domingo, 26 de abril de 2009

Antigas Cartas paulinas para efésios de hoje III.

estudo 3

Firmeza e veracidade

Nos últimos versos do capítulo 3, nos deparamos com Paulo intercedendo pelos cristãos da igreja em Éfeso, como também podemos nos enxergar, igreja de hoje, como aqueles Cristãos. Hoje muito se prega sobre o amor de Deus, o seu perdão inacabável, porém essas verdades limitam-se apenas aqueles momentos. É como se chegássemos à igreja, retirássemos o paletó das atitudes inaceitáveis a um cristão, que eu posso até não concordar, mas continuo a praticá-las, assistíssemos a apresentação e ao sair dali, cada um retoma sobre si a vida que sempre levou.

Paulo orava pra que a vida espiritual de todas as pessoas fosse autentica. É a veracidade sem discussão, dirigida por Deus, guiada no conhecimento. Paulo diz: “arraigados e fundados em amor” compreender com os santos, com os que já vivem sob a direção de Deus. Assim como uma árvore que suas raízes vão perfurando o chão, pois é dali que ela retira seu alimento, assim quão mais profunda que ela se firmar, não cairá tão fácil vindo os ventos, assim fundemos, construamos nossa base na vida real com Deus e aprofundemos cada vez mais no solo tão fértil de riquíssimas proteínas do conhecimento que Deus é.

Não se perca o seu valor. Assim como a árvore que somos, firmadas no solo Deus, também daremos frutos, (Gálatas 5.22) que eles permaneçam em nós. O Espírito nos faz produzir um fruto nobre que é a longanimidade pra suportar, tolerar, agüentar em amor a todos. Eu, em minha interpretação, digo que mais que suportar, por ser um mandamento de Deus, o fruto do amor faz-nos dar suporte uns aos outros. Assim busque a união com todos, não o comentário desnecessário e destrutivo de alguém que é parte de você. Você olha pra seus dedos e os denigre em maneira tal a destruí-los? Por mais que não sejam como você gostaria que fossem, eles são parte de você e vão conviver contigo.

Acredite: você foi predestinado! Nos versos 11 em diante, do capítulo 4, Paulo descreve muito bem isso. Deus escolheu você e diferentemente de todas as outras pessoas, lhe deu um caminho pra que você trilhe, lhe deu a direção e a qualificação, o dom escolhido por Deus, ou seja, predestinado por Ele, pra que você contribua pra crescimento: DOS OUTROS. É um crescimento constante, aperfeiçoando-se e alcançando a estatura de Cristo, não nos encantando mais com as ideologias “ante-teologistas” que são os enganos dos próprios homens.
Esse fato, acredite, é uma constante notória nos dias de hoje. Quantos cristãos têm prosseguido em “romaria” a algum corredor de milagres? Alimentam o seu próprio engano, enobrecem o bolso de ilusionistas “em nome de deus” e destroem o valor da igreja, não somente perante a sociedade, mas principalmente perante Deus. Busque a real clareza de interpretação dada por Deus e firme-se no propósito de que: é Ele quem sabe de todas as coisas até mesmo te conhece melhor que a sua própria mente.

Dando lugar ao que se tem valor

A modificação e exclusão perpétua do que torna-se incabível a um cristão devem ser atitudes constantes em nossos dias. Não mais dar ouvidos a viagens ignorantes daquilo que nada comprova a não ser o enrijecimento pra não aceitação óbvia da existência de Deus. Insistem na mentira pra basearem seus erros e pecados. Vivem tão somente pra alimentar seus desejos carnais, desistem de viver pra rendição ao pecado. Não é desta maneira que devemos nos apresentar perante o Senhor. Despojemo-nos, pois do antigo estado, transformemo-nos em constância libertando-se do passado e apegando-se aquilo que Deus fez novo, o novo homem, o novo caráter, alimentado e criado, vivendo por base na santidade e justiça permanentemente.

