (6: 1 e 2).

Esteja certo, não é o fato de você estar na igreja que o mundo te esqueceu. Desobedeça ao diabo e ele fugirá de vós. O fato de você freqüentar a um templo, cultuar a Deus, não te isenta do mundo. Só não pertence ao mundo aquele quem nele não está. Aquele que não vive com a triste dor, rotineira, da aceitação de uma atitude redundante de pecado.

As doces dores

Quando nos sobrevêm as adversidades, o primeiro passo, ou o primeiro pensamento que temos é: “o que fiz pra merecer”. Será porque que passamos por momentos tão angustiosos? Eu te dou um tempo pra você pensar. Relembre de alguns momentos do passado, onde você sofreu e morreu, pois não conseguiu suportar? Olhe, se você está lendo essas palavras agora, é sinal de que eles, esses momentos, não existiram. Não há provação que não sejam humanamente suportáveis. (I Coríntios 10: 13).

Nós, incluído eu, temos a tendência ao “dodoiísmo”, não conhece essa palavra? Não procure no Aurélio, não quiseram traduzir seu significado, porém ela sempre existiu e traduz-se em: Excesso do desejo de atenção. Carência. Queremos sempre ser notados, nem sempre, ou melhor, na maioria das vezes, ficamos satisfeitos com o segundo lugar. Quem nunca sonhou em ser uma estrela de Hollywood? Fãs arrastando-se e gritando seu nome. Sua foto na primeira capa do The new York Times. Que tal uma grife com o seu nome? Só com tais palavras já somos capazes de enobrecermos, pois a nossa natureza quer o errado. 99% da população já sonhou em ganhar na mega-sena, fique tranqüilo, é só esperar segunda feira que voltamos a nossas estatura real. Precisamos estudar, trabalhar, cozinhar, n tarefas. É por achar que somos tão inacreditáveis que não acreditamos em o que realmente nós somos. E nos momentos de aflição uma pergunta incisiva de nossas mentes sempre será: “por que comigo?”.

Quis dar esse título a essa nossa linha de pensamento, pois pode ter certeza que não há sofrimento sem motivo, como não há prova sem resultado. Embora este tema seja tão grandemente abrangente, quero fixar nossos pensamentos nas dores de nossas causas. Quando Tiago escreve em seu capítulo cinco que por conseqüência de nossas atitudes incorretas, o falhar de nossas palavras, sofremos julgo, ele exprime um dos grandes motivos de nossos sofrimentos: NÓS MESMOS. Fique tranqüilo, não há nada de errado com sua espiritualidade o fato de você sofrer, mas sim o erro existe nos nossos atos falhos, os nossos pecados.

No gráfico da vida, que possui elevadíssimos picos de alegria e profundos momentos de tristeza, podemos notar que quando esse gráfico demora retomar a subida é o processo da vida onde nós paramos, nos analisamos e temos pena de nós mesmos. Costumo dizer que quando estamos nos nossos momentos mais complicados, é quando cabisbaixos, esquecemos que o mundo continua lá fora e condoemo-nos na varredura interior, olhando apenas pra dentro de si e tentando achar algo que seja mais forte que a nossa certeza de que sempre estou correto. Olhamos, refolhamos e só conseguimos melhorar quando os nossos olhos começam a levantar rumo ao horizonte. Nesse instante enorme peso é largado, pois começamos a viver novamente. Não digo que o ato de olhar interiormente é um ato errado, pois é necessário avaliarmos e melhorarmos, mas que ao olharmos pra dentro – como diria Stella Junia (grande pianista), olharmos pra dentro, para as nossas catedrais interiores – não nos achemos perfeitos, mas curáveis.

Quero que compreendam, assim como pude entender, que devemos viver os atos que trazem justiça. Ainda que pareçam castigos. Eles, por muitas vezes não serão tão fáceis e tão aceitos, mas serão necessários. O mundo secularizado, que caminha em afastamento das coisas de Deus, não esquece algumas de Suas verdade. Deus é justo e a justiça dele é para os filhos e para a criação. Um pai corrige a quem ama. Deus corrige, por que ama ainda mais.

