domingo, 20 de setembro de 2009

Cheiro de Casa

Quando viajamos, passamos por um tempo longe de casa, digamos que um mês, quando retornamos e sentimos o cheiro da nossa casa, é uma sensação tão agradável. Os lugares que nós visitamos, ainda que magníficos, nunca conseguirão ter o aconchego e bem-estar que só nossa casa pode proporcionar. É nela onde somos nós mesmos, onde partilhamos de nossas intimidades e coisas pessoais com nossos familiares e pessoas próximas a nós.

Não te convidei pra uma aula de psicologia do lar, ou seja, nossa vivência em nossas residências, mas poderíamos dizer que é uma sensação tão boa quanto, quando voltamos à casa de Deus.

Em nossas viagens aventurosas, denominadas pecado, nos encantamos com o mundo, que não é nosso, que está acessível, mas não nos deve pertencer, nem ser habitado. Nenhum pecado será indesejável. E quando retornamos pra nossa “casa”, na comunhão de nossos “familiares” é que podemos reconhecer quem somos e o que somos, pra que existimos, qual a razão.

Casa é onde sempre queremos ir quando nos machucamos ou ficamos doentes. É onde queremos retirar os sapatos e sem necessidade de arrumar-se, compor-se, deitar no sofá, se jogar em meio às almofadas e descansar. É onde nosso pai nos orienta, onde nos alimentamos.

Eu tenho retornado em integridade e inteiro pra minha casa. A algumas postagens atrás, compartilhei de meus dias da saudade que tinha de casa e hoje é com orgulho, por gloriar-me em Deus, que retorno pra dizer: pude voltar de minhas viagens e sentir o cheiro tão agradável que tem a casa de meu Senhor, o amor, como no dos primeiros dias retorna e firma-se em mente e em regozijar de coração o texto de Oséias: “Vinde, e voltemos para o Senhor, pois nos despedaçou e nos sarará, fez a ferida e a ligará. (..) e viveremos diante dele” (6: 1 e 2).

Esteja certo, não é o fato de você estar na igreja que o mundo te esqueceu. Desobedeça ao diabo e ele fugirá de vós. O fato de você freqüentar a um templo, cultuar a Deus, não te isenta do mundo. Só não pertence ao mundo aquele quem nele não está. Aquele que não vive com a triste dor, rotineira, da aceitação de uma atitude redundante de pecado.

As doces dores

Quando nos sobrevêm as adversidades, o primeiro passo, ou o primeiro pensamento que temos é: “o que fiz pra merecer”. Será porque que passamos por momentos tão angustiosos? Eu te dou um tempo pra você pensar. Relembre de alguns momentos do passado, onde você sofreu e morreu, pois não conseguiu suportar? Olhe, se você está lendo essas palavras agora, é sinal de que eles, esses momentos, não existiram. Não há provação que não sejam humanamente suportáveis. (I Coríntios 10: 13).

Nós, incluído eu, temos a tendência ao “dodoiísmo”, não conhece essa palavra? Não procure no Aurélio, não quiseram traduzir seu significado, porém ela sempre existiu e traduz-se em: Excesso do desejo de atenção. Carência. Queremos sempre ser notados, nem sempre, ou melhor, na maioria das vezes, ficamos satisfeitos com o segundo lugar. Quem nunca sonhou em ser uma estrela de Hollywood? Fãs arrastando-se e gritando seu nome. Sua foto na primeira capa do The new York Times. Que tal uma grife com o seu nome? Só com tais palavras já somos capazes de enobrecermos, pois a nossa natureza quer o errado. 99% da população já sonhou em ganhar na mega-sena, fique tranqüilo, é só esperar segunda feira que voltamos a nossas estatura real. Precisamos estudar, trabalhar, cozinhar, n tarefas. É por achar que somos tão inacreditáveis que não acreditamos em o que realmente nós somos. E nos momentos de aflição uma pergunta incisiva de nossas mentes sempre será: “por que comigo?”.

