terça-feira, 31 de março de 2009

Será que as rochas resolveram clamar?


“mas ele lhes respondeu: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão” (Lucas 19:40)

Semana passada, após um ensaio que aconteceu na igreja, ocorreu algo que me envergonhou muito, não repudiei a tais pessoas que praticavam decorrido ato, mas sim repreendi a mim pela ausência de minhas tarefas.

Em nossos dias atuais há grandes manifestações que buscam e intitulam-se como a revelação da glória e do poder de Deus, enquanto isso, suas luzes têm sido refletidas voltadas umas pra as outras e o mundo e seus rancores temos deles nos esquecido. Buscamos a Deus, o encontramos e ponto final. Que postura mais “eucentrista”. Buscamos em humilhação nossos perdões e esquecemos que quando salvamos a alguém de sua perdição apagamos uma “multidão de pecados” (Tiago 5:20).

Discípulos ou pedras?

Quando Jesus entra triunfantemente em Jerusalém, os discípulos fazem menção de sua glória. Como na bíblia diz: “começou a dar louvores em ALTA VOZ, (...) dizendo: Bendito o que vem em nome do Senhor”. Os fariseus, famosas figuras bíblicas que caracterizam as pessoas que vivem com Deus somente nas aparências, exorta a Jesus. Em nossa linguagem de hoje eles diriam: “você não pode deixar que eles façam essa algazarra. Não os repreenderá?”.

Há uma banda, da qual até fui convidado a participar que me incomoda um pouco sua maneira como agem, na escala – minha própria avaliação – “fariseusística”, ocupariam um posto 7, pois tive a oportunidade de participar de alguns de seus momentos e observar seus conceitos. Em sua filosofia, são belos, mas em seus dias de dedicação na busca do crescimento em Deus não funcionam. Praticamente todo o convite que recebem aceitam, já tocaram em diversas igrejas, há três anos nesse ministério. O que a mídia lança, eles relançam em cópias perfeitas, mas não buscam a voz e direção de Deus. Discípulos que clamam ou pedras, como muita das vezes foram qualificados, não por mim, por outros, a clamar?

Também corre na mídia secular um homem que começou sua carreira, digamos assim, no meio evangélico, sem ao menos ser cristão. “Como Zaqueu que subiu na árvore pra chamar a atenção de Jesus...”. Talvez tenha sido esse o resultado obtido por tal artista: chamou atenção pra si. Teologicamente, Zaqueu subiu a árvore pra ver quando Jesus iria passar, pois sua estatura era pequena e com uma multidão tão grande ao redor dele, isso o impossibilitaria. (Lucas 19: 1-5). Estávamos conversando eu e mais dois amigos sábado sobre esse cântico que foi retirado de nosso repertório na igreja. Não foi o fato de ele estar sendo cantado pelo mundo, mas sim pela inadequação teológica. E algo interessante e comum em nossos pensamentos foi: acreditamos que mesmo errado, é uma semente que foi lançada e pode dar frutos, mas quem os colherá? O mundo aprendeu, canta, sente e onde são saciados no encontro com Deus? Discípulos que clamam ou pedras a clamar?

O fato que me intrigou e também o qual deu início a esta narrativa foi: Quando saíamos do ensaio de sexta feira, como compartilhei. Ensaio este onde preparávamos músicas pra um casamento que aconteceria no sábado, ou seja, no dia posterior, me deparei com uma romaria que cantava pela rua de nossa igreja e caminhavam de encontro a uma casa vizinha de nosso templo. Como já disse, não é o fato da ocorrência daquele ato que mexeu com o meu coração, mas sim porque as pessoas que julgamos “erradas” no proceder do direcionar de Deus estavam fazendo aquilo que claramente reconhecemos que é o dever dos discípulos, seguidores, de Cristo. Vou confessar a vocês, o meu sentimento mediante aquela situação não foi outro se não vergonha. Discípulos que clamam ou pedras a clamar?

Quando é hora de calar?

Ao término de um culto administrativo de certa igreja, ouvi o pastor dali falando a respeito de uma música, cristã, porém tocada de em um ritmo com o andamento mais acelerado, que foi tocada em um casamento celebrado por ele e exortava seus membros em questões de santidade. Dizia ele: “como escrito está: todas as coisas me são lícitas, mas nem todas elas me convém (1º Coríntios 6:12) Qual é nossa postura? Me envergonhei e pedi desculpas ao pastor, pois dentre aqueles músicos havia um de minha igreja. A bateria fazia com que as pessoas fossem contagiadas e movessem seus corpos em danças.”