Se nós formos estudar os capítulos cinco e seis de Oséias em nossas bíblias, encontraremos a exortação aos príncipes e sacerdotes quanto ao arrependimento. Deus fala claramente da contaminação de seu povo e os esclarece que é necessário o desprender, o libertar-se dos “espíritos” (caracterizados como atitudes fixas) das coisas erradas. Deus dá o Seu recado a Israel e a Efraim e diz que volta ao Seu lugar pra aguardar que seu povo o busque.

Se pararmos um pouco e cuidadosamente analisarmos nossas vidas, os momentos angustiosos em que vivemos, por muitas vezes são avisos de Deus. A maior expressão que defende minha fé na bíblia e firma o porquê a sigo é: “Nenhum outro livro me dá a conclusão e as conseqüências futuras tão judicialmente quanto à bíblia me oferece.” Pergunte-se quando se deparar com situações turbulentas: “será que o que estou fazendo tem sido aprovado por Deus, ou vivo dias em prostituição (vender-se, perdendo valores cristãos, ao pecado – abafar a voz do Espírito -)”.

Quando a ficha cai

Embora tão usual em sermões, musicas e liturgias, a história do filho pródigo reinicia na vida de todas as pessoas. Quando penso neste ponto da história do filho pródigo, de quando ele reconhece a tolice que fez, me lembro que também já fui tolo assim.

Há um fato que ocorreu comigo, cerca de uns sete anos atrás, onde eu recusei o cuidado de Deus e pedi minha parte na herança para que pudesse ser “livre”. Eu vivia dias de intensa euforia cristã. Euforia Cristã é quando nos achamos super cristão, porém estamos mais propícios ao pecado que nunca. Iludimos-nos achando que estamos com Deus, simplesmente pelo fato de pô-lo em nossas vidas. Não colocamos Deus em nossas vidas, não somos capazes disso, colocamos as nossas vidas em Deus. Eu já estive assim. Nesse período de infantilidade espiritual, onde tudo era fascinante, porem superficial, eu pedi a Deus liberdade. Lembro-me como se fosse hoje. Todos os caminhos de pecado que eu queria tomar frustravam-se e toda a tentativa, por tentar pecar, alimentar a carne, se limitava em apenas desejo e não conclusão. Eu me lembro de ter orado a Deus: “Você não disse que eu poderia escolher? Porque fica impedido que eu faça aquilo que é do meu desejo? Não me impeça mais”. Essa foi a oração mais amarga que já realizei, mas foi sincera, ainda que pecaminosa. Só depois desta lamentável cena pequei.

Acredito que Deus deixou viva essa cena em mim pra que eu não a repita mais, pois o concilio com Deus foi custoso após meu erro. Também aprendi através dessa busca a importância que Ele tem pra mim. Deus não é um casaco pra eu vesti-lo apenas quando eu sentir frio. Deus também é o frio que eu preciso sentir pra por o casaco da sua palavra em ação. Com paciência, amor e zelo ele cuida de nós. Pense, somo feitura Sua, à Sua imagem. Se nos condoemos em ver alguém sofrer uma correção, quebrar-se por cair em si e vê o erro que cometeu, Deus se compadece de nós. E corrige, pois sabe que aprenderemos e a dor é o melhor remédio para não dar-se a repetição de um ato falho.

Escolhas certas nem sempre incluem minha vontade

Deus sabe o que precisamos enfrentar pra podermos viver perto dEle e mede, observa, o seu amor nessa insistência em querer romper seus limites e vontades, pois nosso desejo é agradá-Lo.

Quando amamos alguém, pensamos mais em quem é amado do que se estamos recebendo amor. Sentimos a necessidade de este amor ser recíproco, porém, amamos sem cobrar. Como amamos a Deus? O amamos? Aonde se encontra a essência deste amor? Só O cobramos? Na maioria de nossas DR´s (discutir a relação) queremos saber aonde Ele estava quando precisamos dEle? Com paciência, amor, o mais puro de todo o amor, Ele ensina-nos, zela e vive a ensinar-nos a amá-lo pelo que Ele é.

Amar a Deus é desejar os desejos dele. O amor não se apresenta nos versos, ainda que tão belos, sua veracidade e firmeza, os nutrientes dele encontra-se no mover a seu favor.

