quinta-feira, 27 de maio de 2010

Lançai as redes

AMANDO COMO ELE AMOU
mensagem que pregueui na abertura de missões estaduais IBAMM 16/05/10

Não é novidade que Deus ama, amou e sempre vai amar o homem, a sua Criação. Um autor, ainda que no final do seu produto, vê que sua obra comete falha, não deixa de dar seu nome a Sua Criação. Um pai, ainda que o seu filho tome rumos não desejados, não, necessariamente o aprova, mas insiste em amá-lo. O amor também é revelado nas atitudes de reprovação, pois o amor não tem objetivo primordial de satisfazer, mas de enriquecer com justiça a quem se é amado.

Precisamos entender o que é o amor, às vezes o amor, na essência parece surreal, impossível de ser vivido, por ser tão puro, tão imaculado. A pureza do amor não é cabida aos impuros, mas insistimos na prática deste sentimento, pois fomos feitos para ele e não para a impureza.

Quando Deus acaba de formar o mundo, temos a narrativa bíblica que diz: “e viu Deus que era bom” (Gênesis 2.17/ 13.16/ 28.14/ 8.16/ 8.17), é o início do amor de Deus, para com o homem.

Sabe irmãs, quando vocês fazem o primeiro bolo, você se lembra, você olha pra ele fofinho, seu coração se enche de alegria. Meu primeiro bolo. Ai você oferece as outras pessoas e elas lambendo os lábios te ouve dizer: “foi eu quem fiz, foi eu quem fiz.”

Nós homens, quando assinamos, pela primeira vez nossas carteiras, os primeiros frutos de nosso trabalho. Ah, como é bom. “o primeiro aço que eu fiz”, para os irmãos da siderurgia, “o primeiro planejamento, que funciona, que eu criei”, para os irmãos projetistas. O primeiro constellations, o caminhão da Volkswagen, que teve minha ajuda. Ah como é bom quando as coisas dão certo, não é um sentimento bom? Podemos ver que é bom.

A cada dia que Deus criava a humanidade, o mundo, Ele via que era bom. E quando coroou sua criação, com o homem e a mulher, à sua semelhança, Deus não só viu que era bom, mas que também era posto neles um sentimento a mais que o da realização, o sentimento do amor. Você não vê Deus tentando reflorestar o nosso mundo, você não vê Deus insistindo em preservar os animais, você, como eu pode observar o maior tesouro e maior satisfação de Deus, que é reconciliar, consigo o homem. (II Coríntios 5.19)

O homem se perde, mas Deus não o abandona. Romanos 5.8, vai nos dizer que “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. Um amor ao ponto de entrega, pois o verdadeiro amor decide por si só, ele mesmo se motiva, a viver, concertar, morrer e ressurgir em função de quem se ama.

Deus não morreu por mim e por você apenas, não foi para os justificados que ele morreu, mas ele morreu para justificar os perdidos. Sabe aquele drogado do seu vizinho que vive colocando músicas altas dentro de casa e se acha o mandão do pedaço. Deus provou que o ama também, quando morreu na cruz e viu seu vizinho perdido no pecado. Sabe as prostitutas que infestam nossa cidade nas noites de final de semana? Sabe os bêbados que não te deixam dormir quando decidem passar por sua rua cantando canções anos 20? Deus provou que os ama quando morreu na cruz e os viu.

Ele disse que veio levar “pecadores ao arrependimento” (Marcos 2.17). Se a condição de Deus fosse apenas modificar o cenário do mundo, Ele poderia ter modificado nossas mentes, apagado nossa memória, refeito um novo mundo, com outros seres, mas não, o que moveu a Deus foi o amor, um amor que também deseja ser amado. Deus queria que amor fosse vívido na relação humana.

Sabe quais são os dois, únicos, seres capazes de amar?

- A criação? Plantas? Não elas não possuem amor, apenas embelezam ambientes.

- Animais? Gatos, cachorros? Não, eles não te amam, podem até te dar carinho, mas não conseguem te amar.

- Os dois únicos seres que possuem o amor, em todo o universo, é Deus e o homem, por ter sido feito à Sua imagem e semelhança.

O empecilho que atrapalha a comunhão do homem com Deus chama-se pecado. E o pecado quebrou a relação de amor entre o homem e Deus. Deus não reconstrói apenas um novo planejamento, mas uma nova oportunidade de viver perto quem Ele ama.