Há um versículo, neste capítulo 4, que contém apenas cinco palavras, porém exprime um peso de qualidade e certeza enorme: “Não deis lugar ao diabo”. O diabo ilude desde muito tempo a humanidade e tem iludido a crentes também. Uma frase que ele sempre diz e que é a maior pedra pra nosso tropeço é: “não tem nada a ver”. Ele te seduz, fixa seus olhos naquilo que o enche de vontade e seu espírito instruído em verdade te diz: não isso é errado. É um pecado. Você escuta, porém não dá importância. O diabo não se contém e é insistente: “nada a ver. Que mal há?” Saiba essa é a tática tão simples, mas que já me iludiu, como também iludiu e ilude-nos na prática de nossos pecado. Ele, o diabo, é mais forte do que você. Somente Deus o pode vencer, porém Paulo nos ensina: Se sabemos do desejo que o diabo tem em nos fazer cair, não vamos dar lugar a ele em nossas vidas. Passemos a analisar tudo e perceptivelmente discernir as coisas que poderão me conduzir ao erro e propor-me a não prática de tal atitude. Esforça-te e tenha bom ânimo na construção e crescimento das atitudes de um servo de Deus.

Imagine se fosse possível alguém te colocar dentro de um pote, um pote qualquer. Este, o alguém que te colocou no pote, nos primeiros dias cuida de você maravilhosamente bem, mas com o passar dos dias, ele resolve alimentar-se, não a você, mas a ele, mas disso tudo, tem sim um pouco que você terá, na realidade é o resto, o que sobrou. Ele come e as cascas ele joga dentro do pote, ele te suja com isso, você no começo deve até irar-se, e reclama: “Hei! isso não se faz!”, mas ele não te ouviu e lá vem mais sujeira e mais sujeira. Qual seria a sua atitude? Eu sentaria e choraria de tristeza. O Espírito santo está em você, mais que um pote, ele habita teu coração. O que temos jogado pra ele? As sobras? As sujeiras? Ele grita! Você tem dado ouvido? E Deus nos exorta: “Não entristeçais ao Espírito Santo” (v 30). Preocupamo-nos tanto em viver bem, em alcançar realizações, mas o que é realmente viver? O que realmente tem valor? O que se tem hoje pode ser nada manhã.

É tão bacana a figurativa de sermos iguais a Jesus. Concorda? Difícil é exercer tal expressão. Não impossível, pois Jesus sofreu e venceu pra mostrar-nos que se pode ter um viver dedicado, integralmente, a Ele. E é assim que somos convidados a dar início ao estudo do capítulo 5 de efésios. Andemos em amor. Cristo amou-nos ao ponto de entrega e é assim que a bíblia nos diz pra que andemos, em amor ao ponto de entrega. Há uma frase linda, que embora o usual dela não me agrade, é uma verdade maior na revelação da prática do amor: “santidade ao Senhor é a maior prova de amor”. Não é um grande manifesto, não é o quanto você pode elaborar poemas, não são suas habilidades, nem cartas, sermões, nada, nada disto é maior do que seu esforço em dedicar-se, ao ponto de entrega, a Deus.

Tenha um cheiro agradável, que sua presença perante Deus seja feliz. Quando o perfume de alguém é muito bom, tanto em quesito de fragrância, quanto potência, ou seja, durabilidade de seu cheiro. Apenas o passar de tal pessoa perto de nós é algo que mexe conosco. Quando falo de cheiro, lembro muito de minha avó materna. Quão bom era seu colo! Sua face tinha cheiro de pó de arroz (produto antigamente utilizado como maquiagem) e seu perfume, um cheiro que jamais senti noutro lugar. Te contei isso, pois assim como esse cheiro, inconfundível, diferente e agradável é que devemos viver. Cheiro de vida, pois é familiar a Ele. Após um banho de arrependimento, utilize o cheiro de comunhão com Deus. Doce cheiro, precioso perfume.


Deus te abençoe muito!
Tenho certeza que é o desejo dEle.
E o seu? Queres ser abançoado?
Já contou a Deus sobre isso?
Não perca tempo, ore a Deus agora.
"a Seu tempo Ele tudo dá"


Boa semana!
Matheus Gerhard!


converse comigo em: blogdotheus@yahoo.com.br

domingo, 19 de abril de 2009

Antigas Cartas paulinas para efésios de hoje II.