Quis dar esse título a essa nossa linha de pensamento, pois pode ter certeza que não há sofrimento sem motivo, como não há prova sem resultado. Embora este tema seja tão grandemente abrangente, quero fixar nossos pensamentos nas dores de nossas causas. Quando Tiago escreve em seu capítulo cinco que por conseqüência de nossas atitudes incorretas, o falhar de nossas palavras, sofremos julgo, ele exprime um dos grandes motivos de nossos sofrimentos: NÓS MESMOS. Fique tranqüilo, não há nada de errado com sua espiritualidade o fato de você sofrer, mas sim o erro existe nos nossos atos falhos, os nossos pecados.

No gráfico da vida, que possui elevadíssimos picos de alegria e profundos momentos de tristeza, podemos notar que quando esse gráfico demora retomar a subida é o processo da vida onde nós paramos, nos analisamos e temos pena de nós mesmos. Costumo dizer que quando estamos nos nossos momentos mais complicados, é quando cabisbaixos, esquecemos que o mundo continua lá fora e condoemo-nos na varredura interior, olhando apenas pra dentro de si e tentando achar algo que seja mais forte que a nossa certeza de que sempre estou correto. Olhamos, refolhamos e só conseguimos melhorar quando os nossos olhos começam a levantar rumo ao horizonte. Nesse instante enorme peso é largado, pois começamos a viver novamente. Não digo que o ato de olhar interiormente é um ato errado, pois é necessário avaliarmos e melhorarmos, mas que ao olharmos pra dentro – como diria Stella Junia (grande pianista), olharmos pra dentro, para as nossas catedrais interiores – não nos achemos perfeitos, mas curáveis.

Quero que compreendam, assim como pude entender, que devemos viver os atos que trazem justiça. Ainda que pareçam castigos. Eles, por muitas vezes não serão tão fáceis e tão aceitos, mas serão necessários. O mundo secularizado, que caminha em afastamento das coisas de Deus, não esquece algumas de Suas verdade. Deus é justo e a justiça dele é para os filhos e para a criação. Um pai corrige a quem ama. Deus corrige, por que ama ainda mais.

Se nós formos estudar os capítulos cinco e seis de Oséias em nossas bíblias, encontraremos a exortação aos príncipes e sacerdotes quanto ao arrependimento. Deus fala claramente da contaminação de seu povo e os esclarece que é necessário o desprender, o libertar-se dos “espíritos” (caracterizados como atitudes fixas) das coisas erradas. Deus dá o Seu recado a Israel e a Efraim e diz que volta ao Seu lugar pra aguardar que seu povo o busque.

Se pararmos um pouco e cuidadosamente analisarmos nossas vidas, os momentos angustiosos em que vivemos, por muitas vezes são avisos de Deus. A maior expressão que defende minha fé na bíblia e firma o porquê a sigo é: “Nenhum outro livro me dá a conclusão e as conseqüências futuras tão judicialmente quanto à bíblia me oferece.” Pergunte-se quando se deparar com situações turbulentas: “será que o que estou fazendo tem sido aprovado por Deus, ou vivo dias em prostituição (vender-se, perdendo valores cristãos, ao pecado – abafar a voz do Espírito -)”.

Quando a ficha cai

Embora tão usual em sermões, musicas e liturgias, a história do filho pródigo reinicia na vida de todas as pessoas. Quando penso neste ponto da história do filho pródigo, de quando ele reconhece a tolice que fez, me lembro que também já fui tolo assim.

Há um fato que ocorreu comigo, cerca de uns sete anos atrás, onde eu recusei o cuidado de Deus e pedi minha parte na herança para que pudesse ser “livre”. Eu vivia dias de intensa euforia cristã. Euforia Cristã é quando nos achamos super cristão, porém estamos mais propícios ao pecado que nunca. Iludimos-nos achando que estamos com Deus, simplesmente pelo fato de pô-lo em nossas vidas. Não colocamos Deus em nossas vidas, não somos capazes disso, colocamos as nossas vidas em Deus. Eu já estive assim. Nesse período de infantilidade espiritual, onde tudo era fascinante, porem superficial, eu pedi a Deus liberdade. Lembro-me como se fosse hoje. Todos os caminhos de pecado que eu queria tomar frustravam-se e toda a tentativa, por tentar pecar, alimentar a carne, se limitava em apenas desejo e não conclusão. Eu me lembro de ter orado a Deus: “Você não disse que eu poderia escolher? Porque fica impedido que eu faça aquilo que é do meu desejo? Não me impeça mais”. Essa foi a oração mais amarga que já realizei, mas foi sincera, ainda que pecaminosa. Só depois desta lamentável cena pequei.