Nada vai motivar o homem, tão eficazmente, como amor é capaz de fazê-lo. O que gostaria que pensássemos hoje é como dilatar este amor de Cristo que está em nós, para alcançarmos os que estão a nossa volta? O que precisamos?

O PRIEMIRO PONTO QUE PRECISAMOS É COMEÇAR A VER O MUNDO NA PERSPECTIVA DE DEUS:

Se pensarmos em contexto mundo, ou se eu te fizer um pergunta, mais ou menos assim: “em que mundo você vive?”, estou a me perguntar também. A primeira imagem que nos vem à mente é uma esfera, meio elíptica, de pouca terra e abundância de águas, correto? É certo afirmarmos que não pertencemos mais a este mundo, no que diz respeito a praticas dele, mas nossos corpos ainda estão aqui. Ser Cristão não é ser lunático, viver em outro mundo, no mundo chamado: salvei-me, tudo bem, agora é só esperar. Pelo contrário, enquanto aqui estivermos, ser cristão é estar no mundo, preocupar-me com ele, porém a ele não pertencer. Pra não pertencer ao mundo você tem que se privar de apenas uma prática, que é a que desagrada a Deus, você deve se privar da prática do pecado.

O pecado se tornou natural ao homem, mas nunca foi de sua natureza. Na queda do homem, ele experimenta o transitório e conhece a inclinação para o erro, inclinação passada de geração a geração, mas seja de qualquer maneira a ser praticado, o pecado nunca acomodou-se, se adaptou, perfeitamente ao homem. O pecado é uma contaminação que já acompanha o homem desde que nasce, Romanos 5.12 nos diz isto: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”.

O pecado é uma prisão que o próprio homem se prendeu, tanto por ter experimentado, quanto por insistir em praticar. Cristo é quem liberta o homem do pecado, pelo poder que nele opera e por mostrar ser possível, através de sua vida como exemplo, mostrar que é possível viver sem praticar o pecado. Mas o pecado não tem mais domínio sobre o homem. (Vamos ler Romanos 5.16-20)

Podemos até nos conformar com algo que nos incomoda, o ser humano tem essa capacidade, porém nunca nos adaptaremos. Essa é a grande questão do incômodo do homem quando vive ou está em pecado. Existe algo nele, que não o faz bem, pois não é comum, um corpo estranho.

A semelhança de nossas defesas do organismo que tentam por pra fora aquilo que nos faz mal, nossa alma não se adapta ao pecado, ela quer retirar o que a incomoda e se sua alma esta incomodada, não é possível que você também não esteja. Nossa alma não foi criada para o pecado. A criação de Deus, que criou-nos a nós justificados e aos que estão no mundo, não foi feita para perecer em ilusória satisfação que, na realidade, só aumentam o desespero.

Sabe o que é procurar uma coisa em um determinado local, onde você tem certeza que deixou e não encontrar? Assim é o sentimento que permanece no mundo afastado de Deus. O sentimento de precisar encontrar algo que se perdeu, mas que é essencial.

A igreja norteia, auxilia, este é o nosso papel, ajudar o perdido a encontrar o que ele perdeu, mas só a aceitação do homem, mediante a crer que não é escrevo de si mesmo, ou seja, posso refrear meus pecados, posso conter minhas vontades, ser governado por Deus. Só na aceitação dessa libertação, o homem torna-se propicio a encontrar a Deus. “Se o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. “Se o filho”. (João 8.36)

Ai vem à surpresa da busca pelo que se estava perdido. A comunhão do homem com Deus, estava lá, aonde a deixamos, nós é quem não havíamos procurado direito.

O SEGUNDO PONTO É QUE PRECISAMOS AMAR NOSSA CIDADE:

- DILATAMOS O AMOR QUANDO NOS IMPORTAMOS COM A QUEM TEMOS ESCOLHIDO PARA NOS GOVERNAR.

Nas histórias do antigo testamento, podemos ver Deus fazendo escolhas de governantes. Foi assim com Davi, Salomão, com líderes como Moisés, Noé, Isaias. Se você estudar um pouco a história de cada um deles, vai encontrar bom governo. Com o tempo, nos acabamos por esquecer até de perguntar e orar a Deus para elegermos líderes segundo o seu coração. O líder segundo o coração de Deus não quer um governo, quer ser instrumento pra um governador sábio e inigualável que é Deus.