Antes de tudo quero deixar claro: Ainda que você seja contrário à visão de seu pastor, interrogue-o, mas não decida ir por seus próprios caminhos, ore por ele e aja da maneira a qual ele te instrui, pois ele é o escolhido de Deus pra te guiar.

No texto, escrito por Paulo aos cristãos de Corinto, uma cidade antiga da Grécia, o autor fala realmente sobre os problemas da igreja e dá as soluções para a curativa dos mesmos, porém se olharmos alguns versos que antecedem ao versículo 12, vamos nos deparar as práticas que ocorriam naquela cidade e que necessitavam de cura: “Não errei: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus.” (v. 10).

Escrevi esse testemunho de tal homem de Deus, o qual admiro muitíssimo, pois sua igreja está assim. A preocupação primeira são com os que são da casa. Claro: “do que me valeria ganhar o mundo inteiro e perder a alma”, mas Deus sonda os corações e sabe dos seus intentos. Sendo assim não é um ritmo ou um simples pra balançar, não “escandalatório”, que merece tanto tempo de dedicação. Na esquina de nossas ruas há traficantes. No “quintal” de nossas igrejas há crianças e jovens que caminham pro inferno e precisam da força, do amor, da instrução correta. Se os discípulos não gritarem a glória de Deus de modo que eles ouçam, as pedras clamarão Seu nome, pois é assim que serão salvos. “a salvação vem do ouvir e do ouvir da palavra de Deus”.

Chorou sobre ela

“Jesus, sabendo que os judeus e os seus líderes aguardavam um Messias político e que por fim o rejeitaria como Messias prometido por Deus, chora por eles, que em breve sofreriam um terrível juízo. A palavra chorou (gr. Eklausen), aqui, significa mais do que derramar lágrimas. É lamentação, pranto, soluço e clamor de uma alma em agonia. Jesus, em sua deidade, não somente revela aqui seu sentimento como também o coração partido do próprio Deus, por causa da condição do homem perdido e da sua recusa em arrepender-se e aceitar a salvação”. (LIFE PUBLISHERD)

Ao ler essa concordância de uma de minhas bíblias de estudo trouxe tal imaginação para os dias de hoje: e se caso Jesus resolve ver o mundo. O que mudou? Melhor ainda, ele resolve visitar minha igreja e sua vizinhança. Ele não é o chefe, mas como filhos a obediência nos trás crescimento e torna-nos agradáveis a Deus.

Pare toda linha de pensamento anterior e apenas imagine: é um monte alto, sua cidade está em um vale, logo abaixo deste monte. Feche os olhos, desenhe tal cena. Jesus, sentado em seu jumentinho olhando tudo lá em baixo. Qual seria a reação dele?

Sim, elas estão a clamar

Eu acredito que hoje algumas rochas já estão clamando. Clamam, pois a igreja não tem cumprido sua missão primordial, pois se lembram sim, mas abafam o cumprimento do seu papel de ir às vidas perdias e leva-las salvação. A ala dos nossos “hospitais” chamada resgate está em defasagem, há tempos a ambulância não deixa sua garagem. Nos nossos hospitais chamados de igreja esperamos os doentes no conforto de nossa recepção, muitos recebem alta sem acompanhamento, pergunto-me, pergunto-lhe: doutor onde está a fonte da vida? Onde está a cura? Você e eu nos lembramos: “ah, nossas armários estão cheios do remédio curador, mas não temos tempo de entregá-los”.

No sábado passei por um momento muito difícil, pesado, graças por ter meu irmão, um anjo do Senhor perto de mim. Eu dei ouvidos ao julgo do diabo que com todas as suas armas queria me entristecer, como numa morte. O famoso momento onde não vemos solução. Foi uma humilhação além do necessário, pois me sentia o lixo espiritual e necessitava da graça afável de Deus. Fui além e chorei muito, meu coração doeu forte e eu não conseguia ver a graça de Deus que em nenhum momento abandonou-me. O fruto doloroso de meu arrependimento poderia e sempre poderá ser curado por Deus, - “ele é quem faz a ferida e ele mesmo a ligará” (Oséias 6:1) - mas a maneira que encontrei de não dar ouvidos mais a humilhação além do arrependimento, humilhação essa que o diabo quer que passemos e permanecemos nela é: tendo a certeza de que não vivo pra mim, mas Cristo é por hoje e sempre os meus dias. Que ele nos incomode a clamar e gritar Seu nome. Se as pedras clamam as calemos com os gritos de jubilo e louvor dizendo: “Bendito o que vem em nome do Senhor”.

