domingo, 8 de novembro de 2009

O livro da alegria V - final -



Regozije e Alegre vós filhos de Sião

Nós vivemos um pouco afligidos, tenho que confessar. Concordo com a expressão que quão mais confrontante é a palavra, quão maior exortação nos trás, maior é sua aplicabilidade, porém hoje, nessa quinta, e ultima, parte de nosso estudo, quero nos trazer refrigério do Senhor, alegria, alacridade, exultação e jubilo.

O texto, do querido Paulo, em seu capítulo quatro, depois de um conselho ao ministro que cuidava da igreja de Filipos, quanto a duas queridas irmãs que estavam em confronto, ele diz: “Regozijai-vos sempre no Senhor, outra vez digo: Regozijai-vos” (4). Há tranqüilidade, calma. O apóstolo nos acalma no Senhor.

Somos tão exortados, necessariamente exortados, pois nossos pecados são diários, ou semanais, que sejam poucos, mas são existentes. Mas agora, sem nenhum peso, Paulo nos alivia e diz-nos para que nos alegremos em Deus. Regozije em Deus, com alegria, júbilo. Um sinônimo muito bonito para essa palavra: contente-se no Senhor. Esteja contente com Deus e para com Ele.

Um corpo unido, anda, vive, pensa e direciona-se de forma igual. Paulo fala para que a eqüidade, traduzida por igualdade, justiça, retidão fosse notória. O trato para com as pessoas de “dentro de casa” (refiro-me a igreja), o amor homogêneo, uniforme. Que estes atos fossem notórios pela comunidade em volta.

Hoje escândalos, absurdos, que acontecem nas surdinas de nossas igrejas são observados pelas pessoas em volta da igreja. Sabe por que são observados? Pois Deus é justo e perante a luz, nada é obscuro. O corpo esta manchado. Às vezes impérios são construídos e quando menos você espera são destruídos: POR DEUS.

Mas vamos nos voltar à alegria que Cristo proporciona? Não se preocupe, ore apenas por essas necessidades. Ore pelas pessoas que precisam de oração e esteja com o coração tranqüilo.

Planejamento estratégico

Não fique “inquieto” pelas necessidades. Coloque todas as coisas no Senhor. Eu me questiono muito sobre: Se Deus conhece todas as coisas, se Ele, melhor que todos nós, sabe, até dos resultados que obteremos, porquê temos que orar a Ele contando nossos desejos? Encontrei uma resposta ao ler os versos de Paulo. Cristo é quem nos concede calmaria ao coração. Ele tira o excesso de preocupação, aumenta a nossa fé nEle, por isso que as nossas petições, o que precisamos, o que queremos, deve ser dados ao conhecimento de Deus em nossas orações, com ação de graça. Ah, como isso é bom. Agradecer a Deus aquilo que ainda, pela Sua graça, beneplácito, aprovação, nós obteremos. Quer forma maior de aumentar a fé, do que crê no que todos ainda descrêem?

Algumas vezes nós queremos determinadas coisas, vemos pessoas ao redor alcançando aquilo que nem tão bem trariam a elas, seria melhor se fosse concedido a você e substanciamos e questionamos a Deus: “Poxa, o que tal pessoa fez para merecer? Eu sou dedicado ao Senhor, cumpro a Sua vontade e parece que nada acontece comigo!” Já disse sintoma de que doença é esse, você se lembra: “dodoismo”, falta de Fé. Acalme o coração, nossa proposta ainda permanece de pé: Hoje vamos nos alegrar no Senhor.

O fator comum nas pessoas, comum mesmo, é o fator troca. Achamos que por estar com Deus, ser filhos de Deus, do Criador do Universo, então temos maiores direito. Deixa eu te lembrar uma coisa: Você é filho, não Senhor. Não estou falando só pra você, eu também tenho tais sentimentos, nossa natureza tem tais sentimentos. Sabe qual a maior e primeira vitória no alcançar das coisas? Acreditar que TUDO, exatamente TUDO, provém de Deus. À Sua hora, à Sua maneira, Ele nos concederá o melhor de Suas mãos. Ele é sim o dono de Tudo, mas ele quer ser e continuar sendo, antes de qualquer coisa, e exclusivamente o Senhor de nossas vidas.