Davi, um dos exemplos que citamos anteriormente, de bom reinado, escreveu: “bem-aventurado o povo, cujo Deus é o Senhor” Salmos 144.15.

Nosso estado, o Rio de Janeiro, já teve líderes cristãos. Ou que pelo menos defendem uma posição de serem cristãos. Então, qual foi o problema? O problema é que querem dar cargos a Deus: “você fica aqui nesta sala que preparei pra você, que se der zebra eu te chamo”.

Deus não precisa de cargos. Por ser criador, Ele já se faz naturalmente maior, a felicidade em ter a Deus a bem-aventurança, como escreveu o salmista, está em quando o temos como Senhor.

Muitos jornais narra planos emergenciais para a segurança das ruas na cidade do Rio de Janeiro e não pensemos que é só lá na capital não, irmãos. Há bairros, em nossas cidades que vivem o mesmo problema.

- Mal preparação dos guardas? Insuficiência no sistema?

Vamos novamente abrir a primeira constituição da humanidade, ou pelo menos, que deveria ser. Abra sua bíblia em Salmos 127.1, mais um conselho de um sábio Rei. Vamos ler. LEIA NA BÍBLIA.

Se Deus não edificar nossa cidade, não somos nós quem conseguiremos melhorá-la. Se Deus não guardar nossas cidade, não são os guardas quem conseguirão. Não vai adiantar se educarmos nossos policiais em questões sociais, não via mudar se nós elaborarmos novas estratégias de segurança, se o melhor plano não for cumprido: Vamos reler o Salmo 144, a partir do 11.

Nossos governantes precisam ser pessoas que entendam que o temor ao Senhor é o principio da sabedoria (Provérbios 9.10). Salomão o homem mais sábio entre os reis, escreveu esta verdade por quase todo o livro de provérbios. Quer sabedoria, como a de um grande Rei, para lidar com tantas questões quase sem respostas? Temer ao Senhor é o primeiro passo. Só após darmos o primeiro passo é que conseguiremos andar, desenvolver planos e obter resultados.

E nós, povo que conhece a Deus e suas verdades, precisamos acreditar que não são diplomatas, no reino celeste, superior a este, do qual somos parte, no reino ao qual pertencemos não são diplomas que compram a sabedoria. Conhecimento, muitos podem ter, mas a sabedoria é dom, que ninguém a compra, você a busca. No reinado de Deus, o sábio é aquele que o teme.

Precisamos nos lembrar disso, quando formos eleger nossos governantes. Precisamos orar para que Deus levante líderes de acordo com Seu coração e que nos acorde pra enxergarmos estes homens e mulheres levantados, verdadeiramente pelo próprio Deus. A escolha errada pode nos trazer malevolência. Coisas ruins. Muito o nosso país tem perdido por que o grande número de cristãos, isso nos inclui, às vezes se esquece das verdades que lemos aqui, na constituição do cristão.

É MAIS FÁCIL E PRODUTIVA A PESCA QUANDO LANÇAMOS NOSSAS REDES AO MAR, MOVIDOS PELO AMOR.

A necessidade sempre moveu o homem a atitudes. Se você tem necessidade de comida, fome, você sabe que precisa buscar meios para se alimentar. E você busca. Se você tem frio, precisa de um casaco, você sabe onde procura-lo e se motiva a encontrar meios para suprir sua necessidade de calor. Porém quando o que nos move é um sentimento mais nobre, o amor, somos mais determinados, ainda que seja mais difícil, somo mais forte pra encarar e acreditar em uma missão quase impossível.

Vamos ler Lucas 5.1-7.

Notamos que após o ensinamento de Jesus a multidão.

Uma curiosidade, Jesus pregava no barco, um pouco afastado das margens do rio onde ficava a multidão para que sua voz ecoasse nos montes ao redor e assim ser possível que seus ouvintes, escutassem suas palavras.

E após uma dessas reuniões onde Jesus ensinava, ele observa seus pescadores, de mãos vazias e resolve ensinar a arte de salvar vidas.

Se observarmos, os discípulos passaram a noite toda a pescar, porém voltarem sem peixes. Até Jesus lhes ordenar que voltassem.

