sexta-feira, 24 de julho de 2009

O livro da alegria


Comecei a estudar, mais a fundo o livro de Filipenses, a carta de Paulo aos seus queridos cristãos da cidade de Filipos, e resolvi desenvolver um estudo para que eu possa externa e estender o conhecimento que Deus me deu, através de tais palavras, a vocês também.

Para quem não sabe esta carta é denominada a carta da alegria, por isso o titulo do estudo. A cidade de Filipos, que foi batizada com esse nome por causa de uma homenagem a Felipe II pai de Alexandre Magno, traz seus moradores para nome do livro assinado por Pulo: Filipenses. Paulo com sua equipe, formada por: Lucas, Silas e Timóteo, fundaram a igreja na cidade. Um forte vinculo de amizade criou-se entre Paulo e esta igreja, pois sempre que precisou, a igreja contribui generosamente às necessidades de Paulo.

Quando estava preso, em Roma, Paulo escreve esta carta. Nela Paulo agradece pelo auxilio recebido dos cristãos em Filipos. Três propósitos são bem claros no livro: Paulo crê no vencer de sua missão, também ressalta que eles, os filipenses, perseverassem em conhecer a Deus, com humildade, paz e comunhão.

O foco principal da carta, o centro de toda atenção, ao quais os cristãos deveriam se voltar é: Jesus. Ele como o direcionador da vida atual e condutor a plenitude da vida eterna. Além do amor, ao que Paulo tinha, do focalizar, ou seja, fazer com que os crentes se voltassem a vida com Deus, Paulo também traz o tratamento para três problemas que estavam naquela igreja, são eles: A desavença entre dois membros da igreja, duas mulheres que trabalharam com Paulo (4.02), O desânimo ao qual sobre os cristão estavam, pois ouviam notícias da prisão de Paulo. (1.12-26) e a perfídia, ou seja, falsidade de vida, traição e deslealdade que havia entre igrejas, provenientes de crentes que tinha sua mente voltada aos artifícios terrenos.

Em todos estes quesitos levantados por Paulo nesta epístola, encontramos os ensinos riquíssimos de Paulo quanto à alegria, por isso o nome de epístola, carta, da alegria. Uma alegria dada em meio às conjunturas da vida. Também ressalva a humildade que deve ser tamanha no serviço cristão. Ele diz: “considere os outros superiores a você”, ou seja, ele no revela que, no serviço cristão, não importa o que acontece ao derredor, a maior importância esta em preocupar-se com os outros, se a mensagem a qual cristo quer que, através de você, seja pregada atingiu o alvo, no caso, o outro. Um outro ponto também bem esclarecido pelo apostolo é que valor sem medida está na vida com Deus, no prosseguir em buscar a Deus, o encontra-lo e viver com dignidade a vida que Ele nos propõe.

Poderemos notar, estudando esta epístola características como: O carinho que Paulo tinha para com a igreja e a recíproca vindo dos filipenses, nela também se encontra uma das declarações mais profundas da bíblia, no estudo de Cristo, pois além de totalmente cristocentrica, Paulo, revela sua relação tão intensa com Deus.

Estrutura e conteúdo de alegria

A estrutura comumente utilizada por Paulo caracteriza o início da carta: Saudação, com o direcionar da carta, como nos dias atuais costumamos escrever, Paulo o fazia. Enquanto escrevemos: “venho por meio desta”, ou, “comunicamos que”, a introdução Paulina esta descrita nos primeiros versos.
Paulo agradece aos cristãos, logo no início de suas palavras, ele ressalta as coisas boas que os cristãos tinham. Uma boa tática, muito usual por pessoas hoje é bem parecida com a tratativa de Paulo. Ele reconhece o lado bom das pessoas, com numa preparação do terreno, pois havia qualidades naquela igreja e, de certa forma, os exaltando em suas qualidades, ficaria mais fácil tratar os problemas contidos ali. O apóstolo ressalta a identidade não só sua, mas como também de seus leitores, seus destinatários que moravam em filipos e se estende a nós, a identidade de cristão.

Ele lembra a igreja que Cristo não se esqueceria do empenho que eles tiveram em ajudar Paulo e conta que rogava graça de Deus para eles. Pulo se alegra em orar e lembra-se dos queridos irmão. Pulo também fala do aperfeiçoamento da boa obra que cristo começou. Eu vejo essa boa obra como revelação da vida cristã que deve ser “aperfeiçoada” continuamente, pois somos falhos e nunca estaremos totalmente prontos, pois não somos santos, mas devemos viver em santidade, um processo para uma estrutura santa, buscando sermos santos com Ele o é.