Eu vejo essa espera, pelas bênçãos do Senhor, como o momento de preparação. Talvez se eu adquirisse o carro que eu tanto queria agora, o carro poderia ocupar o lugar de Deus, se eu alcançasse o namoro, que tanto desejo, talvez os encontros com a namorada pudessem ser maiores, mais duradouros que minha relação com Deus. Se eu alcançasse o cargo que tanto almejo hoje, talvez ele me custasse maior tempo do que o gasto, ou melhor, o enriquecido tempo que passo com Deus.

São situações que comecei enxergar em Deus, e Ele me mostrar a todo o momento, me fazendo crescer em Seu conhecimento, aos poucos, de glória em glória, que a Sua soberania deve permanecer em minha vida. Se Ele é meu Deus, se eu O tanto amo, nada ocupará Seu lugar. Eu devo sim pensar no fator crescimento pessoal, devo dedicar-me a esse fator, porém ele não deve ocupar o lugar de senhor em minha vida. Esse fator não deve ocupar o lugar de Deus, nem ter valor tamanho digno de ser comparável a Deus.

Acalmando o imo

Eqüidade. Embora tal palavra, descrita no verso 5 tem sentido de igualdade, ela me revela, no contexto da mensagem, segurança. A bíblia diz-nos que nossa equidade, que poderia ser traduzida por retidão, justiça, além de igualdade, deva ser percebida pelos homens. E o versículo, maravilhoso, conclui-se com a expressão: “Perto está o Senhor”. Embora um ponto separe as duas orações do versículo, esse pondo pode ser traduzido como ponte a nos dizer: pois “perto está o Senhor”.

Cristo está voltando, por mais que às vezes, levianamente, nos fazemos de não sábios, sua volta foi apregoada e tem se espalhado pelo mundo seu retorno, tão breve. Outra interpretação que podemos obter, sobre o Senhor estar perto, é porquê de nossa equidade ser notória. Se o Senhor nos acompanha, se ele estiver perto de nós, ou seja, vivenciado em nossas escolhas, em nossas atitudes Sua presença será perceptível em nossa companhia. Por isso, equidade traz sentido de calma ao coração.

Ao ler o verso 7 do capítulo 4, me deparei com um pensamento, já antes obtido no estudo de Efésios. O verso fala sobre paz, não uma paz comum, pois Cristo mesmo nos diz que não a nós a dá como o mundo concede, uma “paz que excede todo entendimento”. Uma frase que ficou muito marcada em mim no estudo de efésios e que explica a paz de Deus tem seu sentido em: Quando alcançamos a paz, ou recebemos por graça e provisão de Deus, não é necessário que o mundo tenha paz para que eu a tenha. A minha paz, dada por meu Senhor pode transformar meu mundo.

“esta paz que eu sinto em min’alma, não é porque tudo me vai bem.”

A melhor confirmação para tal entendimento extraído de tal versículo, é sua parte b. A paz que somente é concedida por Cristo, é capaz de guardar, ou seja, cuidar, de nossos corações e de todo, seja alegre, triste, incerto, ou indefinido, sentimento. “... e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl. 3.3)

Após ter a certeza do cuidado terno de Deus, depositemos nossa fé nEle. Não são os braços cruzados que alcançam as bênçãos, você precisa lutar pelas coisas, porém são os joelhos dobrados que não nos fazem esquecer que por Ele, dEle, para Ele, por intermédio dEle, nos sobrevém e são todas as coisas.

Quer uma receita prática e bem rápida, de muito boa funcionalidade para acalmar o coração: “tudo o que é verdadeiro e honesto – pois a mentira é leve e só na verdade se tem peso -, tudo o que é justo – como justo é Deus – tudo o que é puro – como atos de santidade, no esforço da aplicabilidade de uma vida aprovada por Deus -, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, SE HÁ ALGUMA VIRTUDE, nisto pensai” (8).