Boa quarta-feira.
Matheus Gerhard

terça-feira, 24 de março de 2009

Escolhas certas; resultados alcançados.

“Maior é o que está em nós” 1João 4:1-4

Precisamos ter a convicção de que maior é o que está em nós do que o que no mundo está. A obediência, confiança e dependência a Deus são características de uma vida direcionada pelo Espírito da verdade. São inúmeras as vezes que passamos, e passaremos, por momentos atribulados em nossas vidas e a confiança e certeza de que Cristo está no controle, torna tais momentos mais afáveis e menos angustiosos. Em momento de dúvida, até mesmo das certezas, escolha o que é bom e reto.

Ezequias, filho de Davi e neto de Zacarias, reinou durante vinte e nove anos em Jerusalém e diz a bíblia: “fez ele o que era reto perante o Senhor”. Ezequias faz a escolha da retidão e bondade ainda que sobre aflição vinda de Senaqueribe se encontrasse. E algo que nós podemos notar e que é fato, desde os primeiros até hoje presente em nossas vidas, em nosso cotidiano é: A nossa fidelidade ao Senhor não nos isenta das aflições. Ele mesmo vem na pessoa de Seu filho Jesus pra ensinar-nos a vencer tais situações e instrui-nos: “Estas coisas vos tenho dito pra que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33). Arraigamos em nossos corações tal verdade, como o poeta que escreveu: “Minhas provações não são maiores que o meu Deus e não vão me impedir de caminhar”.

Ezequias passou por aflição quando Senaqueribe, rei da Assíria, e seu o povo decidem voltar-se contra ele (32:9-16), com uma afronta, Senaqueribe envia seus servos e como insultos palavras de destruição a respeito de Ezequias: “tirou os seus altos e seus altares dizendo: Diante de apenas um altar vos prostrareis e sobre ele queimareis incenso” como blasfêmia Senaqueribe zomba do monoteísmo de Ezequias, da adoração e culto somente a Deus e questiona: Quem te livrará? Mas a atitude do que acredita em Deus quando vivencia tal momento é: Busca-Lo (32:20). As orações mais eficazes saem de um coração aflito. Colocar perante o Senhor tudo de mal que nos aflige é o primeiro passo pra vitória.

Em uma hora de grande aflição Ezequias firma a sua visão em Deus. Isso é postura de fé. Quantas não são as vezes que “trememos na base”, sem olhar pra ela? Em que você se baseia? Nós cristão devemos nos basear em Cristo, acreditar que deus permite que venhamos a sofrer, mas tudo acontece segundo o querer de quem é por nós. Quando o Buscamos, o encontramos. Deus responde a Ezequias em 2Reis:19:20;32;33 Ele esforça seu servo, o acalma, põe nele palavras de ânimo e conforto “por amor de mim e por amor de meu servo”. O cumprimento destas palavras de Deus são comprovadas nos versos 35-37.

Seu reinado é descrito entre os capítulos 29 a 32 quando é substituído por seu filho Manassés, após sua morte.

Nem sempre é fácil optar pela escolha certa. Arrisco-me a dizer, certo de minha palavra, que o erro sempre será mais fácil, pois o que é errado não carrega consigo valor algum, porém aquilo que é certo custa. Oferta a Deus também são suas escolhas pelo certo. Se eu dar a Deus algo que não me custe, como o fato de ir a igreja e não estar lá, isso é sobra, porém se eu rompo o meu desejo e opto por fazer aquilo que O agrade, essa é minha oferta, agradável a Deus. Após o passar da tempestade, quando as nuvens escuras se desfazem vem a certeza: Tão certo como o sol, Deus sempre esteve. Acredite. Fite seus olhos em Deus e avance até onde Ele lhe ordenar.


