segunda-feira, 10 de maio de 2010

Uma análise de meus confins

mensagem que preguei em um culto de oração por missões na ultima quinta-feira passada.

“E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele.” 1Coríntios 9.23.

Eu estava sentado no ponto de ônibus esperando minha condução para o trabalho, já tarde da noite e por saber que iria dirigir o culto de oração, em favor de missões em minha igreja, comecei a orar e a pensar no que iria falar, como direcionar nossos pensamentos, naquela ocasião.

De repente um jovem com ar de dono do mundo passou por mim... O ser humano tem a facilidade de se iludir com o mundo que não é dele. “Este mundo jaz do maligno” e o homem, facilmente, se apega as coisas materiais. Este é um dos artifícios mais usados pelo diabo para iludir a humanidade.

...Aquele jovem, de peito estufado, com ar de autoridade fumava, pensando externar beleza... O diabo não só arrecada vidas, mas as aprisiona. Faz servos, escravos. O diabo não se importa conosco, ele se importa em tomar-nos de Deus.

...Visivelmente transtornado, aquele rapaz caminhava em longos passos, fazendo com que sua mãe, que vinha atrás, ter que correr... A primeira consolidação do pecado é tornar-nos egocêntricos. Pensamentos voltados para si mesmos, uma vez que a satisfação do amor é importar-se e fazer crescer o outro. ...Podia-se, nitidamente, observar isso naquela situação...

...A impressão que tive, ao observar a cena, é que aparentemente à mãe daquele jovem teria ido buscá-lo e este que, não contente com o ato da mãe, saiu a longos passos, deixando a mãe pra que corra atrás dele, isso a quatro dias do dia das mães... É triste ver um filho desmoralizar e desvalorizar aquém a ele deu a oportunidade de viver, como também é triste ver um mundo desvalorizar aquém nos deu a oportunidade de viver.

...Ah como meu coração ao ver aquilo. Tenho certeza que há milhares de jovens que fazem seus pais infelizes. Ao ver essas situações, o Espírito nos constrange a nossa responsabilidade: Como seria se tivéssemos mostrado a essência de Deus, que é o amor, aquele jovem?

Quando eu comecei a analisar os meus confins, eu me deparei com a necessidade de algumas mudanças:

A primeira delas foi:

Um dos grandes erros que temos é observar situações ao nosso redor e lamentar.

Não temos que dar antídotos, vacinas preventivas às pessoas para que não venham pecar. Antes de prever uma doença, é necessário cura-las da sua. Temos que dar o remédio para curá-las:

“E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque eram muitos, e o tinham seguido. E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.”. Marcos 2.15-17

Jesus não instituiu a igreja e esperou que as pessoas fossem até lá. Ele foi aos perdidos. Eu também preciso ir.

Quando formos limpar pecados, encontraremos dois tipos de ambientes:

1º) Aquele em que o pecado já dominou e transpareceu as janelas, ou seja, onde as imundices estão realmente aparentes. Não pasme em ter nojo vença tal sensação, pois o pecado é nojento, porém vemos isso melhor, com mais nitidez nos outros, pois quem a si esmo denomina-se imundo?

2º) Aquelas pessoas em que, ao retirar a tampa dos “bons costumes”, mediante a sociedade, encontramos o mesmo produto: a necessidade de mudança e o rompimento de cadeias, libertação.

A segunda necessidade de mudança que encontrei foi:

Preciso acordar para a realidade do meu cotidiano.

Se eu começar a escrever um versículo aqui, tenho certeza que todos nós vamos completá-lo, tente realizar o teste:

“e não vos conformeis com...”

Em Romanos 12.2, o referencial de cristianismo, o apostolo Paulo, nos escreve: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação de vosso entendimento para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Deveríamos ler, ou ao menos, falar, umas três vezes ao dia, esse versículo. Uma das pedras da construção do caráter cristão sintetiza-se aqui. Não fomos transformados, na realidade nós demos início a nossa transformação, que é galgada de glória em glória.

“não vos conformeis com este mundo...”.

Para praticarmos esta verdade, eu preciso sair, ou aprender, isso implica oração e empenho na prática; preciso aprender a por os pés na rua e me incomodar, me sentir insatisfeito, com o que tenho visto nelas ou em meios que as retratam (t.v, rádio, internet...). obcecar-se por uma religião, fanatismo religioso, não revela nenhuma atitude de vida com Deus, mas amá-Lo nos faz diferentes deste mundo e de religiões. Por que quem conduz a igreja de Cristo é o próprio fundador, não o contrário.

Todo homem busca se sentir bem, esta é a peregrinação de muitos por toda a sua vida. E nessa busca, as mais claras são duas alternativas, no que diz respeito a confortar-se.

1ª) Acomode-se. Conforme-se e se iluda pecaminosamente, com o mundo em que você vive.

Mundo este que não te pertence, pois se somos novos, este mundo já passou, aguardamos também o que é novo e nos tem sido preparado: “novos céus e uma nova terra” (Apocalipse 21.1).

2ª) Não se conforme, vá até onde for seu alcance, transforme o meio onde você está inserido, incomode-se.

Como ter conforto se do lado de fora de sua janela às paisagens não te trazem tal sentimento? Sentir-se bem, ter conforto e sentir-se em paz pra viver de maneira como deseja, não como ambiciona.

Em um desses dois pontos acima estacionamos nosso conforto. Se você possui alguma alternativa extra, por favor, me mostre, em título de crescimento de conhecimento, porém não existem meios termos, a ainda que deturpem o sentido de tal palavra, a verdade é absoluta.

Sim, você se move.

Não, você mesmo incomodado, pois o Espírito de Deus que em nós age a nos incomodar, não se importa, mas se ilude.

“...pela renovação de vosso entendimento...”

Quando renovamos nosso entendimento, isso significa entender, interpretar, ficar sabendo, ouvir Deus através do que e/ou quem Ele usa para falar-lhe, ou seja, compreender o que Deus está a nos falar. Devemos transformar-nos nessa renovação de mente. Nessa renovação de compreensão das verdades, absolutas, de Deus.

Se eu reconheço que não estou na prática, ou estou fora do que Deus me instrui, renovo minhas atitudes no entendimento de saber que preciso fazer e se não o faço, estou pecando. Quando começamos a por em prática isto, crescemos. Tornamo-nos aptos a experimentar a Deus.

“...para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Uma amizade só se constrói com a prática do relacionamento, revelada na convivência e envolvimento, na atividade do amor, mútua. Deus quer nos ouvir, mas quer falar a nós, estamos atentos?

Quando você conhece uma pessoa, você começa a entender, mais claramente, o porque de algumas decisões de reprovação dela e vive melhor com isso. Com Deus é a mesma coisa. Não o compreendemos muitas vezes, porque não buscamos compreende-lo. Ele que mesmo que tenha o poder de agir com quer e sem necessidade de explicar-se, o faz por que ama e sente o nosso sofrimento.

O relacionamento com Deus nos propicia considerar a reprovação de nossas vontades, boa e agradável, pois a vontade de um Deus que é perfeito, não tem como ser imperfeita.

A terceira necessidade de mudança que encontrei foi:

Preciso renovar-me e por em prática as palavras de Deus.

Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” 1Coríntios 9.14

1º) Se eu não me empenhar em viver e praticar este evangelho do qual prego, eu tenho o considerado nulo. Se eu não pratico o evangelho, de nada vale defende-lo.

2º) preciso tocar imundices e pessoas que estão aprisionadas em seus pecados.

“Não pasme em ter nojo do pecado, mas tenha compaixão dos que estão presos a ele”.

Matheus Gerhard

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