sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O livro da alegria IV


estudo 4

Eu quero o que é certo?

Se, na íntegra, todos vivessem aquilo que julgamos correto, viveríamos de maneira que nós mesmos julgamos a correta. Ás vezes eu me pego em pontos falhos, pois ainda que me esforce pelo viver a Cristo 24hrs por dia, sou falho e alguns pontos, que até já sei como agir falho. Para essas horas me recolhe a graça salvadora que me dá por presente o perdão de Deus.

Sempre quando encerro o culto das crianças, aos domingos, no período da noite em minha igreja, eu me preocupo em orar a Deus para que todo o conhecimento ali adquirido possam ser verdades nos atos do cotidiano das crianças e no meu também. Toda palavra lançada ao vento, ainda que encontre um receptor, só fará efeito se este ouvir a mensagem, entender, e aplicá-la. A melhor forma de conhecimento é a prática. Pergunte uma cozinheira se seu conhecimento limita-se apenas nos livros? Aos mecânicos, diga a eles se sua teoria, por si só, realizam seus serviços? Em qualquer setor, as pessoas lhe dirão que, todo o conhecimento, é melhor assimilado quando praticado, sendo assim, porque com Deus é diferente? Porque cumprir suas palavra é algo tão difícil para alguns?

No verso 16 do capítulo 3 da carta que baseia nosso estudo, vamos encontrar um bom conselho de Paulo: “... naquilo que já chegamos, andemos segundo a mesma regra e sintamos o mesmo” Algumas pessoas têm problemas quanto a isso. Nas palavras de uma grande pessoa na minha vida, adjetivaria tal ato, o de não praticar o que se julga correto, de: “exquisito”. É esquisito e triste, pois se nós temos o conhecimento da vontade de Deus em nós, se julgamos O amar, porque O desobedecemos?

Não é tarefa fácil uma vida com Deus. A abdicação das vontades carnais, dos nossos desejos, das ambições, e da não prática das vontades de Deus é o amor expresso na forma de atos. Em romanos (12.1) vamos encontrar a compreensão de que essa tarefa é complicada, pois Paulo a denomina de sacrifício, porém como eu sempre disse, tais atos trazem glória a Deus, pois este é o nosso culto, nossa forma de adorá-lo com o que julgamos correto. Há uma ponte entre o verso 16 do capítulo 3 de filipenses, com esse texto, o de Romanos 12.1. O que você aprende, não jogue fora, nem venda tal conhecimento advindo de Deus, ou o troque, por postura mundana, que visa apenas o agrado e aceitação dos que te rodeiam. Ame a Deus.

Pra quem leu a parte deste estudo que é anterior a esta, entende que esta posição e postura firme, refletem a maturidade Cristã. Existem pessoas hoje, dentro da minha e da sua igreja que, quando são exortadas a estes pontos ainda se acham com falhas em demasia, pois não vive a integridade da nova vida proporcionada e vivifica por Deus. Muitos querem o avivamento de suas vidas espirituais e alguns, infelizmente saem frustrados de tal busca, pois, simplesmente não tiveram uma vida raizada em Deus e não esfriaram espiritualmente, apenas não cresceram no conhecimento e aplicação contínua das vontades, santas, perfeitas e agradáveis de nosso Deus Pai.

Eu tenho a mania de dizer que nós somos aquilo que ouvimos. Tornando mais abrangente e explicativa essa minha expressão, advogo que eu e você construímos nosso caráter, na linguagem dos mais poetas posso dizer, forjamos nossa estatura, ou seja, quem nós somos a partir de exemplos que julgamos bons. Em uma generalização de análise, perceba os músicos, eles preferem o não materialismo e o maior valor não se encontra no que vestem, embora queiram parecer formais. Os roqueiros preferem o luto, os que admiram o Funk cultuam claramente o corpo. Se você reparar, no que você anda ouvindo, lendo e vendo, poderá perceber, em seus atos, sinais dessa expressão. Nós cristão, andemos como cristãos. Você pode perceber sinas de Cristo em você?

Se você parar para ler Paulo, um grande homem de Deus verá um exemplo vivo de dedicação a TUDO aquilo que conhecia de Deus. Na história, tanto bíblica como fundamentológica, após a conversão de Paulo não há julgo sobre um ato que cometera e que fosse capaz de incriminá-lo. Paulo diz-nos para que seguíssemos o seu exemplo. Eu não vejo esse exemplar como algo de totalidade. O maior exemplo a ser seguido é Cristo e não tão abrangente é Pulo, pois é homem de Deus em busca de santidade e assim devemos viver. A postura de Paulo, seus ensinamentos, firmeza, caráter e veracidade nos dão sim, base para ser um exemplo para nós, mas assumir uma postura de crentes é assumir a vida de Cristo. Sedes santos, pois (Deus) é santo.