Ele, Deus, em Cristo, sabia que era necessário o enfrentar de muitas coisas para que o amor, tão belo cantado fosse vívido nos nossos dias, e Ele mesmo nos disse, noutras palavras: meu amor, meu filho, a razão de minha morte. É necessário que você enfrente uma cruz diária, com vigor e fé, com amor por mim. É necessário que você sobreviva a essa cruz. Haverá momentos em que ela parecerá pesada demais, mas, sobreviva, pois ela é humanamente suportável. Com um bom ânimo, pois venci a maior de todas as cruzes, venci a causa necessária da morte, por amor. No fim de tudo o conduzirei a terra que emana leite e mel. Donde seus pensamentos hoje devem estar voltados, onde seremos sem cruz e sem morte.

Eu me propus hoje, e a cada dia mais, a viver a essência do que digo amar a Deus e o meu maior prazer é ama-lo com minha vida. Na recusa de muitas das minhas vontades, na baixa do meu ego, no reconhecimento de que perto da grandeza de Deus eu não sou nada, como nada possuo, porém ele em mim e minha vida nEle é o que preciso. Oferecei dia a pós dia, no tomar de minha cruz, meu corpo como sacrifício, uma tarefa custosa, mas fatível, o peso aliviado no amor, pois no sacrifício, santo e agradável encontro a Deus. Estou em casa.

Boa semana,
Deus vos abençoe!
Matheus Gerhard.

Converse comigo em: blogdotheus@yahoo.com.br

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Quem quiser: negue-se, tome sua cruz e siga-O



mensagem que preguei na Ibamm domingo dia 13/09/09


Você não é obrigado, obrigada, a ler o texto de filipenses 1:20, nem tão pouco vive-lo. Há uma escolha para que o mundo decida. Há uma opção, um livre arbítrio pra que você eu decidamos.

Vamos ver? Mateus 16.24-27

“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á.
Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
Porque o filho do homem há de vir na glória de Seu Pai, com os seus anjos, e, então retribuirá a cada um conforme suas obras”.

A bíblia nos diz: “quem quiser”, ela não te ordena, não te obriga, ela te oferece as palavras de Cristo dizendo: “quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. Se você aceitar, tome a tua cruz. Não a deixe pelo meio do caminho, desistindo, tão fácil das coisas que Deus lhe deu para que cuidasse, pra que carregasse.

O versículo nos diz algo diário. Se você lê-lo hoje, ele traz mensagem pra continuar, negue, tome e siga. Se lê-lo amanha, as palavras não mudarão. Você advoga: “mas eu já estou seguindo a Deus. Vou a igreja, tenho comunhão com irmão,” e Deus continua a me dizer: “negue-se, tome a cruz e siga-me”.

Você não é perfeito não se iluda. Nem será. Nos transformamos de glória em glória, dia após dia, por isso a todo o momento: “negue-se, tome a sua cruz e siga-me”. Será que realmente a nossa cruz tem sido carregada? Não há nada que tenho aliviado o peso da minha cruz, deixando de carregá-la? se há: “negue-se, tome sua cruz e o siga”.

Há uma frase esplendida que diz: “meu testemunho é minha vida, se necessário usarei palavras”. Algumas pessoas aceitam a Cristo, mas não decidem viver Cristo glorificado em suas vidas.

Sabe o que Paulo queria dizer quando escrevia a carta da alegria, assim denominado o livro aos cristãos na cidade de filipos? Ele dizia: em meu testemunho, em minhas atitudes, na maneira de viver e aceitar a vida, Cristo será engrandecido.

João nos diz em seu livro: “Convém que Ele cresça e eu diminua”. Isso é testemunho. Não devo esconder minha identidade, mas sim ser achado como um deles, um dos que O segue. Negamos nossa cruz e a Cristo, todas as vezes que negamos Sua palavra. Seja dela o menor verso.

Há um livro, do estudo gestual das pessoas que se chama: “o corpo fala” eu digo, o corpo do cristão deve falar coisas boas. Seu corpo tem falado o que no grupo de amigos fora da igreja? Ser cristão, aos domingos é tão fácil. A cruz da vida cristã existe mais intensa a partir da segunda feira, pelo menos, quando não intencionalmente despercebido, podemos nota-la mais nítida, pois é quando nós devemos portar como um dos que anda com Ele!

Eu adquiri um ato maravilho: “Sou uma pessoa que não gosta de chamar a atenção e por isso minhas orações antes das refeições na fábrica onde trabalho, era de olho aberto, um simples obrigado em nome de Jesus amém. Mas percebi, meu testemunho não pode faltar agora e mesmo que todo o refeitório me olhe, quero que me reconheçam como o louco, que me julguem e dêem cruz pra carregar, mas me achem como um, dos que andam com Ele.”.