Havia um grande carinho em seu coração por aqueles queridos irmão, pois mesmo em adversidade os fiéis não o abandonavam. Tanto na graça, na bonança, quanto no sofrimento, nas prisões, Paulo via que o carinho deles era permanecido. Nós podemos notar, na maioria das vezes, perante aos momentos de turbulência quem realmente nos ama, pois não abandona e não nos exclui.

Passei por um momento em minha vida onde o repúdio e a desaprovação eram algo que se recaísse sobre mim, de forma “trovejosa”, seria apenas por conseqüência, mas amados irmãos em Cristo me foram com o mesmo amor que sempre mantiveram e pude comprovar que o amor é a atuação em todos os momentos. Os de bonança e paz e nos de repúdio e trevas.

Humildade, amor e postura

Paulo sabe do amor e carinho que o povo tinha para com Deus e pede que eles, pelo amor que tinham, aumentassem o conhecer das vontades de Deus. Mais que intelecto, a vontade de Pulo era que conhecessem a vontade de Deus, pois por falta de conhecimento não retinham a excelência que há Cristo.
Muitos cristãos hoje querem um viver com Deus, mas ficam nas margens do mar. O que quero dizer com isso, eu quero exortar-nos, como Paulo o fez: Se nós realmente amamos a Deus, se veemente queremos o querer de Deus, a vida Cristã, precisamos buscar conhecer Seu querer. Muitas coisas nos passam despercebidas, ou não conseguimos enxergar e por conseqüência experimentar, pois não aumentamos nosso conhecimento em Deus, nós não buscamos e por conseqüência de Sua excelência, das excelentes coisas que Ele tem a nos oferecer, não experimentamos.

É magnífico poder revelar o amor nas atitudes. Se você morreria por alguém que ama, você tem a oportunidade de o fazê-lo em sentido literal, para Deus. Colhendo frutos de justiça, a injustiça do pecado é aniquilada. Se o pecado nos torna indignos, a graça nos dá justiça e seus frutos, que trazem glória unicamente a Deus, poderão ser colhidos por nós. Que o amor que retratamos tanto sentir por Deus nos conduza a caminhos, não de ausência de erros, mas de justificação por graça.

Na vida cristã, se em um treco dela, se olhássemos pelo lado bom das coisas, poderíamos viver melhor. Na adversidade também nascem obras boas. Mesmo aprisionado, o autor da carta tenta estimular a auto-estima do seu povo ressaltando-lhes o lado bom da tragédia. No contexto de que “convém que Ele cresça e eu diminua”, As preciosas verdades paulinas que defendia, tornam-se atos, ou quando não partiam de atos já tomados e comprovações de vitória nelas.

No cotidiano de nossa vida cristã deve-se permanecer de forma incisiva, a defesa do evangelho. Nos tempos de Paulo, muitos se levantam a falar do evangelho, mas com intenções errôneas, falavam de Cristo, porém por finalidades que iam contra a real intenção, que era a difusão da idéia que Cristo veio e estabeleceu seu reino na terra. Ainda que contemplemos tantas coisas que julgamos erradas em nosso meio, por mais que a verdade pareça ser aprisionada, não podemos nos dar ao desânimo por seguir e falar de Cristo.

Uma coisa que noto no evangelista, o discípulo e tantas outras palavras que qualificariam Paulo, é: enquanto ele ia aos campos, se preocupava com as atitudes dos que ficavam e os exortava a viver e falar do amor de Deus. Era pouco ainda o número de Cristão, mas a forma como o trabalhar de Paulo fez resplandecer a igreja de Cristo, deve ser imitada por nós.
Às vezes nós pensamos que o amor de Cristo, viver esse amor é estar colhendo coisas boas, porém eu advogo que, na realidade, vivemos mais perto de Deus quando mais precisamos. O ser humano é um tanto egoísta em sua questão Deus. Se ele passa por necessidades, ele desacredita do poder de Deus. Se em sua casa as necessidades já estão supridas, ele quer mais ele pensa que “aquele lugar”, de ter apenas o que se necessita, “não é aonde ele deveria estar”. “Só estou bem se minhas vontades e meu conforto estão sendo supridos.” “Se tenho tudo o que EU julgo necessário, aí sim estou bem”.