Eles estavam cansados, argumentaram, pois ficaram a noite toda a pescar e não conseguiram, mas quando a fé é acima do racional, das nossas razões a atitude do servo é a obediência. E eles foram voltaram a pescar, em alto mar, como Cristo os tinha dito.

A insistência, em prevalecer mostrou que quando achamos que já tentamos de tudo pra pescar, Deus nos manda voltar e insistir novamente. Vamos, nos empenhamos e quando voltamos a terra, podemos aqui caracteriza-la de nosso templo, encontramos a palavra de Deus dizendo para voltarmos a pescar, a insistir.

As pessoas estão aí pra você até um ponto, até o ponto em que você vai por elas. Até o ponto em que você está aí. Pelo evangelho ser absoluto, em muitos casos nossos pensamento é que as pessoas teriam obrigação em aceita-lo e em algumas circunstâncias, o que sobra para as pessoas que se opõe a mensagem de Cristo é: “Que triste né? Ela não quer aceitar, está perdida”.

Creia, há diversidade na criação de amor, de um Deus criativo. Há variedade de cardumes. Existe cardume que é só mostrar a isca (a bíblia), que ele vem até você, mas há cardumes que são mais difíceis de serem pescados. Eles até se interessam, são curiosos, ainda que se façam de “durões”, no resultado são todos peixes e se interessam pela isca que você oferece, mas são diferentes, são difíceis de serem pescados. Mas não é após uma noite difícil de pesca que Jesus nos diz para descasarmos. Ele nos manda voltar e lançar a rede. Maior paz tem o que serve ao Senhor.

É necessário ir mais fundo, isto é, conhecer o que se passa. Praticar o amor sem esperar respostas. Acordar para a realidade da pesca, enquanto muitos dormem. Se você quiser peixe, tem que primeiro querer pescar.
Não há resultado sem trabalho, os irmãos, como eu, que trabalham sabem disso, mas isto não é só em nossa vida profissional, mas em tudo.
Só haverá peixe em sua rede, se você for pescar.

A função de um pescador, o local de trabalho dele, de empenho é o mar. Não a terra, e se Cristo nos chama a sermos pescadores de homens, nosso lugar é no mundo, nas águas turvas de nossa sociedade, lançando e imergindo nossas redes, quantas vezes o mestre nos ordenar.

Nos dedicamos aos nossos trabalhos, honroso isto, mas não podemos nos esquecer que a nossa primeira missão, nosso primeiro compromisso é com Deus, que nos deu o trabalho e que tem a autoridade e autonomia de tomá-lo quando quiser. Isto serve para qualquer parte de nossas vidas.

Onde está o seu primordial? O que você tem dado a Deus? A primeira parte de sua colheita, a melhor parte dela, que não inclui só bens, mas dedicação de vida? Ou tem dado o que sobra? Aquilo que você já se empanzinou de comer?

Abraão foi um homem que mostrou onde estava o real foco da Sua vida: em Deus, quando, a todo custo cumpriu sua fidelidade até aonde Deus o ordenara.

Até para criar o mundo, para criar a mim e a você, Deus teve trabalho. Que dirá para nos salvar.

Deus deixa seu trono de glória para estar entre nós.
Vamos ler filipenses 2.6-8.

O plano salvador de Deus incluiu Ele mesmo. Por necessidade? Sim, pois não havia ninguém apto para tal tarefa, mas nada mais eficaz para mover atitudes, do que o próprio amor foi isso que o moveu.

Paulo, em Filipenses mesmo, antes de relatar o feito de Cristo, verso 5 de Filipenses 2, nos diz para que façamos o mesmo:

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,”.

Se temos que ser exemplados em Cristo , ser como Ele foi, não é assentados, nos tronos confortáveis de nossos sofás, e nem nos não tão confortáveis assim, os bancos da igreja que iremos ser como Ele foi.

Temos que aprender a ter amor, não pena, o mundo não precisa disso, mas amor como o que Deus sente por mim e por você e tão agradavelmente nós podemos senti-lo. Precisamos que esse amor de Deus nos mova, nos motive, precisamos dar ouvido, a voz do espírito que em nós ecos:

- “NÃO VOS CONFORMEIS COM ESTE MUNDO!”.
- “NÃO SEJA APÁTICO, NÃO FIJA QUE ESTÁ TUDO BEM”,
-“INCOMODE-SE COM O LOCAL ONDE VOCÊ VIVE QUANDO SAIR EM SUA RUA”

Nossos olhos não se acostumaram com o sofrimento dos outros, quando Deus é quem está a nos guiar.