Você já foi olhado com outros olhos por fazer algo incomum, saiba até “crentes” farão isso, mas agradeça a Deus, pois te reconheceram com um dos que andam com Ele.

Há algum tempo atrás, melhor dizendo, há uns bons anos atrás, quando eu estava me preparando para o vestibular, em um curso preparatório, na volta pra casa eu me deparei com um homem, que me interrompeu gritando: "irmão, irmão, eis que vi um anjo do Senhor por detrás de você. Cristo é contigo. Você é cristão, não é?" eu o respondi todo empolgado, pois afinal haviam me reconhecido pelo meu andar com Cristo e todo feliz a ele eu disse: "Sim!! Eu sou!!" e ele me perguntava de qual igreja era e me dizia que Deus tinha grandes sonhos pra mim e no final da conversa me surpreendeu dizendo: "o irmão tem algum dinheirinho pra me doar?" Puxa, meu coração até murchou naquele instante, pois em meu bolso só havia um passe escolar (passagem para utilização de ônibus) e com uma cara de piedade, pois o queria ajudar, eu respondi: "infelizmente, não tenho." Olha meu amado, aquele querido irmão só faltou me bater. Ele fechou tanto a cara que acho que o anjo do qual ele disse de forma tão bonita já não estava mais ali. Com muita raiva aquele homem foi embora e eu disse a Deus: "ainda bem que você havia me dito que há profetas e profetas". Eu ri com Deus naquele momento.

Somos cartas lidas pelo mundo. O mundo não tem reconhecido Cristo em nós, pois não há testemunho, não há mensagem escrita em nossos atos. Não estamos vivendo Cristo. Carregue sua cruz. Não espere que suas palavras traguem atitudes a você, mas carregue sua Cruz ao ponto das pessoas verem em sua vida as maiores e mais belas palavras, mostre ao mundo Cristo em você. A criação aguarda, ansiosamente, ou seja, ela tem pressa, pela manifestação dos filhos de Deus e a sociedade nos reconhece, quando estamos carregando a nossa cruz. Você está com sua cruz hoje?

Cruz não é algo fácil, “humanamente suportável”, mas não fácil, ela é pesada, te custa. Custa a recusa de muitas coisas. A cruz é individual. Seus problemas são diferentes dos meus, por isso o pronome possessivo incluso no texto de Mateus: “sua” cruz!

Eu no período em que me afastei da igreja, há cerca de um ano atrás, pensei em largar minha cruz. É tão mais fácil apegar-se a vergonha que se tem de encarar o mundo. É tão mais simples dizer: eu odeio tal pessoa e viver como se ela não existisse. É tão mais simples não cantar, falar, viver a vida que Deus destinou pra que eu vivesse cumprir minha carreira. A minha cruz havia pesado demais.

Mas nos versos de minha bíblia não havia nenhuma recomendação para aliviar meu peso. Aliás ela nem fala “se ela pesar demais”, ela me diz: Se eu quiser segui-lo eu devo achegar-me a Deus, tomar minha cruz. Minha bíblia dá sim uma recomendação, vamos reler o verso 24: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.”. “Negue-se a si mesmo”

Não importa seu estado de ânimo. Não importa!
“Ah, mas minha vida caminha pro buraco...” Não tente resgata-la, pois quem quiser salvar a sua vida, à perde.

Um dia nós dizemos sim a essa pergunta e quisemos, por conta própria, segui-lo. Você ainda tem levado a sua cruz? Um pedaço dessa madeira que figuramos aqui, a nossa cruz, e que muitas pessoas têm dificuldades em carregar é missões. “Ah, mas irmão, nossa igreja sempre alcançou os alvos, eu sempre entreguei o folhetim com os missionários na porta igreja.” Creiam muitos nem sabem que aqueles folhetos, não são apenas boletos bancários, há pedidos importantíssimos de orações ali.

“Ah, eu já li”, irmão você já orou pelos pedidos descritos ali?

Você sabe o valor que tem uma alma?