Eu não quero julgar ninguém que pratica tais atos, pois mesmo que em menor escala, nós também o cometemos às vezes. Eu estou passando por uns momentos de provas, no que diz respeito a minha vida profissional e eu acredito que ainda mais perto de Deus me acheguei, ainda mais sobre sua dependência estou. Eu disse a Deus: “Pai, estamos tão juntos agora. Não permita que na bonança, quando forem supridas minhas necessidades eu me esqueça de Ti e perca momentos como estes, tão bons” Eu tive medo de perder a presença de Deus. Ele, que sonda e conhece todos os corações, olhou meu estado.

Nesse tempo bom, que estou tendo, de poder dedicar-me um pouco mais a Deus, - tempo que ainda julgo pouco – eu tenho conhecido diretrizes e virtudes, ainda mais, posicionamento mediante, não a aparências, mas a vida com Deus. Como Pulo nos diz: “conhecer a excelência das coisas que há em Cristo” (1.10). Não o que ele pode oferecer, mas o que Ele tem. Um dia, ou, um domingo na frente da igreja, posando de intelectual, ou ainda, por carregar um livro de grandes pensadores que estou lendo, pode me enxertar grandes pompas, mas isso não interessa pra Deus. A salvação não vem de obras, mas vem daquilo que sou, do que estou empenhado a ser, da postura que assumo e daquilo que permito que Deus faça em mim. (Tito 3.5)

Outra coisa que Deus me fez perceber e entender: Devo entregar meu corpo, por completo a Deus. Pulo, em seu texto aos romanos nos ensina: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Romanos 12.1). Culto ao Senhor, não é um ajuntamento de pessoas. Culto a Deus é reverentemente a inclinação de vida perante Aquele cujo é a fonte. Juntos ou separados, o culto ao Senhor não se faz diferente. Já era pra ter caído há muito tempo o pensamento de que vamos a igreja visitar a Deus. Igreja não é um lugar de visita. O templo não presta culto. A adoração de sentimento e espírito é o que toca a Deus. Ninguém pode vê-lo, pois sua glória é infinita, mas Cristo age e é sensível e presente tanto no amar, quanto no exortar. Tanto na igreja quanto nos dias que vivemos a realidade de aplicação Cristã, daquilo que aceitamos como verdade vinda de Deus.

Eu pude notar, retomando, mais fortemente essa postura de vivência com Cristo, que eu me achegava a Deus e lhe pedia perdão em demasia. Qual o erro nisso? Eu também já me interroguei assim, pois precisamos nos arrepender e pedir perdão para que nossos pecados sejam perdoados, correto? (Hebreus 8.12) Sim, quando o fruto da justificação é colhido, alimenta o espírito e sara a alma das marcas do pecado. O meu problema era que se a resultante maior em minhas orações eram petições por minhas culpas, pecados e erros, sinal que o produto de minha vida estava sendo pecado fora de conta. De tantos pequenos pecados, uma multidão deles são esquecidos, não por Deus, mas por nós mesmos. A melhor forma pra solucionar esse problema não é o comodismo de subir encima da graça de Deus, por conhecer que Ele perdoa todos os pecados, mas novamente alinhar a vida e diminuir ao máximo as fontes causadoras do pecado, como a falta de fé e creditar o futuro e o presente a Deus, o não se envergonhar da nova vida e diferente vida que assumiu ao aceitar a Cristo, de volver os olhos àquilo que tão somente agrade a Deus entre tantas outras áreas que somos tão frágeis e acostumados a pecar.
Algumas pessoas pensam que apenas por não se darem à prostituição, o uso de seu corpo pra atos ilícitos, mediante Deus e a sociedade, não estão cometendo pecado de não oferecer o corpo ao Senhor, mas quando Paulo do diz para que ofereçamos nossos corpos como sacrifícios ao Senhor, ele não nos dista nenhuma parte isolada, nossos olhos devem fugir de coisas profanas (pornografia, cobiça, inveja), nossa língua deve ser controlada (fofoca, blasfêmia, calúnia), nossas pernas não devem ir aonde nossa mente cristã não aprova, pois o Espírito nos convence de todo mal. Nosso corpo não deve ser oferecido ao pecado, mas a Deus. Paulo mesmo nos fala que não é tarefa fácil a dedicação de tal atitude e a denomina como sacrifício, mas nos diz que isso é agir, cultualmente, raciocinando em Deus. O pecado, como sempre disse ocorre por falta de inteligência, pois se nos agride, se nos faz mal, racionalmente não estamos pensando. Não temos razões para justificar tal ato.

semana que vem continuamos.
Bom final de semane pra você.
Deus o abençõe!
Matheus Gerhard