Matheus Gerhard

quarta-feira, 4 de março de 2009

Deus que não se esquece



Texto originalmente escrito em 17/02/09

Você já passou por uma situação onde sentiu-se não aceito? Já foi “rejeitado”, ou podado de fazer alguma coisa que nem tanto bem traria a você? Você já se sentiu rejeitado por alguém? Por alguma coisa que você fez, ou por ter magoado a alguém? Seu irmão ou sua irmã, um primo, tio ou avó, até mesmo seus pais te deixaram por algum tempo só? Te rejeitaram, pois estavam magoados com você? Essa semana, no final do culto dominical, comecei a vivencia uma experiência incômoda: um sentimento de rejeição.


Estávamos nos preparando para um evento onde eu iria tocar piano e senti que não era bem a vontade de algumas pessoas em me verem naquela tarefa. Ouvi tal frase: “perguntarei ao “chefão” se isso poderá ocorrer”. Eu fiquei meio sem palavras perante a tal atitude, mas concordei. Eu entendi aquela pessoa. Até ai tudo bem.

Também no final do culto, chamei um amigo muito querido pra ir até a minha casa. Ele é praticamente um irmão. Ele havia esquecido algumas peças de roupa lá em casa e assim, se fosse, poderia busca-las e também conversaríamos um pouco. Fiz o convite e o aguardei, porém nenhuma resposta recebi. Ele, meu amigo, simplesmente sumiu. Até ai, tudo bem.


No dia seguinte, uma pessoa muito querida e muito próxima a mim resolveu me dizer tais palavras: “me dá um tempo! Eu não quero conversa”. Eu sem saber o porquê, qual o real sentido disso tudo, respondi: Tudo bem e a dei um tempo. Até ai, ainda tudo bem.

Fui ao banco caminhando, pra poder sacar um dinheiro em minha conta corrente e tão logo, ríspida, minha mãe me liga: “onde você está? Porque está demorando? Tem certeza que foi ao banco?” (não sei se digo: crises de mulher ou crises de mãe) Aquilo me intrigou muito. Era a minha palavra posta a prova. Graças pelo escape que me salvaria: EU HAVIA RETIRADO UM EXTRATO e a comprovei que tudo o que eu tinha dito era real. Uma prova ainda mais viva: criaram-se calos em meus pés (rs). Aquilo me chateou muito.

Quando tarde de hoje, minha irmã mais nova decidiu fazer uma das coisas que mais me deixa irritado e triste e chegou em casa como se nada houvesse acontecido, preciso reconhecer: até ai, nada bem. Embora calado, me entristeci.

Criou-se em mim um sentimento de rejeição. Isso é ruim. O sentimento de rejeição é um golpe baixo pra nós. Rejeição é um caminho pra solidão e nós, humanos temos medo de ficarmos sozinhos. Você sabia que uma pesquisa publicada na versão eletrônica da revista Science revela que a rejeição e exclusão social e as dores físicas ativam uma mesma área do cérebro? É o chamado córtex cingulado anterior. (Jornal Folha de São Paulo On-line).

Quando entramos no processo tristeza, começamos a nos perguntar: “o que eu fiz de errado?” “qual o problema comigo?”. E Deus começou a me responder todo o meu questionamento de um modo amável, paterno e fidedigno.


Não estamos sós

Minha primeira resposta, vinda de Deus, como se Sua própria voz me tocasse o coração, foi: “Nenhum homem pode estar só se tem o Senhor”. Ele inspirou-me a uma composição, que nem me lembro a melodia, acredito que foi criada somente pra existência daquele momento, mas que dizia: “ainda que uma mãe dos seus filhos a quem concebeu esquece-se, por mais que algo tão terrível acontecesse, Eu todavia, não me esquecerei de Ti. Eu não te abandonarei jamais. Você é o segredo do meu coração” Ah, como aquilo me acalmou...


Eu pude compreender então que o melhor lugar, a maior honra de um cristão, não está em poder realizar, mas em ser a realização daquilo que Deus quer e a minha honra é ser, tão somente, ser de Deus.