No estudo teológico dos versos 17 e 18, vamos encontrar qual era a preocupação tamanha de Paulo quando escreve tal expressão: “sede também meus imitadores”. Paulo tinha grandeza em si, em seus atos, pois possuía convicções firmes e seu coração ficava muito preocupado quando o evangelho era distorcido e por isso pessoas das quais ele ensinavam corriam o risco de perderem-se espiritualmente, abandonando sua fé. Paulo diz que “cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós”. Tudo o que já aprendiam e aprendemos até hoje, devemos cultivar, basear segundo a vista vital cristã.

Quando Israel se dispersa

A motivação terrena do homem nunca foi Deus. A motivação terrena de Deus sempre foi o homem. O plano de Deus para o homem é incabível nos pensamentos objetivados dos homens. Loucura para os intelectos e revelação para os que sabiamente caem na realidade de, depois de tudo o que já aprenderam se sentirem incapazes mediante a tamanha glória de Deus.

É claramente notória a observação do declínio, de como num ciclo vicioso, humano e explicito nos tempo da história. A novela se repete. Mudam-se os personagens, as situações até variam-se, porém a trama é a mesma.

Israel, em questões geográficas e históricas, foi um povo que Deus chama de seu. O velho testamento, o vejo em sua obra completa - inicio, meio e fim -, observo o tratado de Deus, sua insistência e paciência com aquele povo. Deus revela-se como ele o é. Em um belo livro de Philip Yancey, encontro um bom resumo da importância do antigo testamento: “é impossível entender (conhecer, saber que Ele é) Deus sem ler o antigo testamento”. Expressões usuais na atualidade são legados permutados, desse maravilhoso exemplo de amostra da pessoa de Deus: “Senhor dos exércitos”; “Deus de Guerra” ; “Deus altíssimo”. São diversas as exclamativas adjetivadas ao nome de Deus. Todo o contexto vivido naquele tempo explica tais expressões. Questões culturais de grandes conflitos físicos mesmos, aflições e medo. Originam-se assim grandes expressões no velho testamento.

Assim como termina o bloco histórico, denominado velho testamento, no livro de Malaquias, vejo também o “the end” de uma história de amor e ensino de Deus. É o fechamento da história. Como se sentisse Deus ao meu lado, mostrando sua visão, aquilo que naquele tempo os israelitas não enxergavam. O desfecho histórico permuta como obra de intelecto aplicável para ciência existencial. Mas este é o momento do Príncipe da Paz, da libertação. Se cativos no deserto, Deus encarnado nos vem com o pagar do alto custo da liberdade.

Há uma semelhança entre os dois testamentos que gostaria de desenvolver aqui: Quando o povo se dispersa. A realidade, como já introduzida neste tópico, é que o homem nunca se contentou com sua vida neocristã, ou seja, nova em cristo. O fato da inclusão de uma nova forma de vida, que por mais que aplicada e vivida em alguns aspectos, não o elimina de seu desejo pelo palpável, sinais de uma natureza voltada ao pecado. A vida com Deus não se torna suficiente apenas no fato de conhecer a Deus, acreditar nEle e viver da maneira que O agrada, a vida do homem precisa de alicerces que, por muita das vezes, não é o próprio Deus. Escora-se em dinheiro, sexo, desejos compulsivos e outras formas de satisfação.

Olhe dois pontos do homem ingrato do velho testamento e hoje. Recito-lhes um fato decorrido nos tempos de Moisés: é de conhecimento generalizado toda obra, e grandiosa obra, realizado por Deus em revelação de seu amor e preocupação com Seu povo. Fato único e ocorrido apenas no Egito e uma vez apenas na história de todo o universo: Deus abre caminho onde não há. Ele age assim também em dias atuais. Um fato tristemente relatado pela bíblia é uma triste atitude tomada pelo povo liberto do Egito após seu escape: Ajuntam o que tem, não para o culto a Deus, mas para fundição e construção de um bezerro de ouro que ocupa o lugar de Deus e menospreza todo amor, revelado em atos, de Deus. Cristo rasga o véu, há igrejas hoje que o costuram e publicam ideologias profanas de que há um lugar purificado e santo em templos atuais. Deus quer ser o governante de nossas vidas, pois nEle há a real vida e muitas vezes escolhemos o aprazer da carne ante a Cristo.

Desde a criação aos dias atuais há um enorme desejo movido de amor no coração de Deus: Ele almeja, e trabalha pra isso, que todo homem conheça a liberdade. Liberdade de si, de todo engano, de todo malfeito auto-ocasionado. Quem ama cuida, por maior que seja a ingratidão.

Israel, eu e vocês nos dispersamos, quando o que nos conduz não é verdade, mas o supremacia de um desejo meu cumprido. Dispersamos-nos e nos perdemos pelo deserto, por longo período, quando o alvo se torna palpável, quando o bezerro do dinheiro, sexo, prostituição e atos compulsivos são emergidos, adorados e ocupam lugar de primeira instância em nossas vidas.

Paulo diz que muitos usam de mentiras cristãs para iludirem os de Cristo e relata o fim dos que conduzem a outros, na ausência de conhecimento de Deus, ou na proposital postura do erro: “o fim deles é a perdição”.

Matheus Gerhard
Bom final de Semana

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