Acredito que Deus deixou viva essa cena em mim pra que eu não a repita mais, pois o concilio com Deus foi custoso após meu erro. Também aprendi através dessa busca a importância que Ele tem pra mim. Deus não é um casaco pra eu vesti-lo apenas quando eu sentir frio. Deus também é o frio que eu preciso sentir pra por o casaco da sua palavra em ação. Com paciência, amor e zelo ele cuida de nós. Pense, somo feitura Sua, à Sua imagem. Se nos condoemos em ver alguém sofrer uma correção, quebrar-se por cair em si e vê o erro que cometeu, Deus se compadece de nós. E corrige, pois sabe que aprenderemos e a dor é o melhor remédio para não dar-se a repetição de um ato falho.

Escolhas certas nem sempre incluem minha vontade

Deus sabe o que precisamos enfrentar pra podermos viver perto dEle e mede, observa, o seu amor nessa insistência em querer romper seus limites e vontades, pois nosso desejo é agradá-Lo.

Quando amamos alguém, pensamos mais em quem é amado do que se estamos recebendo amor. Sentimos a necessidade de este amor ser recíproco, porém, amamos sem cobrar. Como amamos a Deus? O amamos? Aonde se encontra a essência deste amor? Só O cobramos? Na maioria de nossas DR´s (discutir a relação) queremos saber aonde Ele estava quando precisamos dEle? Com paciência, amor, o mais puro de todo o amor, Ele ensina-nos, zela e vive a ensinar-nos a amá-lo pelo que Ele é.

Amar a Deus é desejar os desejos dele. O amor não se apresenta nos versos, ainda que tão belos, sua veracidade e firmeza, os nutrientes dele encontra-se no mover a seu favor.

Ele, Deus, em Cristo, sabia que era necessário o enfrentar de muitas coisas para que o amor, tão belo cantado fosse vívido nos nossos dias, e Ele mesmo nos disse, noutras palavras: meu amor, meu filho, a razão de minha morte. É necessário que você enfrente uma cruz diária, com vigor e fé, com amor por mim. É necessário que você sobreviva a essa cruz. Haverá momentos em que ela parecerá pesada demais, mas, sobreviva, pois ela é humanamente suportável. Com um bom ânimo, pois venci a maior de todas as cruzes, venci a causa necessária da morte, por amor. No fim de tudo o conduzirei a terra que emana leite e mel. Donde seus pensamentos hoje devem estar voltados, onde seremos sem cruz e sem morte.

Eu me propus hoje, e a cada dia mais, a viver a essência do que digo amar a Deus e o meu maior prazer é ama-lo com minha vida. Na recusa de muitas das minhas vontades, na baixa do meu ego, no reconhecimento de que perto da grandeza de Deus eu não sou nada, como nada possuo, porém ele em mim e minha vida nEle é o que preciso. Oferecei dia a pós dia, no tomar de minha cruz, meu corpo como sacrifício, uma tarefa custosa, mas fatível, o peso aliviado no amor, pois no sacrifício, santo e agradável encontro a Deus. Estou em casa.

Boa semana,
Deus vos abençoe!
Matheus Gerhard.

Converse comigo em: blogdotheus@yahoo.com.br

3 comentários:

Arisson Belan disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Arisson Belan disse...

DEUS TE ABENÇOE NAS LETRAS E NA PROCLAMAÇAO DE FORMA QUE VOÇE ABENÇOE A MUITOS!!

GRANDE MENSAGEM A DE DOMINGO

UM GRANDE PREGADOR

Marcus Gerhard disse...

É magnífico ver Deus falando conosco atravéz da sua palavra tão bem manuseada pelos capacitados pelo próprio espírito SEU (de Deus).

Que Ele continue falando a nós por intermédio de Vc, Theus!!!!