estudo 2

A salvação e a unidade

O perdão de Cristo nos salva todos os dias de nossa condenação. Estava escrevendo um artigo para publicação da ordem litúrgica da PIBE o qual deveria falar sobre salvação (o texto, em sua íntegra, pode ser lido em postagens anteriores: “Dias de salvação”) e algo muito interessante Deus me ressaltou, me fez pensar. Vivemos pensando que salvação é o ato de sermos arrebatados nos fins dos tempos. Esta salvação é a certeza de vida eterna que temos por meio de Cristo, no crer nEle ao tê-lo encontrado, cumprirmos os propósitos dEle, a qual Ele nos predestinou e termos sidos salvos do mundo. A salvação, porém estende-se, ou melhor, inicia-se muito antes do fim de tudo. Ela é o escape do mundo, o socorro bem presente que nos foi dado, e que é dado ainda a quem quiser. Socorro do mundo, livres, encontrando a verdade em Deus. A salvação não é simplesmente o ato eterno, mas ela começa aqui. Ela nasce aqui com o intuito de conduzir-nos a eternidade. Sou salvo, não posso continuar na mesmo posição a qual Cristo me encontrou. Agirei como salvo, ou seja, separado, ainda que não isolado, mas afastando-me do que é mal. Qual cativo quer voltar ao cativeiro? Nossa carne sim, ela sente falta, necessidade, de alimentar-se dos atos indignos, ela quer voltar à escravidão, voltar à vida de pecados. Sejamos salvos de nós mesmos. Salvos de nossos deleites.

O primeiro momento da salvação está expresso nos versos 4 e 5 do capítulo 2. Partiu de Deus o amor, o desejo de viver perto de nós. “Ele nos amou primeiro e é riquíssimo em perdoar-nos”. Ele nos salvou e está disposto a perdoar-nos sempre. A vida é regida desta maneira, pois Deus pensa em nosso bem. Quer guiar-nos, por ser bom, até mostrar-nos as abundantes riquezas de Sua graça. Em tudo isso, vemos claro o mover do Pai. Passam-se os anos e Seu amor permanecer. Salvação é um dom de Deus. Único. Somos agentes de salvação, mas quem livra e quem resgata no mundo, é Deus. Não somos mediadores, pois apenas Jesus o é, não há outro. Nenhum se quer que interceda por nós além de Cristo - ninguém vai ao Pai se não por Ele (João 14: 06) -, mas somos porta voz do amor de Deus que sempre venceu e vencerá. Ele diz-nos que por nada seremos salvos, mas sim por um favor sem merecimento algum, não é por glória, mas por graça através da fé que a temos. Quando acreditarmos que Deus pode salvar-nos, Ele fará. E quando duvidamos de seu escape, ele surpreende-nos com seu auxílio. Ele nos fez, pra que andemos nas coisas Dele, nas obras, na maneira, no agir ao qual preparou-nos.

A cruz uniu o homem a Deus. O Seu plano salvador nos levou para perto dEle (2-13). Em Cristo, todo aquele que estava longe, no mundo, perdido, pode voltar a comungar e desfrutar da presença real e viva, perceptível, de Deus. Há uma chance pra modificação de vida. Morreu, junto com a cruz, a separação que havia entre o povo e Deus. Como nos separar dos véus, rompeu-se a distância, aproximou-se a comunhão. Um só corpo. Propriedades nós somos novamente de Deus. Entregues a Ele pra que Ele governe sobre nós, sobre nossas emoções e atitudes. Não é mais necessário, que alguém mais santo, mais dedicado que eu interceda por mim, eu posso conversar com Deus agora. A intimidade com Deus é privilégio de todos, não mais apenas de alguns. Assim como a santificação do corpo pra apresentação a Deus, um dever fatível. A busca por Deus, a vontade e a dedicação em conhecê-lo te moverá. (Mateus 7.8) Somos concidadãos dos santos e da família de Deus (2-19).

A união da igreja só será possível se a mesma for alicerçada na verdade, na revelação que não falha. A bíblia: verdadeira revelação de Deus (2-20). Fundemos nossa fé nas escrituras, pois os apóstolos foram, pelo próprio Senhor, autorizados a falar em Seu nome, da parte dEle. Eles foram pedras fundamentais para a construção e o estabelecer da igreja. As palavras que Cristo, através destes homens, fez-nos saber são de estrema necessidade pra unidade do corpo. Se Cristo falou, convenhamos que seja a melhor maneira. Pensamos de maneiras diferentes e é esse pensar desigual quem gera a separação. Na figurativa de um corpo, imagine: se meu lado esquerdo quisesse ir para a direita e o meu lado direito o oposto, comprimir-nos-íamos, mas não sairíamos do lugar. Cristo, como cabeça, mentor, nos dirige em sintonia. O evangelho concedido aos apóstolos é a fonte permanente para orientação da igreja.