Quando, como se quase nitidamente, eu pude sentir que era a voz de Deus a mim, me dizendo: “você é meu segredo” eu me senti importante, pois a aceitação de Deus é o que eu preciso, não de homens. Os homens não sondam as verdadeiras intenções, nós homens erramos TODOS, quem somos nós pra dizer quem pode? Há líder, que são usados por Deus, abençoados e dirigidos por Ele, Deus os usa pra também, através deles falar a nós, mas somos todos, ovelhas do mesmo pasto. Uma confirmação eu tenho, e é a melhor de todas. Por maior que seja a abnegação dos homens quanto a qualquer atitude minha: Eu sou aceito por Deus.


Fui pro meu quarto chorar um pouco e orar. Aprendi uma coisa com Phillip Yance : “vale mais, pra Deus, um questionamento sincero que uma aceitação falsa” e foi isso que fiz, eu orava: “Pai, se é o teu querer, me ajude a compreender. O teu olhar é mais amplo....” Um questionar, não deve ser de forma pirracenta, mas de servo à entender seu senhor. Uma coisa é certa: Deus não erra, mas por ele ser infinitamente maior, por várias vezes não o entendemos. A infinidade de Deus é cabível as nossas vidas. Por diversas vezes também não o compreendemos, pois não buscamos Compreende-Lo.


A sinceridade pela qual me apresentei a Deus me levou a Ezequiel 33 e tão fortemente a calma da certeza de que não era o fato dos meus erros que me afastariam de Deus deu-se no verso 16 “De TODOS os seus pecados que cometeu não se fará memória contra ele; juízo e justiça fez; certamente viverás.” Escrevi no canto de minha bíblia: “obrigado Deus, por Teu perdão”. Por muitas vezes somos tão fadados as nossas mesmices, nosso acomodar de estado pecador que nos deixamos iludir no esquecimento de que Deus é “mui grande em perdoar”. O perdão de Deus não é como o nosso. Ele perdoa. Ele esquece. Como a linguagem teológica consta: “Ele apaga.” “não se lembra mais”.


“socorre-me tão presente.
Perdão por meus olhos buscarem você.
Se em algum dia eu não acreditei em sua existência,
É porque ainda não acreditava em mim.

Contigo não há solidão.
O mundo me abandona em Sua sinceridade,
Mas Tua verdade sempre me foi por vida.
Perdão por me apresentar a Ti com o que sobrou de mim,
Mas sei que só em Ti eu sou algo.

Pobre, pois vendi meus valores ao pecado.
Cego, pois não vejo o amanhã.
Envergonhado. Purifica-me.

Falta você, Deus, pra me fazer.”


Até onde alcança Seu amor?

Propor-se a não pratica do pecado é de fato uma dedicação à tentativa de viver com a intensa presença de Deus em nós. “Deus não habita onde habita o pecado”. Nossa natureza é pecaminosa. Não subamos encima dessa verdade pra justificarmos nossas faltas, mas o pecado embora não nos aprisione, nos acompanha. Deus sabe disso. Ele almeja que não caiamos, mas pecamos, por esse fato ele disse-nos ser “grande em perdoar”.


Hoje, após tantos acontecimentos falei com Deus: “Porque você ainda não desistiu de mim? Se eu estivesse no Seu lugar eu já teria desistido” – graças a Deus por eu não ser Deus – Mas ele me ensinou que nele está tudo. O desejo de Deus é todos se salvem. Pergunte a uma mãe se ela abandona seu filho, mesmo depois de ele ter errado? Ela pode questionar, pois nós buscamos nas pessoas a perfeição e com seu jeito materno dizer: “foi isso que eu te ensinei?”, mas mesmo errado ela não abando, pois o ama. Deus, um ser sem pecado, que busca a perfeição em nós, que tem Sua misericórdia renovada a cada novo dia, que move o mundo por amor. Desistir? Não, ainda não é o tempo pra isso.


O amor de Cristo vai além do limite dos homens. Esse amor rompe a morte e alcança a eternidade. E Deus novamente ensinou-me que TUDO Ele é pra mim: Se eu desacreditar, nEle está a confirmação que será da melhor forma, pois será à Sua maneira. Se eu perder alguma coisa, ou alguém, não estarei só, não preciso lamentar-me, pois Ele é tudo. Quando estou fraco, Ele é a vida e só nele a vida esta, pois ele é fonte de vida e eterna e em abundância. Quando quero entregar os pontos e digo: “não, já não consigo mais.” Ele me “cinge de força” Ele me faz alcançar o céu. Porto seguro. Jamais irá faltar. Deus não se esquece de mim.