Quando formos mandados por Deus a pesca, não somos apáticos às cenas de um triste drama que vive nossa sociedade. Que caminha a todo custo em busca de iscas que as façam felizes, porém quem tem pescado nossa sociedade? Iscas de ganância, dinheiro a qualquer custo, sexo ao bel prazer?

Deus é que suscita em nós, causas e atos. Ele nos motiva e nos orienta, Ele nos conduz. Queremos lançar as redes? ONDE ESTÃO SUAS REDES?

Matheus Gerhard A.
Igreja Batista Monte Moriá

converse comigo em: blogdoteus@yahoo.com.br

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Uma análise de meus confins

mensagem que preguei em um culto de oração por missões na ultima quinta-feira passada.

“E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele.” 1Coríntios 9.23.

Eu estava sentado no ponto de ônibus esperando minha condução para o trabalho, já tarde da noite e por saber que iria dirigir o culto de oração, em favor de missões em minha igreja, comecei a orar e a pensar no que iria falar, como direcionar nossos pensamentos, naquela ocasião.

De repente um jovem com ar de dono do mundo passou por mim... O ser humano tem a facilidade de se iludir com o mundo que não é dele. “Este mundo jaz do maligno” e o homem, facilmente, se apega as coisas materiais. Este é um dos artifícios mais usados pelo diabo para iludir a humanidade.

...Aquele jovem, de peito estufado, com ar de autoridade fumava, pensando externar beleza... O diabo não só arrecada vidas, mas as aprisiona. Faz servos, escravos. O diabo não se importa conosco, ele se importa em tomar-nos de Deus.

...Visivelmente transtornado, aquele rapaz caminhava em longos passos, fazendo com que sua mãe, que vinha atrás, ter que correr... A primeira consolidação do pecado é tornar-nos egocêntricos. Pensamentos voltados para si mesmos, uma vez que a satisfação do amor é importar-se e fazer crescer o outro. ...Podia-se, nitidamente, observar isso naquela situação...

...A impressão que tive, ao observar a cena, é que aparentemente à mãe daquele jovem teria ido buscá-lo e este que, não contente com o ato da mãe, saiu a longos passos, deixando a mãe pra que corra atrás dele, isso a quatro dias do dia das mães... É triste ver um filho desmoralizar e desvalorizar aquém a ele deu a oportunidade de viver, como também é triste ver um mundo desvalorizar aquém nos deu a oportunidade de viver.

...Ah como meu coração ao ver aquilo. Tenho certeza que há milhares de jovens que fazem seus pais infelizes. Ao ver essas situações, o Espírito nos constrange a nossa responsabilidade: Como seria se tivéssemos mostrado a essência de Deus, que é o amor, aquele jovem?

Quando eu comecei a analisar os meus confins, eu me deparei com a necessidade de algumas mudanças:

A primeira delas foi:

Um dos grandes erros que temos é observar situações ao nosso redor e lamentar.

Não temos que dar antídotos, vacinas preventivas às pessoas para que não venham pecar. Antes de prever uma doença, é necessário cura-las da sua. Temos que dar o remédio para curá-las:

“E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque eram muitos, e o tinham seguido. E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.”. Marcos 2.15-17

Jesus não instituiu a igreja e esperou que as pessoas fossem até lá. Ele foi aos perdidos. Eu também preciso ir.

Quando formos limpar pecados, encontraremos dois tipos de ambientes:

1º) Aquele em que o pecado já dominou e transpareceu as janelas, ou seja, onde as imundices estão realmente aparentes. Não pasme em ter nojo vença tal sensação, pois o pecado é nojento, porém vemos isso melhor, com mais nitidez nos outros, pois quem a si esmo denomina-se imundo?

2º) Aquelas pessoas em que, ao retirar a tampa dos “bons costumes”, mediante a sociedade, encontramos o mesmo produto: a necessidade de mudança e o rompimento de cadeias, libertação.

A segunda necessidade de mudança que encontrei foi:

Preciso acordar para a realidade do meu cotidiano.