Cumprindo a carreira

Paulo descreve literalmente seu estado no capítulo 3, ele estava preso, porém ainda em tal estado não deixava de cumprir o plano a qual Deus tinha para sua vida a designação de seu ministério. Cumpria porque amava a Deus e tinha plena consciência de que aquela era a sua vida. Vivia pra Deus. Hoje desistimos tão fácil de nossos ministérios, esquecendo de que o realizar do mesmo é a nossa dignidade para com o Pai. (Lucas 9: 62) A figurativa da prisão de Paulo pra nós é: Hoje temos que cumprir tantos afazeres, estamos “presos” a tantas coisas. Devo continuar ou desistirei daquilo que um dia Cristo me elegeu? Buscarei primeiro o reino dos céus ou a mordomia de minha satisfação terrena?

O nosso ministério real de Cristo é quando os holofotes estão desligados. Podemos então perceber se nossa luz permanece acesa. Há um tempo atrás ser músico na igreja era cumprimento de serviço cristão, líder de louvor era uma palavra que não existia no âmbito da igreja brasileira, apenas um condutor dos períodos de cântico. A coisa foi crescendo de maneira tão rápida que parece que sempre existiu. Então surge o fortificar de “um novo tempo” na música cristã popular brasileira, a principio, uma idéia ótima de difusão, expansão, mais um meio pra pregação do evangelho, porém muitos dos que iniciaram seus ministérios terminaram no mesmo ponto onde começaram. O evangelho não foi pregado, o mundo não ouviu falar, ou até ouviu, mas não causou transformação e sobraram-lhe apenas alguns aplausos. O problema não é começar uma carreira, mas distinguir se esta começar dirigir-nos ao invés de Deus, pois ela nos encaminha por onde não deveríamos andar. Perdemo-nos em nossas próprias vaidades ao tentar encontrar-nos em nossa perdição, fadados ao fracasso. Saiba o querer real de Cristo e peça que em tudo Ele o dirija.

Paulo descreve, dando o exemplo de si mesmo, com suas palavras, se colocando na posição onde os cumpridores do querer de Deus devem ocupar (3-8). Devemos ter a grandeza de sermos pequenos. A graça é quem nos torna alguém melhor para cumprimento do que fora proposto por Cristo. Deus que tudo criou, recheou-nos com dons, em sua multiforme graça, espalhou de maneira diversificada em cada, um dom. Precisamos dedicar-nos ao querer de Deus que é melhor que a vida, ou melhor, Seu querer é a vida. Deus tem propósitos para as nossas vidas. Ele te qualificou pra glória dEle e é uma honra poder ser usado por Deus pra trazer toda a glória a Ele. Como um espelho onde não se pode refletir imagem alguma se não a Deus, pra que a glória seja só dEle.
“temos o tesouro em vasos de barro, pra que a excelência do poder seja de Deus e não nossa” (II Coríntios 4.7).

Em minha vida pessoas eu aprendi o que é ofertar algo ao Senhor. Oferta é algo que lhe custe alguma coisa, se não for assim deixa de ser oferta e recebe o nome de sobra. Não importam as minhas limitações, darei a minha oferta ao Senhor e calarei SEMPRE a minha voz pessoal que tenta ser contrária. Nós estamos a cada dia mais nos acostumando a dar ao Senhor aquilo que nos sobrou, quando não nos deparando a triste realidade de sobrar nada. Ainda que não seja sua vontade, oferte seu tempo a Deus, oferte seus talentos a casa dEle. Os ministérios mais lindos são aqueles que fogem o olhar dos homens e acontecem mediante a vontade de servir a Deus. Busque primeiro o reino dos céus e todas as outras coisas virão e não faltarão.


Boa semana!
Deus nos abençõe!
(Benção: Agir em prol do bem de alguem. Pense nisto!)

Matheus Gerhard


domingo, 12 de abril de 2009

Antigas Cartas paulinas para efésios de hoje.

estudo 1

Aprenda também, assim como pude entender, valores riquíssimos contido aqui.

Desenvolvi uma um pequeno estudo que gostaria muito de compartilhar ao longo deste mês com pessoas tão maravilhosas como você, sim, você mesmo quem está lendo este Texto. Leia-o até o final, eu creio que foi Deus quem te trouxe até aqui pra Ouvi-lo um pouco mais.

Ao término de todas as postagens referentes a este estudo, postarei ele por completo. Bom, vamos prosseguir e conhecer mais do Senhor?