Um resumo dessa receita Paulo nos revela quando conclui o verso 9. Em outras palavras: andar com Deus, praticar o exercício da fé cristã, que não deve ser focalizado nas coisas, mas na fidelidade de Deus, dedicar sua vida a Deus, não esperando nada em troca, pois a graça de Deus pode-nos ser o bastante de mais. A vivência, o experimento da amizade de Deus, assim como vivia Paulo, nos leva a confiança e a calmaria, pois começamos a fechar mais os olhos e partilhamos com Deus nossas pendências e ele nos concede paz e visão como só Ele tem.

Uma frase que muito ouvi de pessoas que alcançaram bênçãos de Deus foi: “quando parei de reclamar e insistir, recebi favor de Deus”. Não, essas pessoas não esqueceram suas ânsias. Não, elas não deixaram de rogar a Deus. Vale mais uma insatisfação honesta do que um falso agrado, pois Deus não se alegra com falsidade. O fator primordial, comum, único e de alcanço de beneplácito em tais pessoas foi que simplesmente atingiram o foco de Suas vidas: encontraram e colocaram Deus, antes de suas necessidades.

O segredo da felicidade

Vivemos num mundo cobroso. Sim, cobram-nos de mais. Eu me cobro de mais. Há um lema na empresa onde trabalho que diz: “fazer o certo da primeira vez” quem dera conseguíssemos ser assim, se nem em nossa fábrica conseguimos, que dirá em nossas vidas. Embora tal empenho seja de mui valia, a cobrança é enorme. Cobramo-nos como pagaremos nossas contas, somos cobrados atitudes que deveríamos ter tomado, porém as pessoas esquecem que ninguém pensa igual. Somos cobrados relatórios, somos cobrados resultados e pasmem: cobramos-nos até o descaso que, por mais que por muitas vezes dure horas, saímos dele cobrando uma tranqüilidade não adquirida.

Quer sair desse caos? Aprenda como Paulo a “contentar-se com o que tens”. A realidade é: nunca estamos satisfeitos. Deus é o que primeiro nós temos. Você está contente com Deus? Você crê que tudo o que tem hoje é de acordo com a aprovação de Deus? Você já O agradeceu pelo muito que até hoje Ele nos tem concedido?

Essa semana eu estava muito cansado, fisicamente, de meu trabalho, e Deus em sua excelência de tratado, fez-me lembrar de minhas orações antes de voltar ao cargo ao qual ocupo hoje. Eu, muito preocupado com o amanhã e as cobranças de meu ambiente de trabalho, realmente cansado, tive um coração inquieto nas preocupações e fadigas e nos questionamentos com Deus, Ele me fez lembrar das orações que fiz a Ele antes de voltar ao local onde trabalho hoje, e ao me lembrar dessas orações, pude constatar nas lembranças dadas por Deus que tudo o que tenho, tudo o que alcancei, foi exatamente o que eu havia pedido a Deus. O local onde trabalho, o posto, a mão de obra. Deus é maravilhoso, a vontade dEle é voa, perfeita e agradável, nós que por diversas vezes somos mau-agradecidos.

O problema meu e da maioria das pessoas, é que não conseguimos estar satisfeitos e quem se sente feliz em sua insatisfação? Precisamos aprender a vivenciar tal expressão paulina: “aprendi a contentar-me com o que tenho”.

O segredado da felicidade, do sucesso, da alegria não temporal ou causal, mas firme é a confianças em Deus, que no tempo certo, a maneira e medida certa Ele nos concede.

O segredo pra ser feliz é ter Jesus e viver com Ele na bonança, também na aparente falta. Em toda a maneira e em todas as coisas ser instruído em ter muito, também em ter fome. Tanto em ter abundância e padecer necessidades. E o resultado, o respaldo, não só para a utopia de viver apenas momentos de felicidade, pois é na fraqueza que o poder de Deus se aperfeiçoa. Que não seja mas vívido para apenas tais momentos de felicidades, mas que a real felicidade concedida por Cristo, possa nos acompanhar os sorrisos da abonança e no contentamento de na fraqueza reconhecer, o texto que diz e vive: “posso todas as coisas naquele que me fortalece”.

“O meu Deus, segundo Suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. Ora, a nosso Deus Pai seja dada glória para todo sempre. Amém!” (Filipenses 4. 19 e 20)


Boa semana!

Deus nos abençoe!

Matheus Gerhard.


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