Uma alma custou muito caro, custou sangue de Cristo. É necessário sentirmos por ela o devido. Às vezes nos esquecemos, que as pessoas que estão iludidas em suas “felicidades” no mundo vão para o inferno. Sofrerão a segunda morte, como nos diz Apocalipse, a morte eterna. (vamos ler ? Ap. 20.11-15)

“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
Vi também os mortos, os grandes e pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram os livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Essa é a segunda morte, o lago de fogo.
E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”.


Algumas vezes até desejamos que algumas pessoas vão mesmo para o inferno. Triste não? Mas é o que tem acontecido. É urgente! É pra hoje! Você sabe quando Cristo vai vir? Fiquem como atalaias. Anunciem as boas novas! Grite, exclame, nas praças que os mendigos habitam pela noite, nos morros da violência desenfreada, nas esquinas imundas, grite em você. Por quem você daria a sua vida?

Não queira dar-se a si mesmo, pois quem tentar salvar a sua vida?... E quem perder sua vida, por amor de mim, a encontrará.

Negar a si mesmo, tomar a sua cruz, não é simplesmente amar os próximos a nós. É amar a quem nos quer mal, pois desejamos salvar o que se perde, pois a palavra de Deus não é para os sãos, mas sim para os doentes.

Que ressoem em nossos ouvidos, as vozes do mundo, como daquela mulher de mulher que clamava. Que essas vozes nos acompanhe a ressoar: “não desista de nós” Se você não pregar as pedras clamam por socorro!

Eu compus uma música a um bom tempo atrás que me ensinou muito e diz:

“Se as feridas me doem não recearei,
Se a cruz for pesada a carregarei,
Nunca o Teu serviço eu não cumprirei.
Eu quero ser igual a Jesus”

Cantar isso pra mim é maravilhoso, melhor ainda é poder reconhecer que tenho vivido tal mensagem.

Há uma frase de Drumonnd de Andrade, em um poema denominado “recomeçar”, que diz: você é aquilo que você ouve. E somos mesmo. Precisamos de conselhos na maioria de nossas decisões, se achamos algo afável aos olhos, queremos igual. Então ouça então e exemple-se nisto:

“Aguardo ansiosamente e espero que em nada, (atente pra isso) nada serei envergonhado. Ao contrário, com toda a determinação de sempre, também agora Cristo será engrandecido em meu corpo, quer pela vida, quer pela morte”. Filipenses 1.20

Seja pela vida de Cristo, vivendo os dias de Cristo hoje. Preá que ele viva e seja glorificado em nossos corpos. Seja pela morte de meu eu, do meu ego, do meu peito estufado, da minha vergonha, do meu pecado. Cristo será engrandecido, seja pela vida, seja pela morte.

Pense, reflita. Ás vezes, falamos a palavra da Deus “ao léu” ao vento, à toa e nem percebemos a tamanha responsabilidade das verdades que estamos a nos comprometer.

Boa semana,
Deus Te abençoe!

Matheus Gerhard.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O livro da alegria IV


estudo 4

Eu quero o que é certo?

Se, na íntegra, todos vivessem aquilo que julgamos correto, viveríamos de maneira que nós mesmos julgamos a correta. Ás vezes eu me pego em pontos falhos, pois ainda que me esforce pelo viver a Cristo 24hrs por dia, sou falho e alguns pontos, que até já sei como agir falho. Para essas horas me recolhe a graça salvadora que me dá por presente o perdão de Deus.

Sempre quando encerro o culto das crianças, aos domingos, no período da noite em minha igreja, eu me preocupo em orar a Deus para que todo o conhecimento ali adquirido possam ser verdades nos atos do cotidiano das crianças e no meu também. Toda palavra lançada ao vento, ainda que encontre um receptor, só fará efeito se este ouvir a mensagem, entender, e aplicá-la. A melhor forma de conhecimento é a prática. Pergunte uma cozinheira se seu conhecimento limita-se apenas nos livros? Aos mecânicos, diga a eles se sua teoria, por si só, realizam seus serviços? Em qualquer setor, as pessoas lhe dirão que, todo o conhecimento, é melhor assimilado quando praticado, sendo assim, porque com Deus é diferente? Porque cumprir suas palavra é algo tão difícil para alguns?