A visão do livro de efésios são os anseios de Paulo para que os cristãos, seus leitores, crescessem na fé, no amor, na sabedoria e na revelação de Deus. Seu desejo era que o modo de viver de cada um fosse digno de Cristo. Ele trata de como somos redimidos por Deus ressaltando a redenção à graça por meio da fé em Deus que nos reconciliou a Ele. Há uma expressão paulina que aparece cerca de 106 vezes nas epístolas de Paulo, dessas, 36 vezes escritas no livro de Efésios que diz: “em Cristo”. Mesmo preso por amor a Deus e por insistência daquilo que pregava, Paulo queria nos advertir em entrelinhas: “siga este amor, pois sempre, acima de tudo, valerá a vida”.

A resultante que tirei de Paulo, em sua mensagem ao cristão, contida no livro de Efésios, é: Tudo o que fere a carne, no sentido de abatê-la, ou seja, ir contra, alimenta seu espírito. Algumas vezes, o diabo chama este ato de ignorância espiritual, porém o Espírito o dita como busca por santidade. Mate a sua carne. A morte dói, mas a doença é uma dor prolongada. Se teus “tenhos” enobrecem teu coração, desfaça-se disto, aprendendo que nada temos deste mundo.

Deus, através de Paulo, em sua carta aos efésios nos diz como agir perante a vida. Deus quer que nos fortaleçamos, dia após dia em nossa fé.

A posição de Deus quanto a nós

Nos primeiros versos deste maravilhoso livro, vamos nos deparar com a figura de Deus, sua magnitude e eficácia e o presentear de Deus. Amor expresso na preocupação de pensar e querer o nosso bem. Deus, desde a criação do mundo, preocupa-se com o homem, deseja uma relação de intimidade com sua criação, por amar de tal medida incalculável. Muitas das vezes pensamos, em ausência de conhecimento, que Deus nos serve. Pensamos que Ele existe pra satisfazer nossas vontades, mas a realidade é: Deus supre a seus servos. Suprir é dar aquilo que se necessita. Ele nos designou e está bem claro: fomos criados por Ele, para Ele (v4). Nós devemos servi-lo.

Durante muito tempo, a palavra intimidade me transtornou um pouco, pelo fato do sentido desta que conduziu a tantos por viagens eloqüentes, afastados e distorcidos daquilo que é a real comunhão com Deus. Até que alguém em suas canções disse: “ser um só com Teu Espírito, em doce comunhão, profunda e santa intimidade”. A relação de Cristo com seus filhos, noivo e noiva, essa intimidade, no seu sentido real e santo, é o trato, ou seja, a forma do qual carinho e amor que Cristo tem pra dar a nós e a resposta a esse amor através de nossas atitudes, na força e desejo expresso em dedicação, na busca pela forma a qual Cristo quer que assumamos. Isso não significa a supremacia de um desejo meu suprido. Ele por beneplácito, por Sua aprovação, vontade, deu-nos a honra de sermos chamados filhos de adoção, por meio de Cristo. Essa intimidade, esse desejo que Deus tem de termos comunhão constante com o espírito, torna-nos agradáveis a Deus, pela graça (v6).

Deus sabe de nossa natureza. É como se houvesse um plano B. O propósito da criação do homem é viver em plenitude com Deus, a essência primeira do homem era perfeição, mas Deus, que tem ciência de Tudo, nos amou e religou-nos a Ele após a queda do primeiro. Deus sabe que somos falhos e Sua posição quanto a essa natureza é de mui grandeza em perdoar (v7). Ele fala que temos redenção nEle, pois Sua graça existiu ao ponto de sobrar.

Quando passamos por momentos de dúvidas, mui dificilmente tomamos decisões por nós mesmos, porém Deus aconselha-se consigo mesmo. Ele não precisa que digamos a Ele a maneira como agir. O conselho de Deus é Sua própria vontade. Ele não precisa de ajuda. Nós somos meios pelo qual Ele age. Temos a mania de em nossas orações dizer: “haja com providência. Vá, cumpra Deus”, busque-O em confiança, confiança tamanha e em sabedoria dizendo a Deus: “Eu O conheço e sei que são melhores os Seus pensamentos que os meus, a Sua maneira é melhor que a minha. Eu Te conheço, confio. Que tudo aconteça segundo o beneplácito Teu” Que tudo aconteça segundo a aprovação de Deus, segundo a vontade dEle. Experimente perguntar a opinião de seu Pai antes de tomar decisões. Nós precisamos de orientação, Ele é.
Boa semana!
Matheus Gerhard
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Espírito de Vida
Cantor: Diante do trono
letra e música: Ana Paula Valadão Bessa

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Feliz Páscoa!