Se eu começar a escrever um versículo aqui, tenho certeza que todos nós vamos completá-lo, tente realizar o teste:

“e não vos conformeis com...”

Em Romanos 12.2, o referencial de cristianismo, o apostolo Paulo, nos escreve: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação de vosso entendimento para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Deveríamos ler, ou ao menos, falar, umas três vezes ao dia, esse versículo. Uma das pedras da construção do caráter cristão sintetiza-se aqui. Não fomos transformados, na realidade nós demos início a nossa transformação, que é galgada de glória em glória.

“não vos conformeis com este mundo...”.

Para praticarmos esta verdade, eu preciso sair, ou aprender, isso implica oração e empenho na prática; preciso aprender a por os pés na rua e me incomodar, me sentir insatisfeito, com o que tenho visto nelas ou em meios que as retratam (t.v, rádio, internet...). obcecar-se por uma religião, fanatismo religioso, não revela nenhuma atitude de vida com Deus, mas amá-Lo nos faz diferentes deste mundo e de religiões. Por que quem conduz a igreja de Cristo é o próprio fundador, não o contrário.

Todo homem busca se sentir bem, esta é a peregrinação de muitos por toda a sua vida. E nessa busca, as mais claras são duas alternativas, no que diz respeito a confortar-se.

1ª) Acomode-se. Conforme-se e se iluda pecaminosamente, com o mundo em que você vive.

Mundo este que não te pertence, pois se somos novos, este mundo já passou, aguardamos também o que é novo e nos tem sido preparado: “novos céus e uma nova terra” (Apocalipse 21.1).

2ª) Não se conforme, vá até onde for seu alcance, transforme o meio onde você está inserido, incomode-se.

Como ter conforto se do lado de fora de sua janela às paisagens não te trazem tal sentimento? Sentir-se bem, ter conforto e sentir-se em paz pra viver de maneira como deseja, não como ambiciona.

Em um desses dois pontos acima estacionamos nosso conforto. Se você possui alguma alternativa extra, por favor, me mostre, em título de crescimento de conhecimento, porém não existem meios termos, a ainda que deturpem o sentido de tal palavra, a verdade é absoluta.

Sim, você se move.

Não, você mesmo incomodado, pois o Espírito de Deus que em nós age a nos incomodar, não se importa, mas se ilude.

“...pela renovação de vosso entendimento...”

Quando renovamos nosso entendimento, isso significa entender, interpretar, ficar sabendo, ouvir Deus através do que e/ou quem Ele usa para falar-lhe, ou seja, compreender o que Deus está a nos falar. Devemos transformar-nos nessa renovação de mente. Nessa renovação de compreensão das verdades, absolutas, de Deus.

Se eu reconheço que não estou na prática, ou estou fora do que Deus me instrui, renovo minhas atitudes no entendimento de saber que preciso fazer e se não o faço, estou pecando. Quando começamos a por em prática isto, crescemos. Tornamo-nos aptos a experimentar a Deus.

“...para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Uma amizade só se constrói com a prática do relacionamento, revelada na convivência e envolvimento, na atividade do amor, mútua. Deus quer nos ouvir, mas quer falar a nós, estamos atentos?

Quando você conhece uma pessoa, você começa a entender, mais claramente, o porque de algumas decisões de reprovação dela e vive melhor com isso. Com Deus é a mesma coisa. Não o compreendemos muitas vezes, porque não buscamos compreende-lo. Ele que mesmo que tenha o poder de agir com quer e sem necessidade de explicar-se, o faz por que ama e sente o nosso sofrimento.

O relacionamento com Deus nos propicia considerar a reprovação de nossas vontades, boa e agradável, pois a vontade de um Deus que é perfeito, não tem como ser imperfeita.

A terceira necessidade de mudança que encontrei foi:

Preciso renovar-me e por em prática as palavras de Deus.

Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” 1Coríntios 9.14

1º) Se eu não me empenhar em viver e praticar este evangelho do qual prego, eu tenho o considerado nulo. Se eu não pratico o evangelho, de nada vale defende-lo.

2º) preciso tocar imundices e pessoas que estão aprisionadas em seus pecados.

“Não pasme em ter nojo do pecado, mas tenha compaixão dos que estão presos a ele”.

Matheus Gerhard

converse comigo em: blogdotheus@yahoo.com.br