sexta-feira, 19 de março de 2010

Teoligia Campestre - continuação

As pragas e o desejo

O pecado em nós é como praga. O agrotóxico chamado por: fingir que ele não existe, não serve pra nada, pois as leviandades que nos trazem é apenas a de boa aparência. Falsa impressão de saudável. Você consegue lavar com água bem abundante seu rosto, pentear, impecavelmente seus cabelos, estampar um sorriso no rosto de forma com que as pessoas nem percebam que há algo de errado com você, mas a si mesmo você não engana: o pecado dói.

Somos pessoas de desejos, somos movidos - não confunda movidos por dominados - por eles. Ainda que metodicamente declaremos que conseguimos reprimi-los, precisamos, na verdade, é aprender a controlá-los. Você tem desejo por comida, tens fome. Temos desejos por melhoramentos pessoais, profissionais, queremos (isso implica desejo) melhorar a cada dia.
Conseguimos desejar até coisas ruins. Temos inclinação pelo transitório. Se você como eu, é feito de carne e osso, a base para seu desejo esta em Romanos 8.6-7. Só pecamos porque desejamos pecar.

Quem cuida das plantas não são elas mesmas, nem cuidarem uma das outras elas conseguem, quem cuida de uma plantação é seu cultivador. Quem cuida de nós é Deus. O reconhecer da dependência é o primeiro passo para o fortalecimento contra as pragas. E a confiança de que viver como seu lavrador ensina é a melhor maneira, é o que te fará resistente aos desejos pelo opróbrio, pois os desejos eles nunca deixarão de existir, o que muda é a sua maneira de encará-los.

C.S. Lewis (escritor do livro: As crônicas de Nárnia), em sua defesa ao desejo, na explicação daquilo que nos impulsiona, escreveu: “Quanto mais cedemos a eles, menos conseguimos entendê-los. A virtude – até mesmo a intencional – traz luz; a indulgência traz trevas”. “Pessoas boas têm consciência tanto do bem quanto do mal: pessoas más não têm consciência de nenhuma das duas coisas”

O fator gerador de toda planta, a resultante dela, é calculada pela forma como ela enfrenta as adversidades do tempo. Ou seja, o que dirá como ela crescerá, e se crescerá, é a maneira como passou pelas fortes chuvas, pelos dias de sol escaldante. Acredite as drásticas infrações do tempo são essenciais para o crescimento e não são a todas essas intervenções que as plantas vencem.

O resultado de seu crescimento pessoal e espiritual é a forma como você enfrenta seus obstáculos. Os obstáculos não estão dispostos apenas nos momentos em que denominamos de provas, se a nossa vida é uma ininterrupta prova, eles fazem parte dela. “Mais que feliz (diz Tiago 1.12) o homem que suporta – que persevera- a tentação; porque, sendo aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam” (ênfase minha).

A palavra desejo, para as boas plantas, para os bem-aventurados homens provoca não a morte nem a doença, tão pouco as mui fixas pragas, mas sim a Determinação em sua Escolha, feita com Sabedoria e Esperança proporcionada por Jesus através da Oração. “orai sem cessar” (I Tessalonicenses 5:17 )

A dieta e os nutrientes de Deus

Se formos começar uma dieta logo iremos pensar: “tenho que parar de comer”. Porém o que dizem os nutricionistas, profissionais da área alimentícia, em resposta a nossa expressão é: “Não é deixando de comer que se perde peso, mas comendo as coisas certas.”. O nosso organismo necessita de vitaminas e minerais, até de algumas calorias, para exercer o seu bom funcionamento.

Curiosamente, quando queremos fazer uma dieta de pecados, logo pensamos: “preciso parar de pecar”. Conseguimos? O grande fator comum entre as duas dietas é: Ambas oferecem a mesma opção para seu correto funcionamento: Pare de se alimentar daquilo que não te faz bem e coma aquilo que você precisa! É comendo de Deus que se emagrece dos pecados. Precisamos preencher o espaço em nós, com Deus, pra que não tenhamos fome pela iniqüidade (Efésios 4.27).

Você já deve ter ouvido “trocentas” vezes esta frase: “Dieta é calvário, sacrifício”. E é mesmo (Romanos 12.01). É difícil o processo de desintoxicação alimentícia, dado logo no inicio de nossa trajetória rumo à correção. O nosso corpo acostuma-se com o que acostumamos (forçamos) ele a ingerir, porém nosso estomago e nossa alma não. Eles parecem possuir vozes e reclamam, incomodam-nos. O seu estômago foi feito para receber nutrientes corretos, como também nossa alma não foi feita para o pecado.

Só de pensar em dieta, parece que as cores elementares invadem o subconsciente e nos fazem lembra: “legumes, verduras e frutas”, - negar-se, tomar cruz e segui-Lo - a garganta até da um nó. Porém todos nós sabemos que a qualidade da vida está naquilo que nem tanto nos interessa ao paladar. O grande prazer da comida está no paladar, como o grande prazer do pecado limita-se apenas ao ato pecaminoso, o degustar de tal momento e a maioria dos legumes, verduras e frutas, não combinam com o nosso, já estragado, paladar. Pensando mais profundo em tal assunto, se não soubermos como nos alimentarmos, tanto os mantimentos quanto os atos nos empanzinarão. O pecado é delícia ao paladar, porem pútrido ao estômago.

Deus nos oferece nutrientes maravilhosos. Eu fico imaginando, criando em minha mente uma analogia para tais nutrientes e a melhor questão que encontro, ou seja, a melhor figurativa é como a de uma fruta de cor bem viva, que aguce o paladar - o amor de Deus, quando observado, é a maior preciosidade que queremos ter - porém o gosto quando experimentado não traz um sabor tão agradável como os dos, já acostumados, frutos pecaminosos e podres que comemos – quando o homem se depara com a necessidade da renuncia, de esforçar-se contra a si mesmo para alimentar-se desse fruto parece ser custos de mais -, neste fruto estão todos os nutrientes essenciais e melhores que podemos encontrar, a questão é ingeri-los.

Três vitaminas são muito importantes, e compõe esse fruto, em meio à grandeza de nutrientes que Deus propicia-nos: a vitamina O, a vitamina B e a vitamina C. Orai sem cessar, a oração pode mudar todas as coisas. Bíblia nunca fez mal a ninguém (prossigamos em conhecer ao Senhor) – “você conhece muito mais uma pessoa observando o modo como vive do que observando uma casa que ela construiu” (C. S. Lewis) conhecemos mais ao Senhor observando seus feitos - e Comunhão com o Espírito Santo, o consolador, direcionador é o que fortifica o homem.

À medida que começamos a reorganizar nossos organismos, podemos ver, nitidamente, melhorias. Na mesma proporção quando começamos a dar ordem as nossas vontades e não deixamos que elas imperem sobre nós, também começamos a viver realmente – “E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar” (Gênesis 4.7). Perder peso, ganhar vida ter Deus, pois o “Seu fardo não pesa tanto e seu julgo suave é” (Mateus 11.30). Acredite! Teste essa teoria, você se sentirá cada vez mais leve, aliviado, quando começar a comer corretamente de Deus e abstiver-se-se dos pratos do pecado.

Nessas teses sobre ingestão, vale à pena ressaltar algo muito bacana contido em I Coríntios 6:13: “Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o SENHOR, e o SENHOR para o corpo.”