O titulo desse poste, falando tanto de um momento atribulado, tanto de uma pessoa, no caso eu, tem esse nome, pois por tanto que Deus faz, é Ele quem deve ser lembrado, pelo seu amor INCONDICIONAL, pela sua graça, amabilidade e presença absoluta. Não somos nós que os olhos do mundo busca, mas querem ver em você DEUS. Não se esqueça a maior honra de um homem é poder ter e ser de um Deus que ainda tão infinito, não se esquece de nós.

Obrigado Deus, por me ensinar novamente.

Matheus Gerhard

converse comigo em: blogdotheus@yahoo.com.br





Dias de Salvação


.........Texto publicado em pastoral de ordem litúrgica da PIBE...............

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus” Efésios 2:08

Se perguntarmos a qualquer pessoa, porque você acha que iria pro céu? Ou: Qual a garantia que você tem que se morresse hoje estaria com Cristo no paraíso? A primeira alternativa que nossa mente nos trás é: “Fui batizado, estou em comunhão com minha igreja, me dediquei a Deus, não fiz mal a ninguém, freqüentei todos os cultos”, enfim, conseguimos arrumar “n” justificativas pra “merecermos” nossa entrada no céu, mas a bíblia nos orienta de que estas coisas, obras que fazemos durante nossa carreira terrena, é apenas uma certificação de vida com Deus, não uma fidúcia de que serei salvo. “Mas se é por graça, já não é pela obra: de outra maneira, a graça já não é graça.” Romanos 11:06

Efésios, no próprio capítulo 2, versos à frente, nos completa o famoso versículo que funda o sentido de nossa salvação. “Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura Sua, criados em Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Um pai sonha pra seu filho coisas boas. Que ele não passe por necessidades. Deus deseja o nosso bem, por isso quer que andemos segundo Sua vontade que é perfeita (Romanos 12:02). Se pararmos pra pensar, em nossa natureza que, embora conheçamos a verdade e quem nos purifica, ainda somos pecaminosos: falta inteligência no ato do pecar, pois se sabemos que pecar é tudo o que há de errado que possamos fazer e que isso nos conduzirá ao nosso próprio sofrimento, por que pecamos? A resposta é: “pois nossa natureza é pecaminosa” (Mateus 26: 41).

Paulo quando escreve sua carta a Éfeso, estava preso justamente pelo amor que tinha por Cristo e seu intuito com esta carta, o livro de Efésios, era de que os cristãos crescessem na fé, no amor e na sabedoria de Deus. É como se embora carregando na carne o sofrimento por escolher a Cristo, ele nos quisesse dizer: “Vale a pena”. Paulo sabia que valores muito maiores do que os daquelas feridas, coisas muito maiores, Deus estava fazendo ele conhecer. Sabe o que difere você de Paulo? O nome dele está na bíblia. No que diz respeito à natureza de Paulo, somos iguais. O diferencial do caráter de Paulo, foi sua escolha em ser de Deus e estar nele como Deus nEle também estava. Deus não é uma visita nem uma consulta, Ele é uma escolha de vida.

A salvação é algo de hoje, ela já começou, existe, vive. Somos salvos do mundo, separados por Deus, embora ainda estejamos nele. Quando o preço é pago, a aceitação é realizada, basta o entender de que Cristo nos tirou do mundo não para que andássemos como de lá nós chegamos, mas transformando-nos, dia após dia, vivenciando o socorro que nos foi dado pela salvação que nos alcançou e nos conduzirá pra uma eternidade salva.

Assumamos uma postura, firmados, em nossas escolhas. Que o discurso tão perfeito tome por alvo primeiro a minha vida pra transformação. “Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo...” (Romanos 2.13 e 16). Não adianta posição! Não somos capazes de justificarmos a nós mesmos, pois justo é só o Senhor. Pra que Deus ache graça em nós, pra que Ele nos conceda um favor, que não merecemos, por simples graça, é necessário que nossas vidas busquem a salvação diária que só nEle se encontra. Salvação quanto às dúvidas, escape de nós mesmos mediante a tudo aquilo que pode nos ofender a alma.

Um bom dia de salvo pra você!

Matheus Gerhard

converse comigo em: blogdotheus@yahoo.com.br