No verso 16 do capítulo 3 da carta que baseia nosso estudo, vamos encontrar um bom conselho de Paulo: “... naquilo que já chegamos, andemos segundo a mesma regra e sintamos o mesmo” Algumas pessoas têm problemas quanto a isso. Nas palavras de uma grande pessoa na minha vida, adjetivaria tal ato, o de não praticar o que se julga correto, de: “exquisito”. É esquisito e triste, pois se nós temos o conhecimento da vontade de Deus em nós, se julgamos O amar, porque O desobedecemos?

Não é tarefa fácil uma vida com Deus. A abdicação das vontades carnais, dos nossos desejos, das ambições, e da não prática das vontades de Deus é o amor expresso na forma de atos. Em romanos (12.1) vamos encontrar a compreensão de que essa tarefa é complicada, pois Paulo a denomina de sacrifício, porém como eu sempre disse, tais atos trazem glória a Deus, pois este é o nosso culto, nossa forma de adorá-lo com o que julgamos correto. Há uma ponte entre o verso 16 do capítulo 3 de filipenses, com esse texto, o de Romanos 12.1. O que você aprende, não jogue fora, nem venda tal conhecimento advindo de Deus, ou o troque, por postura mundana, que visa apenas o agrado e aceitação dos que te rodeiam. Ame a Deus.

Pra quem leu a parte deste estudo que é anterior a esta, entende que esta posição e postura firme, refletem a maturidade Cristã. Existem pessoas hoje, dentro da minha e da sua igreja que, quando são exortadas a estes pontos ainda se acham com falhas em demasia, pois não vive a integridade da nova vida proporcionada e vivifica por Deus. Muitos querem o avivamento de suas vidas espirituais e alguns, infelizmente saem frustrados de tal busca, pois, simplesmente não tiveram uma vida raizada em Deus e não esfriaram espiritualmente, apenas não cresceram no conhecimento e aplicação contínua das vontades, santas, perfeitas e agradáveis de nosso Deus Pai.

Eu tenho a mania de dizer que nós somos aquilo que ouvimos. Tornando mais abrangente e explicativa essa minha expressão, advogo que eu e você construímos nosso caráter, na linguagem dos mais poetas posso dizer, forjamos nossa estatura, ou seja, quem nós somos a partir de exemplos que julgamos bons. Em uma generalização de análise, perceba os músicos, eles preferem o não materialismo e o maior valor não se encontra no que vestem, embora queiram parecer formais. Os roqueiros preferem o luto, os que admiram o Funk cultuam claramente o corpo. Se você reparar, no que você anda ouvindo, lendo e vendo, poderá perceber, em seus atos, sinais dessa expressão. Nós cristão, andemos como cristãos. Você pode perceber sinas de Cristo em você?

Se você parar para ler Paulo, um grande homem de Deus verá um exemplo vivo de dedicação a TUDO aquilo que conhecia de Deus. Na história, tanto bíblica como fundamentológica, após a conversão de Paulo não há julgo sobre um ato que cometera e que fosse capaz de incriminá-lo. Paulo diz-nos para que seguíssemos o seu exemplo. Eu não vejo esse exemplar como algo de totalidade. O maior exemplo a ser seguido é Cristo e não tão abrangente é Pulo, pois é homem de Deus em busca de santidade e assim devemos viver. A postura de Paulo, seus ensinamentos, firmeza, caráter e veracidade nos dão sim, base para ser um exemplo para nós, mas assumir uma postura de crentes é assumir a vida de Cristo. Sedes santos, pois (Deus) é santo.

No estudo teológico dos versos 17 e 18, vamos encontrar qual era a preocupação tamanha de Paulo quando escreve tal expressão: “sede também meus imitadores”. Paulo tinha grandeza em si, em seus atos, pois possuía convicções firmes e seu coração ficava muito preocupado quando o evangelho era distorcido e por isso pessoas das quais ele ensinavam corriam o risco de perderem-se espiritualmente, abandonando sua fé. Paulo diz que “cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós”. Tudo o que já aprendiam e aprendemos até hoje, devemos cultivar, basear segundo a vista vital cristã.

Quando Israel se dispersa

A motivação terrena do homem nunca foi Deus. A motivação terrena de Deus sempre foi o homem. O plano de Deus para o homem é incabível nos pensamentos objetivados dos homens. Loucura para os intelectos e revelação para os que sabiamente caem na realidade de, depois de tudo o que já aprenderam se sentirem incapazes mediante a tamanha glória de Deus.