Há um porque na história do sacrifício e muito mais que a morte em si, e o doloroso e custoso sacrifício, essa causa deve nos ser viva nos dias de hoje. Um sentimento que através de extremo antônimo, ou seja, de alta dor, ele é causa pela qual o próprio Deus desce e humilha-se: Foi por amor!

Por uma causa...

Quando Deus decide vir ao mundo, o cume da história, a realização, a maior prova, ele sempre enfatiza que ama a humanidade, os próximos, como assim familiariza-nos são as razões. Quando Ele veio disse: por você. E quando Ele viveu disse: pra te ensinar. Quando Ele subiu a cruz e prendeu-se, Ele disse: Você é livre! Consuma-se o ato e quando ressuscitou disse: voltarei.

O pastor torna-se ovelha, o criador, a própria criação. O Pai toma lugar de filho, filho de muitos irmãos. De Senhor a servo. Pergunta-se por quê? Pergunta-se pra que? Dentre muitas respostas sintetizam-se todas numa só: Por amor.

Quando de frente a Jesus, lembrando a extensão de Seu amor, amor dos braços SEMPRE abertos, até nos momentos mais agonizantes. A causa, a motivação que ele teve, a coragem que moveu o mundo com todo o seu potencial ideológico, intelectual e existencial estremecendo os mundos, potestades e principados, sol, céus, trovões e em tudo revelava: “Você filho, é a minha causa.” Nesse estremecer de tudo podemos ouvir nosso nome, e adjunto dele a segunda oração: “és a minha causa. O amor que tenho por você moveu-me.”

Quando no principio de tudo, de todas as criações, foi ao homem a quem Deus se apega e orgulha-se e amou. Por ser tão imensurável, de extensão à medida de Deus que nós, seres meramente humanos não conseguiremos nunca explicar o que motiva o dono do universo se fazer humilde, semelhante a homens e mortal. Humilhação, pois de Santo vem tomar forma de homem e semelhante em vida e morte. Ele não conhece o pecado, mas esponja, ou seja, puxa pra si os pecados dantes nossos.

O pra que, sabemos todos: Pois se pagou a divida de nosso pecado. Quando os anos passam, ainda mais perto de nós ele quer estar. A sabedoria de podermos compreender e sentir que dia após dia Deus, que por muitos motivos poderia nos abandonar, decide perdoar-nos e o vivenciar disto é o nosso dar sentido, dar real ouvidos a mensagem a qual Cristo queria propor na cruz.

Envergonho-me quando de frente a Jesus lembro-me que tanto valor temos pra com Ele e qual o valor que Ele tem ocupado em minha vida? O que eu tenho movido por Ele? Um Deus que move o mundo pra dizer que ama, pra chamar, por muitas vezes, que dispersos estamos, a nossa atenção, merece o meu mover, que ainda qual maior que seja, perto de tal amor, torna-se pequeno, mas é válido e de grande riqueza pra um Deus que realinha o curso da história e faz tantas coisas, que renovou tantas vezes nossa aliança, é a essa causa pela qual eu devo dar-me pra que ela seja completa e respondia...

...a causa do amor.


Feliz libertação!
Matheus Gerhard


A paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo
Segundo o evangelista Mateus

Johann Sebastian Bach


Venham, filhas; ajudem-me a chorar!

- Olhem!

- Quem?
- O noivo.

- Olhem-no!
- Como?
- Como um Cordeiro.

- Olhem!
- O quê?
- A Sua paciência.

- Olhem!
- Para onde?
- Para as nossas culpas.

Olhem-no por amor e clemência,
Ele carrega a madeira da própria cruz.

Ó inocente cordeiro de Deus,
Sacrificado no tronco da cruz,
Sempre paciente;
Apesar de seres desprezado,
Suportaste todos os nossos pecados.
Sem Ti teríamos nos desesperado.
Compadece-te de nós, Jesus.


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P.S: Dediquei-lhes feliz libertação, pois páscoa, em primeira instância, eram os festejos do povo hebreu pela libertação do Egito, comiam-se carne de cordeiro, uma erva amarga, pão e o vinho. Cristo vem e muda o sentido da páscoa, novamente liberta a seu povo, não mais dos Egípcios, mas do pecado, pois temos justificação nEle.