É claramente notória a observação do declínio, de como num ciclo vicioso, humano e explicito nos tempo da história. A novela se repete. Mudam-se os personagens, as situações até variam-se, porém a trama é a mesma.

Israel, em questões geográficas e históricas, foi um povo que Deus chama de seu. O velho testamento, o vejo em sua obra completa - inicio, meio e fim -, observo o tratado de Deus, sua insistência e paciência com aquele povo. Deus revela-se como ele o é. Em um belo livro de Philip Yancey, encontro um bom resumo da importância do antigo testamento: “é impossível entender (conhecer, saber que Ele é) Deus sem ler o antigo testamento”. Expressões usuais na atualidade são legados permutados, desse maravilhoso exemplo de amostra da pessoa de Deus: “Senhor dos exércitos”; “Deus de Guerra” ; “Deus altíssimo”. São diversas as exclamativas adjetivadas ao nome de Deus. Todo o contexto vivido naquele tempo explica tais expressões. Questões culturais de grandes conflitos físicos mesmos, aflições e medo. Originam-se assim grandes expressões no velho testamento.

Assim como termina o bloco histórico, denominado velho testamento, no livro de Malaquias, vejo também o “the end” de uma história de amor e ensino de Deus. É o fechamento da história. Como se sentisse Deus ao meu lado, mostrando sua visão, aquilo que naquele tempo os israelitas não enxergavam. O desfecho histórico permuta como obra de intelecto aplicável para ciência existencial. Mas este é o momento do Príncipe da Paz, da libertação. Se cativos no deserto, Deus encarnado nos vem com o pagar do alto custo da liberdade.

Há uma semelhança entre os dois testamentos que gostaria de desenvolver aqui: Quando o povo se dispersa. A realidade, como já introduzida neste tópico, é que o homem nunca se contentou com sua vida neocristã, ou seja, nova em cristo. O fato da inclusão de uma nova forma de vida, que por mais que aplicada e vivida em alguns aspectos, não o elimina de seu desejo pelo palpável, sinais de uma natureza voltada ao pecado. A vida com Deus não se torna suficiente apenas no fato de conhecer a Deus, acreditar nEle e viver da maneira que O agrada, a vida do homem precisa de alicerces que, por muita das vezes, não é o próprio Deus. Escora-se em dinheiro, sexo, desejos compulsivos e outras formas de satisfação.

Olhe dois pontos do homem ingrato do velho testamento e hoje. Recito-lhes um fato decorrido nos tempos de Moisés: é de conhecimento generalizado toda obra, e grandiosa obra, realizado por Deus em revelação de seu amor e preocupação com Seu povo. Fato único e ocorrido apenas no Egito e uma vez apenas na história de todo o universo: Deus abre caminho onde não há. Ele age assim também em dias atuais. Um fato tristemente relatado pela bíblia é uma triste atitude tomada pelo povo liberto do Egito após seu escape: Ajuntam o que tem, não para o culto a Deus, mas para fundição e construção de um bezerro de ouro que ocupa o lugar de Deus e menospreza todo amor, revelado em atos, de Deus. Cristo rasga o véu, há igrejas hoje que o costuram e publicam ideologias profanas de que há um lugar purificado e santo em templos atuais. Deus quer ser o governante de nossas vidas, pois nEle há a real vida e muitas vezes escolhemos o aprazer da carne ante a Cristo.

Desde a criação aos dias atuais há um enorme desejo movido de amor no coração de Deus: Ele almeja, e trabalha pra isso, que todo homem conheça a liberdade. Liberdade de si, de todo engano, de todo malfeito auto-ocasionado. Quem ama cuida, por maior que seja a ingratidão.

Israel, eu e vocês nos dispersamos, quando o que nos conduz não é verdade, mas o supremacia de um desejo meu cumprido. Dispersamos-nos e nos perdemos pelo deserto, por longo período, quando o alvo se torna palpável, quando o bezerro do dinheiro, sexo, prostituição e atos compulsivos são emergidos, adorados e ocupam lugar de primeira instância em nossas vidas.

Paulo diz que muitos usam de mentiras cristãs para iludirem os de Cristo e relata o fim dos que conduzem a outros, na ausência de conhecimento de Deus, ou na proposital postura do erro: “o fim deles é a perdição”.

Matheus Gerhard
Bom final de Semana

converse comigo em: blogdotheus@yahoo.com.br